Café combina com gibi? Mas ô se combina! | JUDAO.com.br

Algumas das minhas melhores lembranças giram em torno de uma xícara fumegante e as páginas do meu gibi favorito :)

Lembro como se fosse hoje daquelas manhãs na casa da minha avó, perto da praia. Meus pais resolviam que iam sair na sexta-feira à noite, me largavam na casa daquela senhorinha de cabelos brancos, chinelas nos pés e sorriso largo no rosto. Ela me acordava com o cheirinho do café Pilão pela casa, sempre acompanhado de um pão na chapa com manteiga quentinho...

Eu ainda estava aprendendo a tomar café. Ela só dava uma pingadinha dele no leite, mas já deixava um sabor e um cheirinho que sempre me lembram coisa gostosa, conforto, carinho, cafuné. Isso e os gibis que ela deixava na mesa, juntinho da caneca. Geralmente era uma Turma da Mônica ou alguma coisa da Disney que meu avô trazia junto com o pão.

Para um menino de 8 anos de idade, que estava começando a pegar o hábito da leitura, era sempre a glória, o grande momento do meu dia. E eu ia mergulhando pedaços do pão no café e comendo aos pouquinhos, às vezes enfiando na boca mais do que conseguia mastigar, enquanto ria com os planos infalíveis do Cebolinha ou com as patocoadas do Pato Donald. Minha vó ficava ao meu lado, sorrindo em silêncio.

Conforme fui crescendo, fui preferindo um café cada vez mais forte – e meus gibis, claro, também foram ficando mais fortes, mais extrafortes, como o Pilão que eu gosto de ter hoje na minha casa, mais encorpado, sabor marcante. Não necessariamente mais violentos, agressivos, porradeiros, nada disso. Passei longe da Marvel dos anos 90 com seus músculos, veias saltadas e armas gigantescas e fumegantes.

cafe_04O meu lance continuou sendo mais humor. Um humor tão brasileiro quanto o café. Mas aquele humor mais ácido, mais sacana, mais adulto. Acabei, na adolescência, migrando para os três amigos – e Laerte, Angeli e Glauco passaram a ser meus gurus para toda a vida. Passei a pegar um gosto todo especial pelas charges, cartuns e tiras de jornal. Humor simples e direto. Curto, compacto e forte. Uma linguagem diferente e mais desafiadora. Que durava um copinho de café.

Geralmente, café Pilão. Tipo o Pilão Espresso, que... calma, calma. Tô colocando aqui os pés pelas mãos, vou guardar isso pro final.

Eu estava falando de humor simples e direto, né? Tipo o trabalho que o americano Josh Hara, de Columbus, Ohio, vem fazendo e postando com sucesso no Instagram e no Twitter, ambos no @yoyoha. Ele pega os copos descartáveis de sua cafeteria preferida e faz histórias curtas no lado de trás, gerando resultados divertidíssimos – e, em grande parte, inspirados e tratando sobre o café. “Na verdade, este projeto surgiu como uma oportunidade de fazer quadrinhos mais regularmente”, contou ele, em entrevista ao site Today.com. “Eu estava sempre rabiscando. Quando era solteiro, fazia cartuns e dava de presente para os amigos, mas isso sumiu com o tempo. Queria voltar a fazer isso. Olhar para um papel em branco parecia sempre trabalho demais. Aí encontrei algo diferente nos copos, que eu sempre curti”.

Além de fazer quadrinhos que, em um único copo, se resolvem, por vezes ele usa mais do que um para complementar a brincadeira e fazer uma série. Os assuntos passam por relacionamentos pessoais, tretas no trabalho, o jeito de lidar com gatos e cachorros... Basta acompanhar a hashtag #100CoffeeCups para uma reflexão forte e compacta sobre a vida. Forte, aliás, como é o novo Pilão Espresso, um café que eu adoro.

Não tava sabendo? Ah, enfim cheguei no assunto, né? Pô, eu te conto. Experimentei dia destes – são cápsulas compatíveis com as máquinas Nespresso®*. É, sim, eu sei, foi exatamente o que eu pensei assim que um amigo trouxe aqui em casa. Admite que “uau, que delícia” passou pela cabeça. Este camarada me trouxe de presente para se desculpar por ter derramado café (vejam só a ironia...) na capa da minha coletânea do Bob Cuspe, do Angeli. Cápsulas de Pilão Espresso e, obviamente, uma nova edição do encadernado, claro. No primeiro gole, já estava perdoado.

Tem nos sabores Splendente (que tem aqueeeeeeeeeeele cheirinho), Fortissimo (que é tipo o Incrível Hulk dos cafés, sabe?) e o Supremo (o meu favorito, que é, sei lá, meio que o Galactus, poderoso e surpreendente).

Para saber mais sobre a nova linha e seus sabores (hummmmmmmm...), entra lá no site dos caras: www.pilao.com.br

Certeza que a minha avó adoraria. Porque o cheirinho me lembra dela. ;)

* Marca de um terceiro, não relacionado à D.E Cafés do Brasil Ltda