Chamem logo Agents of SHIELD de Daisy Johnson | JUDAO.com.br

Terceira temporada termina exatamente como foi durante seus vinte e tantos episódios, completamente bipolar. Mas o nível é outro quando lembra quem é a protagonista de tudo aquilo…

SPOILER! Se um finale serve pra resolver os principais conflitos de uma temporada (ou parte dela) e preparar pro que vem pro futuro, os dois episódios que encerraram o ano de Agents of SHIELD cumpriram sua missão à risca. Mas, mais do que isso, foi um espelho que vimos nos outros episódios: uma série completamente bipolar.

Sem graça ao extremo com toda essa coisa de que um Agente morreria — história que tomou a maior parte do tempo do finale com a troca eterna de quem segurava o crucifixo e outras tentativas forçadas de emoção como a Yo-Yo tomando o tiro no lugar do Mack, o nível superou a ESTRATOSFERA quando, numa sequência que poderia ter tocado I Don’t Want to Miss a Thing de fundo que eu acharia tudo normal, a série coloca um pé no chão e outro em diversas bundas alheias e relembra a todos que a protagonista e razão daquilo tudo é Daisy Johnson — ainda que, como bem diz o Coulson, ela não tenha culpa de nada.

(Aliás, o Coulson protagoniza a segunda melhor cena envolvendo uma referência a Star Wars do Universo Marvel. Quero muito acreditar que quando ele diz “sempre quis fazer isso”, tenha sido o Clark Gregg, e não o personagem. ;D)

Claro que não adianta muita coisa. Se sentindo cada vez mais deslocada no universo depois de CONSPIRAR contra os companheiros, ter a mente dominada pelo Hive e ver seu(s) amor(es) explodir(em) no vácuo do espaço, parece que ela resolveu fazer o possível pra que se sinta bem, sem se importar se isso causa alguns terremotos por onde passa.

Agents of SHIELD

Tem bastante a ver, tematicamente falando, com o que se viu em Capitão América: Guerra Civil mas, como bem disse Chloe Bennet recentemente, “o Universo Cinematográfico da Marvel adora fingir que é tudo conectado, mas eles ignoram nosso show completamente”, o que significa que deve ficar tudo apenas e tão somente na teoria.

E isso vale também pros Inumanos que, embora existam e tenham poderes e estejam por aí, provavelmente darão um tempo na quarta temporada que, aliás, passará a ser exibida às 22h nos EUA, o que vai permitir que assuntos mais sérios, profundos e ~adultos possam ser tratados, como essa coisa da Daisy desencanar de ser uma Agente da SHIELD e ser CAÇADA por eles, quase que obssessivamente, o que provavelmente vá ser a grande graça da série pelos próximos 20 e tantos episódios. Ainda mais levando em conta que o Coulson não é mais o diretor da SHIELD...

Aliás, a SHIELD ainda existe, seis meses depois?

AIDA? Holden Radcliffe criou uma espécie de Visão. Artificial Inteligence Data Analyzer, uma inteligência artificial que ganha um corpo. Mais uma mulher pro elenco da série, o que é sempre bom, mas soa profundamente como aquela parte da série que vai cansar rapidinho. Até porque, não é como se fosse novidade, né?

Agents of SHIELD

Os Guerreiros Secretos ficaram somente na promessa, sobraram mesmo aqueles CARAS DE CU, também conhecidos como Alpha Primitives, que não me parecem que serão utilizados tão cedo novamente. Mas quem sou eu pra tentar adivinhar qualquer coisa nessa série? Enquanto ela não se assumir de uma vez pelo que é — que seja uma história própria ou só uma plataforma pra manter o Universo Marvel vivo durante mais tempo no ano — vai ser essa coisa que mistura o sem gracismo extremo com momentos memoráveis.

Tomara que, nas premiações, olhem direitinho pro que Iain De Caestecker tenha feito nessa temporada. Ele merece mais reconhecimento. Seu Fitz é a única coisa que é SEMPRE legal, não importa o humor da temporada.

E espero que o Ward tenha morrido DE UMA VEZ, né? Já não aguento mais ele ir, voltar, mudar de time... Já deu. Gostei da cara do Hive? Sim. Mas tá bom. Um cara tão poderoso assim não faz sentido numa história tão longa.

Ah, sim: Lincoln morreu depois da Guerra Civil. BOOM!