Hollywood está finalmente começando a pensar em querer se abrir de fato para novas lideranças, e queremos que você conheça OITO diretoras, pra da próxima vez que ouvir e ler o nome delas, saiba que tem coisa interessante vindo aí. :)
Hollywood está finalmente começando a pensar em querer se abrir de fato para novas lideranças, e diversas diretoras ainda não fazem parte da cultura mainstream e continuam na batalha para lançarem seus filmes de baixo orçamento, conquistar seu espaço e, enfim, toooodo aquele caminho que, nessa indústria, as vezes parece impossível de se trilhar.
Então, pra ajudar nessa história, queremos que você conheça OITO diretoras, pra da próxima vez que ouvir e ler o nome delas, saiba que tem coisa interessante vindo aí. :)
Nascida em Nova York, Janicza Bravo passou sua infância e adolescência entre EUA e Panamá e começou sua carreira na indústria como figurinista, antes de se aventurar em suas próprias histórias. Bravo estreou como diretora e roteirista em Eat, drama que lhe rendeu nomeação ao Audience Award no SXSW em 2011. Em 2014, ela continuou sua caminhada de sucesso e ganhou o Prêmio do Júri no Sundance Film Festival por Gregory Go Boom, um curta-metragem de humor negro protagonizado por Michael Cera.
Depois de focar suas histórias em drama e principalmente humor, Bravo escreveu e dirigiu Hard World for Small Things, uma experiência em realidade virtual que explora como nossas vidas podem ser afetadas a partir de uma tragédia. O drama foi inspirado na história do seu próprio primo, que morreu asfixiado pela polícia em um caso de identidade equivocada. O curta foi filmado com câmeras GoPro e você pode assistir completo aí embaixo.
Em 2017, a diretora fez sua estreia em longas-metragens com a comédia independente Lemon, protagonizada pelo comediante – e marido – Brett Gelman. Na trama, ele interpreta um homem um tanto irritante que vê sua vida mudar depois que sua namorada vai embora.
Recentemente, Bravo assinou com a A24 – estúdio independente que produziu coisas maravilhosas como Moonlight, Projeto Flórida, A Bruxa, Ex_Machina: Instinto Artificial, Lady Bird, O Lagosta e Hereditário – para dirigir o longa Zola. A história é baseada no artigo Zola Tells All: The Real Story Behind the Greatest Stripper Saga Ever Tweeted, escrito por David Kushner para a Rolling Stone. Se você não conhece essa história surreal, imagine uma stripper viajando com um namorado bipolar, uma garota de programa e um cafetão. Como o próprio Kushner diz em seu artigo, é como se “Spring Breakers encontrasse Pulp Fiction”. E isso vai virar um filme. YES!
Bravo também dirigiu episódios de Cara Gente Branca, Atlanta, Divorce, Love e Here and Now. Além disso, ela também é atriz e estará em Camping, nova série da HBO criada por Lena Dunham e Jennifer Konner. Portanto, não é difícil encontrar Bravo por aí.
A turca Ceyda Torun não tem um currículo tão extenso quanto Bravo, mas é responsável por um dos documentários mais surpreendentes que já vi. Co-fundadora da Termite Films com o diretor de fotografia Charlie Wuppermann, a diretora mostrou todo seu amor aos felinos no seu primeiro documentário.
Em Gatos, Torun apresenta uma comunidade paralela com centenas de milhares de gatos que vagam livremente por Istambul. Focando em sete felinos – Sari, Duman, Bengü, Aslan Parçari, Gamsiz, Psikopat e Deniz -, sua câmera tem muita paciência para acompanhar de perto cada um desses animais, essenciais para os donos que ELES escolheram adotar.
Essa é uma dica preciosa para quem é apaixonado por gatos e por documentários. Segundo a própria diretora, Gatos foi extremamente difícil de negociar porque os compradores não sabiam como vender o filme. No fim, o documentário foi um tremendo sucesso e arrecadou U$ 2,8 milhões de dólares nos EUA, além de ganhar o prêmio de Melhor Documentário no Critics’ Choice Award 2017.
Seu próximo filme será The Djinn, um thriller sobrenatural sobre uma cientista que é confrontada por uma criatura mística e mortal durante um estudo sobre o sono. Parece louco e maravilhoso.
Se você acompanhou de perto a odisseia que foi a busca da Marvel Studios para encontrar uma diretora para o filme da Viúva Negra, provavelmente você ouviu o nome de Amma Asante. A roteirista e diretora inglesa é uma ex-atriz infantil que começou a contar suas próprias histórias aos 23 anos. Em seu primeiro filme, o drama A Way of Life, a diretora ganhou o Carl Foreman Award de Melhor Promessa no BAFTA 2005.
Belle, seu segundo longa, foi um dos primeiros filmes a receberem financiamento da Pinewood Studios como parte de uma iniciativa para ajudar a financiar e apoiar produções independentes. O filme é baseado na história de Dido Elizabeth Belle, filha ilegítima de uma mulher africana escravizada e um capitão da marinha britânica. Apesar de se tornar herdeira, ela ocupou uma posição social desafiadora por ser a única negra em seu círculo social e familiar. Mesmo não tendo a opulência que filmes de época exigem, Belle é um ótimo estudo sobre identidade e consciência social.
Em 2016, Asante continuou contando histórias sobre figuras negras históricas em Um Reino Unido. O filme acompanha a história sobre como o casamento do Príncipe Seretse Khama, da Bostswana, com a branca inglesa Ruth Williams, causou um tumulto político e diplomático no seu país e no governo britânico. Asante contou uma história de amor singular inegável para falar sobre problemas históricos da sociedade britânica.
Asante estreará seu próximo filme intitulado Where Hands Touch no Toronto Internacional Film Festival 2018. Protagonizado por Amandla Stenberg e George MacKay, a produção contará a história de uma adolescente negra alemã que se apaixona por um membro da Juventude Hitlerista. Amma Asante se tornou uma especialista em contar histórias verdadeiramente emotivas.
Diferente de todas as outras mulheres citadas nessa lista, Zoe Lister-Jones não é uma diretora de carreira. Com apenas um trabalho no currículo, a atriz escreveu e dirigiu uma comédia dramática musical sensacional chamada Band Aid. Na trama, Anna (Lister-Jones) e Ben (Adam Pally) formam um casal que está se afogando em brigas aleatórias do dia a dia. Aconselhados por uma terapeuta a tentar lidar com os problemas e a dor de uma maneira não convencional, eles se lembram que amam a mesma coisa: música. Em sua última tentativa para salvar o casamento, Anna e Ben decidem transformar todas as suas queixas um do outro em música e, com a ajuda do vizinho baterista (Fred Armisen), eles formam uma banda chamada The Dirty Dishes.
Sempre escrevendo sobre suas próprias experiências, a atriz já tinha trabalho como roteirista nos longas Breaking Upwards – em que ela conta sua experiência sobre ter um relacionamento aberto com o marido durante um ano -, Lola Versus e Consumed antes de se aventurar como diretora do seu próprio roteiro. Band Aid foi adquirido pela IFC Films após sua estréia no Sundance Film Festival 2017 e, segundo a própria nova diretora, ela planeja dirigir outro dos seus roteiros.
Nascida na Dinamarca, Lone Scherfig é a mais experiente dessa lista e, apesar de hoje em dia utilizar técnicas diferentes, a diretora foi um dos principais nomes do movimento Dogma 95, criado pelos diretores Lars von Trier e Thomas Vinterberg.
Em 2009, Scherfig lançou Educação, seu filme mais elogiado. Escrito por Nick Hornby, a trama se baseia nas experiências adolescentes da jornalista Lynn Barber no pós-guerra britânico. O filme segue Jenny, uma jovem de 16 anos entediada que se envolve com David, um homem mais velho que apresenta a glamourosa e excitante sociedade londrina da época. Educação é uma história sobre amadurecimento, e Scherfig conseguiu captar perfeitamente a época em que o filme é retratado.
Após o sucesso de Educação, a diretora conseguiu expandir seu trabalho no mercado americano e lançou Um Dia, adaptação do livro de David Nicholls. A trama acompanha Dexter e Em, um casal que passou a noite de formatura juntos e a cada ano, no mesmo dia, seguimos suas vidas.
Continuando nas adaptações, seu filme mais recente é Sua Melhor História, comédia romântica dramática baseada no livro de Lissa Evans. A história se passa em 1940 e acompanha Catrin, uma ex-secretária que foi nomeada roteirista de filmes usados como propaganda de guerra. Seu trabalho consiste em escrever diálogos femininos para as produções, mas Catrin e seu parceiro Buckley decidem criar um filme épico inspirado no resgate de Dunkirk. No filme, Scherfig soube combinar o drama e a tensão da guerra com personagens naturalmente cômicos com o clássico humor inglês.
Apesar de Scherfig ser a mais experiente, a norte-americana Courtney Hunt é a única dessa lista com indicação ao Oscar. Sua estreia como diretora foi em Rio Congelado e conseguiu duas nomeações ao Oscar – Melhor Atriz Coadjuvante para Melissa Leo e Melhor Roteiro para Hunt. A produção também foi escolhida o Filme do Ano pela AFI Award 2009, além de ganhar o prêmio do júri no Sundance Film Festival na categoria dramática.
O drama criminal conta a história de Ray Eddy, uma mãe trabalhadora que precisa de dinheiro para comprar sua casa após a separação. Com a possibilidade de ganhar dinheiro fácil, Ray decide trabalhar com Lila, uma viúva de Mohawk que ganha a vida contrabandeando imigrantes do Canadá para os EUA. Um dos melhores filmes de 2008, Rio Congelado é extremamente realista e apresenta duas pessoas que são frutos das suas comunidades.
Mesmo que seu longa-metragem mais recente, Visões de um Crime, não tenha um roteiro a altura da capacidade de Hunt, a diretora mostrou sua habilidade ao dirigir episódios das séries Em Terapia, Lei e Ordem: Unidade de Vítimas Especiais e Fear the Walking Dead.
Trabalhando como atriz há mais de dez anos (ela é Viking, de GLOW), a escocesa Marianna Palka dirigiu e escreveu seu primeiro longa metragem intitulado Good Dick em 2008. A trama acompanha o romance entre uma jovem vulnerável e um balconista de uma locadora. E, sim, o nome faz todo sentido.
A comédia romântica dramática estrelada pela própria Palka entrou na competição oficial do Sundance Film Festival, mas perdeu para... Courtney Hunt. Mas Palka ganhou como diretora revelação em sua cidade natal, no Edinburgh International Film Festival.
Em 2017, a diretora lançou uma comédia dramática completamente maluca chamada Bitch, que acompanha um marido que precisa lidar com os filhos indisciplinados depois que sua esposa assume a personalidade de um cão raivoso. Com um humor bastante obscuro, o roteiro de Palka é um grito bem estridente contra a tradicional política familiar patriarcal.
Em 2004, Amanda Lipitz fundou sua própria produtora focada em criar materiais para teatro, televisão e cinema. Em sua estreia como documentarista, Lipitz decidiu contar a história sobre uma equipe feminina de dança do ensino médio no centro de Baltimore, sua cidade natal.
Step acompanha o último ano escolar dessas adolescentes e seus esforços em conjunto com seus familiares, professores, companheiros de equipe e treinadores para ganharem um campeonato e serem aceitas na universidade – algumas delas podem se tornar a primeira pessoa da família a fazê-lo. E, como pano de fundo, a cidade ultrapassa uma agitação social que poderá influenciar no futuro das garotas. Lipitz incorporou em seu documentário o verdadeiro sentido de irmandade através da história dessas jovens mulheres. Merecidamente, a diretora levou o Audience Award no AFI Docs Festival 2017.
Por enquanto, Lipitz não tem novas produções em desenvolvimento no cinema ou na TV, mas a produtora dela vem trabalhando frequentemente com musicais na Broadway.
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