Aladdin é um acerto da Disney. O Gênio do Will Smith inclusive. | JUDAO.com.br

Com sequências musicais envolventes, Aladdin é uma bem sucedida adaptação em live action apoiada pelo bom desempenho dos atores e por uma visão um pouco mais moderna do tradicional papel de uma princesa.

Enquanto continua com seu plano de dominação global, a Disney lança mais uma versão live action de uma animação clássica. Desta vez, Aladdin chega aos cinemas com muita música, cor e Will Smith, um dos principais elementos para o sucesso do filme (sim, é isso mesmo que você leu).

Escrito pelo diretor Guy Ritchie e John August, a trama acompanha Aladdin (Mena Massoud), um ladrão que é enviado em uma missão para encontrar uma lâmpada mágica. Lá, ele liberta um gênio que lhe concede três desejos. Apaixonado por uma princesa, Aladdin se transforma em um príncipe para se casar com Jasmine (Naomi Scott), mas ele fica na mira de um feiticeiro obcecado em conseguir a lâmpada.

Você está preocupado com o Will Smith como Gênio? Qualquer apreensão que você tenha será esquecida nos primeiros minutos do personagem na tela, principalmente no momento em que ele começa a cantar pela primeira vez. Cantando, dançando e claramente se divertindo no papel, Smith é uma força da natureza e sua atuação inegavelmente engole qualquer outra ao seu redor. E é o seu trabalho leva o filme para outro patamar.

Quando ele quer, é realmente um ótimo ator.

Essa nova versão de Aladdin faz um trabalho interessante em atualizar a posição e motivação dos personagens, tornando a temática um pouco mais atual – ou mais atual do que um conto de fadas da Disney permite.

A reformulação mais importante dessa produção é o tamanho da Jasmine na história. Na trama original, ela passa a maior parte do tempo cantando e esperando ser salva. Nesse Aladdin versão 2019, criaram uma trama específica e separada para a personagem, algo além da relação com o personagem título, e isso é fantástico. Com essa mudança em mente, Jasmine ganhou uma boa nova canção chamada “Speechless” que se encaixa perfeitamente na sua trajetória.

Já Aladdin manteve sua personalidade sagaz e o personagem floresce com o egípcio Massoud, mas suas melhores cenas envolvem ação com outros personagens. Sua relação com o Gênio é divertida de assistir e a química com Scott funciona como deveria para você acreditar na relação. O novo Aladdin é mais sobre trabalho em equipe do que necessariamente apenas um herói salvador.

Guy Ritchie entregou um material surpreendentemente divertido com tiradas cômicas que funcionam para adultos, mas vão divertir especialmente as crianças. Como uma boa produção da Disney, esse filme não parece com qualquer coisa já feita antes pelo diretor. Enquanto Dumbo carrega bastante da identidade visual de Tim Burton, Aladdin é uma aventura completamente INTRINCADA no padrão conhecido do estúdio, o que pode ser ruim para quem espera alguma assinatura reconhecível do diretor.

Com sequências musicais envolventes, Aladdin é uma bem sucedida adaptação em live action – seria ainda melhor com 15 minutos a menos, é verdade – apoiada pelo bom desempenho dos atores e por uma visão um pouco mais moderna do tradicional papel de uma princesa.

Ah, e pelo Will Smith. Não se esqueça dele. ;)