Porque o nosso brinde, é claro, não foi em tacinhas de cristal cheias de #mimimi – foi logo é com um BARRIL!
2014 vai chegando ao fim – e obviamente, como todo bom final de ano que se preze, chega com ele o inevitável período das festas de firma. Sejam elas verdadeiras baladas para guerreiros que perdem a compostura na frente do chefe e tentam agarrar a estagiária do RH, sejam aqueles constrangedores amigos secretos no rodízio de pizza nos quais você ganha mais um par de meias pretas, sejam aqueles karaokês que reúnem os bêbados de final de noite cantando Fogo e Paixão abraçadinhos – um no outro e no copo de cerveja, claro.
Tanto faz. O fato é que, para a festa de final de ano do JUDÃO, a gente preparou algo muito mais legal. Bem mais a nossa cara. Porque não estava só a gente por lá. A gente convidou você também, meu querido. E, a exemplo do que rolou nas nossas mini personal comic cons de Homem-Aranha e X-Men, bicho...quem não foi perdeu a maior curtição da cidade naquela noite. No caso, a noite da última segunda-feira, 15, lá no Season One Arts & Bar, em São Paulo.
Se era um bar temático com foco em séries de TV, claro, o tema do encontro judônico não poderia ser outro que não uma das séries mais comentadas e aplaudidas dos últimos anos: Breaking Bad. Além de um monte de fãs que lotaram o bar para participar do papo e ainda provar um cardápio especial baseado na série (sim, tinha um misterioso drink azul rolando pelas mesas – mas que era totalmente inofensivo, a gente jura!), estávamos lá eu, meu compadre Renan Martins Frade, nosso convidado especial Paulo Gustavo Pereira (praticamente uma Bíblia ambulante sobre séries, autor do Almanaque dos Seriados) – e, claro, o mestre de cerimônias Thiago Borbolla, o Borbs, que de avental dos Los Pollos Hermanos, comandou a festa. E, ainda que em espírito, Heisenberg também estava dando o ar de sua graça por lá. Todos nós dissemos o nome dele algumas vezes.
O debate foi bem animado, divertido e, como de costume, descontraído. A gente falando e as pessoas interrompendo, sem esta frescura de “agora vamos abrir para perguntas” porque, né, é assim que o JUDÃO rola (e é bom você se acostumar). Falamos sobre passado, presente e futuro de Breaking Bad. Sobre como cada um começou a ver o seriado, sobre os primeiros capítulos, sobre o final da série, sobre o episódio preferido de cada um (descobri que o da mosca, que eu amo, é também o favorito de muita gente), sobre o motivo de seu sucesso, sobre protagonistas e antagonistas, sobre o fato de ela ser considerada hoje “a melhor série de todos os tempos” (Será que o título dura pelos próximos dez anos? O pessoal no bar votou que sim...). E, obviamente, tentamos descobrir as expectativas do povo sobre Better Call Saul, série derivada com o advogado de White. O clima geral foi de desconfiança...
O legal é que a discussão acabou ficando ainda mais ampla, partindo não apenas para o papel que Breaking Bad passa a ocupar no espectro maior da cultura pop, mas também para a relação que as pessoas, como um todo, têm com séries. Uma mãe confessou que o hábito de colocar todo mundo para ver Breaking Bad ajudou a acabar com as brigas das duas irmãs em casa. Outra, que estava com a família completa, contou que teve um espanto inicial assim que se deparou com a violência de um determinado episódio mas, logo depois, se rendeu e acabou tão viciada quanto a rebenta.
Eu falei da minha relação com Lost – como a minha resistência inicial a ver a série se deveu especialmente a todo o hype em torno dela (“ah, já sei que não vou gostar desta bosta!”). O Paulo Gustavo falou da maratona de Downton Abbey que tinha feito no final de semana anterior, descobrindo um roteiro inteligente e bem amarrado que derrubou as suas resistências iniciais. O Renan confessou que assistiu Supermáquina, uma de suas séries favoritas na infância, muito tempo depois e descobriu que ela envelheceu bem mal...e aí até partimos para um papo sobre os segredos da longevidade do Chaves.
E o Borbs...bom, o Borbs, como de costume, tentou (e conseguiu!) a todo custo encaixar a Marvel em qualquer parte da discussão. Só porque é a Marvel, gente, vai. Dá pra entender.
A galera ainda teve a chance de ver um pedaço de um divertido especial de MythBusters que faz crossover com Breaking Bad, tentando desvendar um terrível mistério: aquele lance de dissolver um corpo dentro da banheira, é realmente possível de ser feito? Mas foi só um pedaço (do vídeo, não do corpo), pra deixar com água na boca mesmo – afinal, trata-se de um conteúdo exclusivo da edição de colecionador da série completa, aquela que vem dentro de um barril, sabe?
Ah, é, menino. E eu que esqueci de falar do barril? :D
Então, esta cobiçada versão de colecionador estava lá, em toda a sua glória, divando pela noite, com seus muitos discos de Blu-ray repletos de extras e com todos os episódios das cinco temporadas brilhando e exalando muito amor. E ela foi disputada de maneira acirrada em mais um dos nossos quiz show. Porque este lance de sorteio é para os fracos. A gente fez mais uma daquelas rodadas de perguntas para os fãs ostentarem os seus mais profundos conhecimentos sobre a série. “Qual é o nome da cidade na qual se passa a série Breaking Bad?”, “Como é o nome do meio de Walter White?”, “Qual é o país de origem de Gus Fring?” e “O codinome de Walter White, Heisenberg, veio de onde?” foram algumas das que rolaram por lá. Entre erros e acertos, sobraram cinco finalistas. Esta gente linda aí em cima, olha só.
A derradeira disputa contou com menções a John Cusack e Matthew Broderick (que foram convidados para ser Walter White antes de Bryan Cranston para ser Walter White), ao superfã Kevin Cordasco (joga no Google!) e ao som dos britânicos do Badfinger. No final, quem faturou o cobiçado prêmio foi o nosso simpático Professor Xavier, que sempre comparece aos nossos eventos e finalmente conseguiu ganhar alguma coisa. Tudo graças à pergunta decisiva e derradeira sobre o dono do lava-rápido, sabe? Aquele que é um verdadeiro gênio científico na vida real? E que tem sobrancelhas enormes? Ah, deixa. Se estivesse lá, com certeza você entenderia. E, se bobear, podia ter até ganhado.
Se você perdeu a festa, pode ficar aí, roendo até os cotovelos de inveja. Mas calma, não precisa exagerar.
Eu te conto um segredo. Ano que vem, amiguinho, amiguinha, tem mais. MUITO mais. Segura a emoção e vem com a gente! :D
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