Netflix já tá negociando com a Disney pra manter as propriedades LucasFilm e Marvel a partir de 2019 | JUDAO.com.br

Parece que tudo vai ficar mais que bem…

Em 2012, Netflix e Disney assinaram um acordo de distribuição nos EUA. Os filmes e séries da empresa do Pluto deixaram de passar pelo Starz, que era dono da distribuição digital anteriormente, e passaram a ir diretamente para o serviço de streaming. Esse acordo começou a valer para os novos filmes apenas em 2016 – e, como sabemos agora, não será renovado.

Apesar de uma queda no valor das suas ações, o terremoto sentido pelo Netflix não deverá maior do que aquele que (não) sentimos em São Paulo, em 2008. Isso se rolar de fato algum terremoto nesse mundo dos streamings.

Em entrevista à Reuters, Ted Sarandos, o CCO da Netflix, afirmou que eles já estão “negociando ativamente” com a Disney pra “potencialmente” garantir os direitos de streaming dos filmes Marvel e LucasFilm a partir de 2019, quando o tal serviço próprio da Margarida deve estrear com os outros filmes Disney AND Pixar no catálogo — o que faria um enorme sentido se você levar em consideração que o público que consome LucasFilm e Marvel tem uma tendência maior a procurar esses conteúdos em meios ALTERNATIVOS, em comparação com o público que costuma ser o alvo das outras partes da empresa.

É muito mais fácil uma família assinar um novo serviço pra que uma criança assista a algum filme em looping do que uma pessoa com seus vinte e poucos anos o fazer só pra ver filme de lutinha... Mas isso sou eu pensando, né? :)

De qualquer modo, os Star Wars nunca entraram nesse acordo, foram negociados à parte e só entraram no Netflix este ano – e foi globalmente. Além disso, em outros países, como o Brasil, Disney e Netflix não possuem um acordo pré-estabelecido, negociando as propriedades individualmente ou em pacotes menores. Nesse sentido, dá para imaginar que eles deixem de lado o formato “pacotão tudo é Netflix” para o “Isso e aquilo vão pro Netflix, isso não vai”. No entanto, uma coisa é fato: as janelas (que é o tempo entre a exibição no cinema e a estreia em outros lugares) devem aumentar no Netflix dos EUA, com as produções surgindo primeiro na plataforma própria do Tio Patinhas.

Tipo um GOSTINHO pra ajudar a vender a outra plataforma, sabe? É esperto, até.

Isso deve ajudar a manter no Netflix os filmes de catálogo, também — e as séries originais continuarão exatamente onde estão, já que a história é completamente outra. Sem falar que, no Brasil, tudo deve mais ou menos continuar como está – Capitão América: Soldado Invernal, por exemplo, estreou no Netflix Brasil em maio deste ano, TRÊS anos após os cinemas.

Já é uma janela longa para caralho que, até agora, ninguém reclamou.

Estamos de olho pra saber como as coisas vão ficar no futuro mas, ao que tudo indica, elas serão praticamente iguais...