Foi um dia longo. Mais do que imaginávamos, uma vez que a prometida abertura da venda antecipada de ingressos para Star Wars: O Despertar da Força começou cerca de 12h antes... pelo menos extra-oficialmente. Era o começo da tarde quando recebemos o primeiro tweet sobre um ingresso comprado em Santos.

Aí passamos boa parte dessa segunda, 19 de Outubro, junto com os nossos seguidores lá no twitter repassando as informações sobre quais salas abriram, quais não, quem comprou onde, o que cinemas em tudo quanto é lugar do Brasil diziam. MUITA gente já garantiu os seus ingressos pras sessões de 00h01... Mas faltava o trailer.

Com os dois minutos finais do segundo quarto do Monday Night Football, entre New York Giants e Philadelphia Eagles, durando 10mins, parecia que todo mundo iria assistir ao filme, mas o tal “special debut” (por que será que a Disney insistiu que não seria um trailer?) não seria exibido.

Mas foi. E, cara...

O que escrever? O que se passou? Foi significativo, isso é claro. Como já falamos aqui no JUDÃO, a Disney uniu todos os públicos, os seus maiores produtos, e exibiu o trailer final de Star Wars: O Despertar da Força ao vivo, tanto pro Brasil quanto pros EUA. E não foi um comercial, um intervalo. Foi um trailer completo, apresentado com toda a pompa e a circunstância que merece. Que exige.

O vídeo dá uma passeada pela história, cenas, elementos, mas deixa muitas e muitas questões nas nossas cabeças — e que, não, não tentaremos respondê-las porque, bom... Vingadores: Era de Ultron. E também porque muitas já foram “reveladas” nos trocentos spoilers que JJ Abrams já afirmou que estão corretos (no meio de tantos outros errados).

É aquele tipo de coisa que, se tinha alguém ainda esperando pra definir se compraria o ingressos pra primeira sessão, dois meses antes, não tinha mais. Talvez seja ESSE o maior Despertar da Força.

The bicho is pegando :/

Quando Rey diz que “existem histórias sobre o que aconteceu” e Han Solo confirma que é tudo verdade, fica claro que a luta da Aliança Rebelde contra o Império já aconteceu há algum tempo e as novas gerações não sabem de tudo que rolou — e que toda aquela curiosidade dela, que a faz explorar a Star Destroyer, não é à toa. A galáxia é muito grande, extensa, as histórias se espalharam registradas da forma que deu. Luke, Han e Leia podem ser heróis. Mas nem todo mundo no universo sabe que eles existem (ou existiram). É um pouco do que, dizem, pode ser lido em Star Wars: Aftermath, o livro que prepara o caminho para o Despertar da Força.

A Força é uma lenda que ficou esquecida no tempo, sem aquela coisa científica da trilogia mais recente. UFA!

Este papo de Força, aliás, é mesmo uma lenda. Já era meio que história para poucos durante a trilogia clássica, imagina depois de mais algumas décadas? Agora é uma lenda que ficou esquecida no tempo, sem aquela coisa CIENTÍFICA da trilogia dos anos 90/2000. Mais sobrenatural, sabe?

Kylo Ren, enfim, mostra a que veio, dizendo que vai levar o legado de Darth Vader adiante e partindo pra luta contra Finn e seu sabre azul, no meio da floresta. Apesar de morto, o que Vader representa, pro Lado Negro da Força, ainda está lá. Meio que como uma “imagem”, um “santo às avessas”... Ou um capacete completamente fodido, mas mantido em algum lugar de destaque. Um ícone, num altar. Isso pode só reforçar a crença de que Kylo é um dos Acólitos do Além, grupo surgido no livro Aftermath e que cultua o Lado Negro da Força, tentando encontrar uma forma de trazer Darth Vader do mundo dos mortos.

Acólitos do Além?

Por falar em Finn, quando ele diz “I was raised to do one thing, but I’ve got nothing to fight for”, fica um gosto de que ele terá uma jornada bastante similar à do próprio Luke no Episódio IV. Alguém sem propósito na vida, sentindo que poderia ser mais do que aquilo que é, sentindo que algo o espera lá fora. Luke se sentia mais do que aquele jovem fazendeiro. Finn parece sentir que pode ser mais do que um stormtrooper. Vê-lo com o sabre de frente para Kylo Ren dá um pouco da sensação do primeiro encontro entre Luke e Vader.

A principal ausência, assim como no pôster, é (ao menos de CORPO INTEIRO) a do Luke. E JJ, seu lindo, que continue assim. Que esta seja a grande surpresa do filme. Há quem aposte, pela cena do velho Skywalker ajoelhado ao lado de R2-D2, com sua mão mecânica — a mesma cena que já tínhamos visto no vídeo anterior — que isso seria um indicativo de que ele se tornou um vilão, o clima é sombrio, o personagem está meio acabado. Será?

Rey chorando. Parece alguém deitado ali...

Kylo VS. Finn! :D

Talvez não. Dá pra apostar na linha daqueles rumores que surgiram em agosto do ano passado — e que, até agora, estão se provando bem reais. Luke deve estar preso, perdido. E ele não aparece nos trailers simplesmente porque a história de O Despertar da Força envolveria a busca por ele pelos personagens da Daisy Ridley e o John Boyega. Essa é a “Mystery Box” do Jotajota, que, confesso, é bem mais interessante do que “o Khan tá ou não no filme”.

Por esse último trailer, há esse clima do Lado Sombrio retornando, ressurgindo, se levantando da pancada. Tem tudo pra ser um Império Contra-Ataca da nova geração, ainda que não seja nem sequer possível fazer qualquer comparação, um novo ponto alto para a franquia criada por George Lucas, pra um público que talvez nem se lembre direito de tudo aquilo.

Como é incrível fazer parte desse momento tão importante da cultura pop. E que tá sendo conduzido do jeito certo em cada vídeo. Que sirva de lição pra Marvel. E pra própria Disney.

Star Wars: O Despertar da Força estreia no Brasil em 17 de Dezembro. :)