Mulher-Maravilha não seria o mesmo filme sem Patty Jenkins

Apesar de apenas Zack Snyder, Allan Heinberg e Jason Fuchs estarem creditados no filme, produtor revela que, sem os dois, o filme não seria o mesmo. É como a gente vinha frisando… ;D

Acho que já podemos dizer oficialmente que eu não vou me cansar tão cedo de falar de Mulher-Maravilha, ainda mais sobre o trabalho de Patty Jenkins que, depois da estreia, tem se mostrado ainda mais valioso.

Primeiro soubemos que uma das principais cenas do filme, a da Terra de Ninguém, correu o risco de ser deletada — e, você sabe, trata-se DA principal cena de todo o filme, aquela que fez eu e você chorarmos. Depois, com vários recordes de bilheteria batidos, conhecemos suas ideias iniciais pra sequência, que nem sequer recebeu o sinal verde da Warner ainda, mas que... bom, In Patty Jenkins We Trust. :)

Agora... Você tá ouvindo esse som? Não tá longe... Presta atenção. Uma voz forte, imponente, que diz algo que começa com “E” e termina com “UAVISEI”. É que o produtor Charles Roven, em entrevista ao Collider, contou que, apesar de os créditos do roteiro terem ficado com Allan Heinberg (essa é uma treta bem grande em Hollywood, aliás, os tais créditos de roteiristas — um dia falamos sobre ela aqui) e a “história” ter sido creditada a Zack Snyder e ao próprio Heinberg, Mulher-Maravilha não seria Mulher-Maravilha se não fosse Patty Jenkins e, surpresa!, Geoff Johns.

A gente tinha um arco básico da história. Mas, cena após cena, só funcionou quando a Patty se envolveu

Geoff Johns e Patty Jenkins na WonderCon 2017 (Foto: Gage Skidmore)

“Bem no início, antes de a Patty entrar no projeto, a gente tinha duas ideias completamente diferentes sobre o material. Uma era a Guerra da Crimeia, outra a Primeira Guerra Mundial — mas uma experiência completamente diferente”, contou o produtor. “Nós não gostamos de nenhuma das duas, mesmo que sejam caras talentosos, e aí Zack e Allan Heinberg colaboraram com a história. A gente tinha uma diretora diferente na época e ela, com o aval do estúdio, trouxe vários roteiristas. Era muita gente, e eu nunca tinha trabalhado desse jeito”.

A tal diretora era Michelle MacLaren, mais conhecida por seus trabalhos na TV, dirigindo e/ou produzindo episódios de Breaking Bad, Game of Thrones e Arquivo X, e um dos roteiristas trazidos por ela foi Jason Fuchs, cujo nome é o terceiro na lista dos responsáveis pela história, atrás de Zack Snyder e Allan Heinberg.

“Muito do que eles contribuíram está no roteiro, mas ninguém fez tanta coisa a ponto de ganhar créditos, só que Allan Heinberg acabou ganhando todo o crédito do roteiro”, contou o produtor. Essa coisa dos créditos acabou tirando o nome de Patty Jenkins e Geoff Johns da jogada. “Ele [Heinberg] não conseguiu terminar o trabalho, precisando voltar pra série na qual trabalhava. Geoff Johns e Patty Jenkins colaboraram imensamente mas, por conta de algumas regras, não puderam ser creditados. Mas eles escreveram muita coisa que ficou.”

“Em resumo”, continuou o produtor, “a gente tinha um arco básico da história. Mas, cena após cena, só funcionou quando a Patty se envolveu”. Caso você também tenha ouvido gente comentando que o filme só fez sucesso por ter uma história criada por Zack Snyder, Allan Heinberg e Jason Fuchs... Taí. :)

Se a Warner não tiver percebido, com Mulher-Maravilha, o que havia de errado com o DCEU e, principalmente, o que é que deu tão certo com a Princesa de Themiscyra, Filha de Hipólita, Rainha das Amazonas, é bom desistir de uma vez por todas.

Não acredito que as coisas começarão a mudar com Liga da Justiça, ainda que algumas cenas possam ser refilmadas — o que, segundo Charles Roven, ainda não aconteceu. Mas sei lá... Eu tou sentindo algo que eu jamais pensei que sentiria depois de Homem de Aço e Batman vs. Superman: ESPERANÇA.