Alá a Apple se aproximando de Hollywood... | JUDAO.com.br

Grandes nomes a empresa conseguiu. Mas e o seu rico dinheirinho, será que vale a pena?

Em 2018, o JUDAO.com.br publicou uma matéria sobre os projetos da Apple para seu serviço de streaming, algo que falamos por aqui há um pouco mais de tempo. Menos de um ano depois, no tradicional evento semestral para apresentar seus planos, finalmente a empresa de Cupertino deu detalhes do serviço de assinatura de jornais chamado Apple News+ e do serviço de streaming de jogos mobile intitulado Arcade, além de anunciar formalmente o Apple TV+, o novo serviço de streaming de vídeo.

Oferecido como um serviço de assinatura sem anúncios, a Apple TV+ estará no renovado aplicativo de TV da Apple e em outras plataformas como Amazon Fire TV. O app virá com parcerias com outras empresas de entretenimento, como a HBO, Stars, CBS All Acess e Showtime. Sem um valor anunciado, esse novo aplicativo estará disponível em maio e a TV+ estará disponível em mais de 100 países a partir do segundo semestre — e sim, o Brasil é um desses países.

Sem qualquer material concreto das produções originais para apresentar, a Apple apostou em uma imponente lista de astros e estrelas envolvidas nos futuros programas e levou algumas ao palco. O único material audiovisual apresentado foi um trailer protagonizado por nomes como Steven Spielberg, J.J. Abrams, M. Night Shyamalan, Octavia Spencer, Sofia Coppola, Hailee Steinfeld e Ron Howard, em que eles falam de forma bastante apaixonada sobre a arte e o poder da narrativa.

Aparentemente, a arte da Apple deve ser diferente da arte do Netflix para Spielberg... :P

Ainda não dá para dizer qualquer coisa sobre esses projetos, já que nenhum detalhe foi divulgado. Para compensar, alguns desses nomes presentes no trailer subiram ao palco para falar sobre seus programas.

Focando em uma programação majoritariamente original, a Apple já há um longo tempo quer se aproximar de Hollywood e contratou Zack Van Amburg e Jamie Erlicht, dois veteranos da televisão que trabalharam na Sony Pictures TV, para construir uma programação de respeito e fechar negócios com profissionais gabaritados.

Apesar de alguns problemas envolvendo a saída de showrunners de diversos programas, a Apple está empenhada em oferecer um material diversificado ao público, como um projeto secreto de Damien Chazelle, um thriller produzido por M. Night Shyamalan, uma comédia sobre Emily Dickinson estrelada por Hailee Steinfeld, uma série cômica com Kristen Wiig, o drama Are You Sleeping com Octavia Spencer, um drama futurista protagonizado por Jason Momoa e Alfre Woodard chamado See, um spin-off do programa infantil Vila Sésamo, um drama espacial de Ron Moore, do Battlestar Galactica, o drama The Morning Show, estrelado por Jennifer Aniston, Reese Witherspoon e Steve Carell, e Little America, uma produção do comediante Kumail Nanjiani que contará histórias de imigrantes que vivem nos Estados Unidos.

Com certo atraso em relação a Netflix e Amazon, com a primeira nadando de braçada em popularidade e produção de originais, a Apple tenta se inserir nesse mercado e entra na briga por atenção do público e na disputa por melhores projetos. Ao fazer isso no mesmo ano do lançamento do Disney+, o serviço de streaming do Mickey, a empresa liderada por Tim Cook mostra ambição ao menos na teoria, já que na prática apenas deseja copiar o sucesso dos concorrentes.

Resta saber se nomes consagrados de Hollywood serão suficientes para alavancar mais um serviço de streaming.