Embora comuns e esperadas em todos os grandes filmes, as quatro semanas de refilmagens de Rogue One: Uma História Star Wars podem significar problemas que vão bem além de um simples filme solo…
Reshoots, as popularmente conhecidas simplesmente como refilmagens, fazem parte do pacote de todo QUEBRA QUARTEIRÕES hoje em dia. Já vem no contrato, assim como as muitas vezes problemáticas press junkets, até pra todo mundo ter a agenda liberada quando for o caso. Assim sendo, um grande filme ter refilmagens não é nada demais, nem sequer deveria ser notícia.
As razões sim, é que são fatos que valem a pena ser reportados — mas nem sempre elas significam problemas. Por exemplo, Esquadrão Suicida tendo algumas cenas refilmadas pra ter mais “diversão” não significa que o material original estava uma bosta, apenas que querem acertar o curso, baseados em N motivos — desde a simples e raramente confiável cabeça dos executivos aos resultados de exibições teste.
Essa semana o New York Post veio com suas TROMBETAS afirmando que os executivos da Disney estavam em pânico por conta de Rogue One – Uma História Star Wars, que estaria em crise, e na IMINÊNCIA de refilmagens “bem caras”. “Os executivos da Disney não estão felizes com o filme, e Rogue One vai passar por quatro semanas de refilmagens em Julho”, teria afirmado uma fonte do jornal.
O Hollywood Reporter esclareceu um pouco melhor as coisas. Sim, as refilmagens foram confirmadas. E “isso tá acontecendo depois que os executivos viram o filme e parecia que o tom não encaixava com o que um filme clássico de Star Wars deveria ser”, afirma a reportagem. “A ideia é que as refilmagens deem uma aliviada, tragam alguma leveza e um senso de diversão para a aventura”. E ainda tem Alden Ehrenreich, o jovem Han Solo, que poderia acabar fazendo uma aparição, de acordo com o Deadline, que ainda afirma que não rolou nenhuma das famosas exibições teste e todas as decisões foram tomadas baseadas no que os executivos esperavam do filme. Hmmmm...
São raras as decisões tomadas por executivos que funcionam, quando se trata de criatividade. Motivo é bem simples: tudo é baseado no dinheiro que vão gastar e no dinheiro que vão ganhar. E é aí que mora o real problema de toda essa história de refilmagens de Rogue One: até que ponto vale a pena fazer um monte de Star Wars, um por ano, se eles todos forem seguir uma mesma fórmula?
“Isso é o mais próximo que já existiu de uma prequência”, disse uma fonte ao Hollywood Reporter. “Essa história se passa antes de Uma Nova Esperança, acaba tipo 10mins antes do início daquele clássico. Os tons precisam se encaixar!”. Ok, eu entendo a ideia. Mas talvez não concorde e uso O Despertar da Força como exemplo, que não trouxe nada de novo para a franquia, servindo mais como um “hey, amigos, tá tudo bem, isso é o Star Wars que cês amam, esqueçam aqueles três ~primeiros episódios”. Funcionou, mas agora precisamos de mais pra ver onde vai, de verdade.
Pelo teaser liberado em Abril, a impressão que se tinha era de que as coisas seguiriam por um caminho diferente em Rogue One. Escrevi lá e repito por aqui: do que se ouve ao que se vê, tudo parece muito mais cru, tenso, mais O BICHO PEGANDO do que UMA AVENTURA. Mais ação. Diferente, sim, mas ainda sendo o Star Wars clássico, de raiz, moleque, bola de elástico.
Se a ideia for ter o mesmo tipo de filme — e, lembre-se, teremos um Star Wars por ano a partir de agora — qual a razão de expandir o universo? Se já tem gente reclamando de um possível CANSAÇO de tanta Guerra nas Estrelas, imagina se todos os filmes forem essencialmente os mesmos?
Espero, sinceramente, que não seja o caso. Que essas refilmagens, independente das razões pelas quais serão feitas, sirvam apenas pra melhorar o produto final. Que essa EQUALIZAÇÃO DE TOM funcione, que não faça parecer que o filme é só mais um e enfim. Pra saber a gente vai ter de esperar até Dezembro, quando o filme estrear, porque, nunca é demais lembrar, o filme não existe até que chegue aos cinemas e possa ser assistido.