Um ano ótimo para o cinema, dominado pelo terceiro filme dos Maiores Heróis da Terra. O que o futuro nos reserva?
Esse doismiledezoitésimo ano de nosso senhor foi bastante PROLÍFICO quando o assunto é cinema. Teve muito filme realmente bom, dos mais diversos gêneros e estilos (uma passada pela lista dos 100 filmes melhor avaliados no Rotten Tomatoes em 2018 mostra essa diversidade), em epecial o horror, que teve em 2018 um dos melhores anos da sua história.
“Sim, vivemos uma Era de Ouro do Horror, pelo menos sob o prisma de quem venera gênero, escreve, estuda e pesquisa muito sobre o assunto, vendo filmes e mais filmes ano após ano e os analisando e resenhando” escreveu aqui o nosso escabroso especialista Marcos Brolia, que também edita o 101 Horror Movies. “Não vemos uma quantidade tão incrível de filmes bons lançados em sequência desde os saudosos anos 80”.
O que talvez já tenha passado por sua Era de Ouro são os filmes com super-heróis. Pantera Negra mostrou todo o poder da cultura pop e da representatividade, mas é a grande exceção à regra aqui (isso, é bom deixar claro, excluindo Homem-Aranha no Aranhaverso que, como estreia no Brasil somente no ano que vem, deixaremos ele pra 2019). Venom... É um filme divertidíssimo, mas longe de ser bom. Não fosse por sua bilheteria gigantesca, nem lembraríamos que ele existiu (isso se você não acabou de pensar que PUTAQUEPARIU TEVE VENOM ESSE ANO!).
Quem também tá sobrevivendo na cabeça da galera por forças exteriores, de maneira geral, é Deadpool 2. É tanta coisa sobre esse Era Uma Vez Deadpool, a versão PG-13 do filme, que a gente as vezes para pra pensar que “nossa, verdade, teve Deadpool 2 esse ano”. Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas também passou, mas eu nem sei se conta muito.
O que talvez seja o grande destaque aqui é Aquaman, um filme que é tão diferente de tudo o que Zack Snyder planejou que SÓ POR ISSO se torna bom. Nada além disso, veja bem. É um filme divertido, um ótimo entretenimento, que passa longe de qualquer profundidade (sem trocadilho aqui) maior... E nem precisava ser mais do que isso, né? James Wan conseguiu, enfim, levar a DC Comics que conhecemos e gostamos aos cinemas. Uma pena que tenha demorado e desperdiçado um personagem como o Superman, mas quem sabe ele não retorna um dia?
Mas, muito mais do que Aquaman, muito mais do que Pantera Negra, muito mais do que qualquer tipo de esquecimento, nada definiu tanto o cinema em 2018 quanto Vingadores: Guerra Infinita — assunto presente em 16% dos textos mais lidos do ano aqui no JUDAO.com.br. Em outras palavras, seis de cada dez dos mais acessados textos desse ano no site eram, de alguma maneira, relacionados à história dos Irmãos Russo — da discussão sobre o decote da Feiticeira Escarlate à nossa resenha do filme, um dos textos mais lidos sobre cinema em 2018 por aqui.
Mostrando que, independente da quantidade, as pessoas que assistem aos filmes se interessam sim pelos materiais originais, a lista de HQs pra ler DEPOIS de Vingadores: Guerra Infinita foi o texto mais lido sobre Gibis esse ano aqui no site. As explicações sobre a nova arma do Thor e a discussão sobre o fato do Thanos dos cinemas ser mais interessante que o dos gibis também entraram na lista dos textos mais lidos de 2018, junto com as nossas CONJECTURAS sobre o o que poderia ter acontecido e poderá acontecer com Clint Barton, o Gavião Arqueiro, em Vingadores: Ultimato.
Outra coisa que Vingadores: Guerra Infinita fez, ou pelo menos expôs, foi o quanto as pessoas se preocupam com o RESTO do Universo Marvel. Um texto sobre um erro de Homem-Aranha: De Volta ao Lar ~corrigido pelos Irmãos Russo foi um dos mais lidos de todo o site, por exemplo. Mas, muito mais que esse, quando fomos além das telas e comentamos sobre o quanto cada uma daquelas mortes do filme não importava AT ALL e o quanto venderam de maneira equivocada TANTO Vingadores: Guerra Infinita quanto o ainda-chamado Vingadores 4 — uma ideia, aliás, assumidamente uma cagada — aí, bem... Nós conseguimos alguns dos textos mais lidos de todo o site, entre todos os canais.
Com estreia prevista para 25 de Abril de 2019, Vingadores: Ultimato provavelmente vai repetir e, se bobear, aumentar o interesse da galera nos conteúdos gerados a partir disso. Nós do JUDAO.com.br nos comprometemos a continuar desafiando a cultura pop, sempre, o que significa que vamos questionar tudo o que tiver que ser questionado... Inclusive se faz algum sentido TUDO ISSO que se tornou essa franquia.
Seja como for, uma coisa fica bem clara: o “gênero” super-heróis está se cansando. Coisas realmente novas prometem ser um respiro (Começou com Thor: Ragnarok, agora tem Aquaman, com Aranhaverso e Shazam! vindo aí) pra essa parte da cultura pop e seria o caso se o pe$$oal que cuida dessas coisas percebesse isso LOGO. Porque, sim, o interesse que a Marvel consegue gerar nessa propriedade é GIGANTESCO. Só, talvez, esteja um pouco longe do que deveria ser, que é esse tal de cinema. :)
Aliás, só pra não ser injusto: fiquei muito orgulhoso de ver a explicação por que os Irmãos Russo podem ser creditados como diretores dos seus filmes na lista dos mais lidos... É uma coisa besta, mas diz tanto sobre Hollywood! Fiquei feliz que isso gerou algum interesse, hehe. ¯\_(ツ)_/¯