Capitão Marvel

CRIADO POR C.C.Beck e Bill Parker, em 1939

PRIMEIRA APARIÇÃO Whiz Comics #2 (revista publicada pela finada Fawcett Comics, comprada pela DC Comics)

DE QUEM SE TRATA Considerado o “mortal mais poderoso da Terra”, Billy Batson consegue reunir em si os poderes de seis poderosos deuses e semideuses da mitologia grega ao invocar a palavra mágica “Shazam!”. Atualmente, faz parte da mesma cronologia que o Superman e ambos são inclusive amigos. Mas nem sempre foi assim – já que, em 53, a DC processou a Fawcett por julgar que o personagem consistia em uma infração dos direitos autorais referentes ao Super, justamente por serem tão “semelhantes” (leia-se “cópia descarada”). No fim das contas, a DC comprou os direitos sobre Marvel e sua família de personagens e voltou a publicá-lo em 72. Neste meio tempo, no entanto, a concorrente Marvel Comics registrou o nome “Capitão Marvel” para o seu herói (o kree Mar-vell, nêmesis de Thanos e que morreu de câncer) — obrigando a DC a dar às revistas do seu próprio Capitão Marvel o título de “Shazam!”. Mas que confusão, não?

Atualmente, o personagem atende apenas como “Shazam” nos gibis da DC pós-reboot.

Gladiador

CRIADO POR Chris Claremont e Dave Cockrum, em 1977

PRIMEIRA APARIÇÃO X-Men # 107 (Marvel Comics)

DE QUEM SE TRATA De passado misterioso, este membro da raça dos strontianos pode ter sido também um antigo arauto de Galactus. De qualquer maneira, atualmente ele é o todo-poderoso líder da Guarda Imperial do Império Shi’ar. Extremamente leal à governante atual do império, seus poderes só aumentam com sua força de vontade e incrível arrogância, já que ele se acha totalmente superior aos humanóides do restante do universo conhecido.

Supreme

CRIADO POR Rob Liefeld, em 1992

PRIMEIRA APARIÇÃO Youngblood #3 (Image Comics)

DE QUEM SE TRATA No início, Supreme foi mais um personagem babaca da Image, daquele tipo que se via aos montes na época. O ex-presidiário Ethan Crane, submetido a experiências secretas do governo, ganhou superpoderes e blábláblá, músculos de aço, pouco papo e muita pancadaria. Acabou inclusive morrendo durante um mega-crossover com a Valiant Comics. No número 41 de seu gibi, no entanto, viria a mudança radical: por algum motivo ainda desconhecido pela mente humana, Liefeld convenceu o genial Alan Moore a se tornar roteirista da série. E, como de costume, o britânico fez um trabalho fantástico que era nitidamente uma homenagem ao mito do Superman da Era de Prata. Enquanto em trabalhos como “Watchmen” Moore desconstruiu os quadrinhos clássicos de heróis, em “Supreme” o inglês fez uma rendição lindíssima e muito elogiada, que tirava lágrimas dos olhos dos fãs mais velhos e acabou lhe gerando muitos prêmios – incluindo o “Eisner Award” de 1997 como “melhor escritor”. Atualmente, “Supreme” é escrito por Robert Kirkman (“The Walking Dead”) na editora Arcade Comics.

Samaritano

CRIADO POR Kurt Busiek, Brent Anderson e Alex Ross, em 1995

PRIMEIRA APARIÇÃO Astro City # 1 (Wildstorm)

DE QUEM SE TRATA No século 35, um homem foi selecionado para voltar no tempo e impedir um evento catastrófico cujas conseqüências arruinariam o mundo futuro. Lançado na linha do tempo, ele acabou sendo absorvido pelo fogo empírico, as forças que ajudam a manter o tempo coeso. Aterrissando próximo da cidade de Astro City em 85, ele passa o restante do ano tentando controlar as forças que atingiram seu corpo e lhe deram poderes (além de um cabelo quase azul). Então, ele consegue impedir o acidente com a espaçonave Challenger, que é a verdadeira missão para a qual foi enviado, apenas para ser saudado pela imprensa. Humilde, ele se revela como sendo apenas um “bom samaritano”, ganhando seu nome heróico. O Samaritano então decide que pode fazer bom uso de suas novas habilidades e se torna um herói na cidade, colocando uma capa no uniforme e assumindo a identidade de vez. Com a ajuda do Zyxometer, um bio-computador vivo que se parece um diamante com tentáculos, ele cria a identidade civil de “Asa Martin”, um anagrama para Samaritan, um jornalista do jornal local “Current”.

Hyperion

CRIADO POR Roy Thomas

PRIMEIRA APARIÇÃO Vingadores #85-86 (Marvel Comics)

DE QUEM SE TRATA Membro do grupo Esquadrão Supremo, um time de super-heróis da Terra-712 do universo Marvel e formado por membros que homenageavam claramente a Liga da Justiça. Embora ainda faça parte da cronologia oficial da editora, ganhou uma nova versão dentro do selo Marvel MAX pelas mãos do argumentista J. Michael Straczynski. Neste reboot do personagem, Mark Milton tem teoricamente a mesma origem do Superman — sendo enviado para a Terra ainda bebê como o último sobrevivente de um planeta moribundo. Ele também ganhou superpoderes quase invencíveis em nosso planetoide azul mas, nesta versão mais adulta, foi logo encontrado pelo governo e criado para a ser a arma de destruição em massa perfeita. Quando cresce, no entanto, ele descobre que seus pais adotivos e infância no interior foram uma mentira armada para moldar uma personalidade tranquila e pacífica...e resolve ir em busca de vingança, sem deixar claro se seu futuro é como herói ou como vilão. Suas histórias foram publicadas no Brasil pela revista mensal “Marvel Max” (Panini Comics). Na opinião deste que vos escreve, o Hyperion de Straczynski é o Superman como ele sempre deveria ter sido.

Apollo

CRIADO POR Warren Ellis e Bryan Hitch

PRIMEIRA APARIÇÃO Stormwatch vol. 2 #4 (DC/Wildstorm)

DE QUEM SE TRATA Soldado graduado do exército norte-americano e líder de uma divisão secreta do grupo Stormwatch, passou pela bioengenharia de Henry Bendix (o primeiro Weatherman) e ganhou suas habilidades super-humanas. Ele e o amigo Midnighter (um pastiche do Batman) acabaram sendo os únicos sobreviventes do grupo, e passaram cinco anos escondidos – até serem encontrados, em 98, pela nova versão do Stormwatch. A pancadaria comeria solta. Em 99, Jenny Sparks convidou a dupla a sair da aposentadoria para fazer parte de um novo time de heróis, The Authority, com total liberdade de ação e sem precisar responder a qualquer órgão governamental, incluindo a ONU. O título escrito por Ellis, repleto de violência e demais loucuras que hoje em dia caracterizam seu trabalho, seria premiadíssimo e daria inclusive origem a uma moda de “ultraviolência” nos gibis de super-heróis. No número 8 de “The Authority”, Ellis revelou ao mundo o relacionamento homossexual de Apollo e Midnighter – mas o assunto foi tratado de maneira tão delicada e despida de preconceitos que chegou a receber um prêmio da GLAAD (Gay and Lesbian Alliance Against Defamation, ou Associação de Gays e Lésbicas Contra a Difamação).

Majestic

CRIADO POR Jim Lee e H.K.Proger

PRIMEIRA APARIÇÃO WildCATS Vol.1 #11 (Wildstorm)

DE QUEM SE TRATA O herói mais poderoso do universo Wildstorm, criado à imagem e semelhança do kryptoniano mais famoso do universo. Nascido Majestros no planeta Khera, era um senhor da guerra dos Querubins – e um dos quatro que ficaram presos na Terra durante a guerra entre os querubins e daemonitas. Passou anos lutando pela justiça, pelos fracos e oprimidos e aquela coisa toda, chegando inclusive a se juntar ao grupo governamental Team One durante a Guerra Fria. Depois de ser forçado a matar seu amigo Kheran Yon Kohl (também conhecido John Colt), acabou se isolando no Ártico, só voltando à civilização quando Savant – mais tarde revelada como sua filha – pediu que ele ajudasse Zealot na batalha contra Tapestry. Apesar das semelhanças de poder com o Super, Majestic é muito diferente do herói da DC principalmente por seu passado militar. Recentemente, depois de “Superman Godfall: O Fim dos Deuses”, Clark Kent e seu alter-ego sumiram de Metrópolis – e Majestic assumiu o lugar dele temporariamente como o defensor da cidade.

Union

CRIADO POR Jim Lee e Mike Heisler, em 1993

PRIMEIRA APARIÇÃO Union #1 (Wildstorm)

DE QUEM SE TRATA Ohmen foi um membro da facção de nome Protetorado em sua terra natal de Aegena, acometida por uma guerra civil contra outro grupo, o Diretorado, pelo controle do planeta. Os membros de cada grupo tinham pedras do poder, organismos simbióticos grudados no peito, que os deixavam imbuídos de uma enorme variedade de poderes. Em algum ponto da batalha, Ohmen acabou vindo parar na Terra por meio de um portal. Caindo em um lago congelado no Maine, foi resgatado pela pintora Jill Monroe, com quem aprenderia muito sobre o nosso planeta enquanto se recuperava. Meses depois, em Nova York, ele se depararia com soldados do Diretorado e com uma base da facção debaixo da cidade. Luta pra cá, luta pra lá e, depois de uma explosão, a pedra em seu peito assumiu a coloração azul, a mais poderosa de todas. Quando o Protetorado finalmente decidiu fechar o portal para a Terra, Ohmen, agora usando o nome de Union, preferiu ficar por aqui para combater o mal e tentar ajudar os muitos que sofreram com a enorme explosão em NY. Teve problemas com Majestic logo no começo, mas acabou se juntando ao Stormwatch. Anos depois, foi forçado a se suicidar por um serial killer com poderes psíquicos, mas seria ressuscitado logo depois por Battalion. No entanto, Union voltaria muito mais sombrio e instável, com o estranho hábito de colecionar as cabeças de inimigos mortos.

Prime

CRIADO POR Bob Jacob, Gerard Jones e Len Strazewski, em 1993

PRIMEIRA APARIÇÃO Prime #1 (Malibu Comics)

DE QUEM SE TRATA Um dos personagens mais imbecis que os quadrinhos já viram, uma mistura babaca de Superman e Capitão Marvel, que merecia ter sido criada por Rob Liefeld. O jovem Kevin se transforma no Prime projetando um material similar a uma espécie de “pele líquida” de seu torso – e assume a forma de um homem gigantesco e com músculos exagerados e bizarros. Já seu rosto acaba ficando muito parecido com o de seu pai, Russell Green. Os poderes e limitações de Prime são formados basicamente pelo subconsciente de Kevin, modelados a partir de super-heróis tradicionais e heróis de filmes de ação que ele admira. Depois de 94, quando a Marvel comprou a Malibu, os personagens do Ultraverso (incluindo Prime) fizeram diversas aparições ao lado do Homem-Aranha e companhia.

Sentinela

CRIADO POR Paul Jenkins e Jae Lee, em 2000

PRIMEIRA APARIÇÃO The Sentry #107 (Marvel Comics)

DE QUEM SE TRATA A Marvel vendeu primeiramente o Sentinela como sendo uma criação esquecida de Stan Lee pré-Quarteto Fantástico, e que ganharia uma mini-série fechada pelas mãos de Jenkins. Hoax descarado e sacana, mas que funcionou. Bob Reynolds é o alter-ego do Sentinela, um herói com “o poder de mil sóis” mas que, subitamente, retorna do exílio para avisar os outros heróis da volta de seu perigoso arqui-inimigo, o Void. Com a ajuda de seu amigo Reed Richards, ele descobre que o vilão é na verdade outra metade de si mesmo, e que no passado ele apagou toda e qualquer memória sobre o Sentinela de praticamente todas as pessoas do planeta. No início da saga “Motim”, a primeira dos Novos Vingadores de Brian Michael Bendis, foi encontrado na prisão de segurança máxima para supervilões pelo advogado cego Matt Murdock (identidade secreta do Demolidor). Sua pena? A suposta morte de sua esposa Lindy. E só.

Omni-Man

CRIADO POR Robert Kirkman e Cory Walker

PRIMEIRA APARIÇÃO Invincible #1 (Image Comics)

DE QUEM SE TRATA O primeiro super-herói do planeta dentro da cronologia criada para o título do personagem “Invencível”. Membro da raça extraterrestre dos viltrumitas, chegou a Terra na década de 80, onde adotou a identidade de Nolan Grayson, um escritor de best-sellers, casado, e com um filho, o jovem Mark Grayson (sim, nosso protagonista, o vigilante adolescente que dá nome ao gibi).

O Santo

CRIADO POR Garth Ennis, em 2002

PRIMEIRA APARIÇÃO The Pro #1 (Image Comics)

DE QUEM SE TRATA Fruto da imaginação doentia de Ennis, o Santo é uma paródia descarada ao Superman, membro de um grupo que é paródia descarada da Liga da Justiça. A série retrata a breve carreira como heroína mascarada de uma prostituta que ganha superpoderes de um alienígena similar ao Vigia, da Marvel Comics. O grande momento da série é a expulsão da garota da equipe depois de presentear o inocente e politicamente correto Santo com uma inesquecível sessão de sexo oral...

Overman

CRIADO POR Laerte

PRIMEIRA APARIÇÃO Tiras de jornal

DE QUEM SE TRATA O autêntico super-herói nacional – que, além da roupinha colante e da capa, usa também uma máscara a la Space Ghost (mas não fale isso muito alto...) que não tira jamais – afinal, ele simplesmente não tem identidade secreta. Pode parecer meio burro às vezes, mas no fundo é apenas um sujeito inocente que só consegue entender o mundo com as clássicas variações de “bem e mal”, preto no branco. Divide um quarto de pensão (aquela ali, do lado do estacionamento) com o fiel escudeiro Ésquilo. E recebe os pedidos de socorro por meio de um telefone público e um modesto muralzinho de recados. Seus principais vilões são o Maníaco Flatulento, a Louva-Deusa, o Passador de Trote e o temido Super-Vítima.

Super Mouse

CRIADO POR I.Klein e Paul Terry, dos estúdios Terrytoon

PRIMEIRA APARIÇÃO No desenho “The Mouse of Tomorrow”, de 1942

DE QUEM SE TRATA O clássico ratinho com os poderes do Superman. Embora seu nome em inglês seja Mighty Mouse, deveria ter se chamado Super Mouse desde o início – mas Terry descobriu que um personagem dos gibis norte-americanos já tinha este nome. No primeiro desenho, tinha uma uniforme azul com capa vermelha, mas logo ganharia a roupa amarela que o caracterizou durante os anos de luta contra o mal em Mouseville. Na versão animada, sua namoradinha era a inocente Pearl Pureheart, enquanto nos quadrinhos, anos mais tarde, ganharia o carinho da ratinha Mitzi. Seu grande antagonista era o vilanesco gato Oil Can Harry. E quem não lembra da clássica canção: “Super-Mouse seu amigo! Vai salvá-lo do perigo!”. Cultuado por uma pequena legião de fãs ao redor do mundo, ganharia uma nova série de desenhos no final da década de 70, produzida pela mesma Filmation do oitentista “He-Man”. Poucos anos mais tarde, o animador Ralph Bakshi fez uma versão mais adulta do herói, com toques de escatologia e boas doses de non-sense, que também chegou a ser exibida no Brasil. Pela primeira vez, o Super Mouse ganhou uma identidade secreta: Mike Mouse. Graças ao teor que incomodava os tradicionalistas norte-americanos, o desenho de Bakshi acabou cancelado depois de duas temporadas.

Vira-Lata

CRIADO POR W. Watts Biggers, Chet Stover, Tread Covington e Joe Harris, em 1960

PRIMEIRA APARIÇÃO Na estréia de sua série animada, em 64

DE QUEM SE TRATA O jovem cachorro Shoeshine Boy trabalha humildemente como engraxate. No entanto, basta ouvir o pedido de socorro de sua amada Polly Puro Sangue para correr para uma cabine telefônica e, num passe de mágica, sair voando com sua capa mágica, dotado de força descomunal, assumindo a identidade do Vira-Lata, uma espécie de Superman do mundo dos cachorros. Falando sempre em rimas (“O seu problema acabou, o Vira-Lata chegou!”), o Vira-Lata invariavelmente perde seus poderes ao longo da aventura...mas logo abre um compartimento secreto em seu anel de prata para encontrar uma de suas poderosas pílulas de energia.

Super-Pateta

CRIADO POR Del Curry e Paul Murry, em 1965

PRIMEIRA APARIÇÃO The Phantom Blot #2 (Disney)

DE QUEM SE TRATA Ora essa, mas é claro que se trata do alter-ego super-heróico do Pateta. Em sua primeira aparição, era apenas e tão somente um sonho do atrapalhado personagem – mas, meses depois, ele se tornaria o primeiro personagem da Disney a assumir uma faceta de combatente do crime, seguido pelo Superpato (Pato Donald, mais Batman do que Superman), pelo Morcego Vermelho (Peninha) e até pelo Morcego Verde (Zé Carioca). Pateta se transforma em Super-Pateta ao comer os superamendoins que planta em seu quintal. E apesar de não usar máscara nem coisa nenhuma (e ser explícito até no nome), consegue manter uma identidade secreta – conhecida apenas por seu genial sobrinho Gilberto, que vez por outra também se aventura a acompanhar o tio no universo dos heróis de capa. Entre 65 e 84, teve até a sua própria série de quadrinhos nos EUA.