Rio 2016 derrubou até audiência do Netflix | JUDAO.com.br

Isso enquanto a audiência das plataformas de streaming que transmitem os jogos aumentaram mais de 200% os minutos assistidos

Os olhos do mundo estão, neste momento, voltados pro Rio de Janeiro. E não é exagero falar isso: foram mais de 12,9 milhões de postagens no twitter durante a abertura da Olimpíada, enquanto que no Facebook foram 109 milhões de interações (o que inclui comentários, likes e compartilhamentos), vindos de 52 milhões de usuários.

COMPARAÇÃO: em 2012, foram registrados 9,66 milhões de tweets sobre a abertura em Londres, que contou com a participação de Paul McCartney, Mr. Bean, James Bond, Spice Girls, One Direction e, óbvio, a RAINHA DA INGLATERRA. No total, foram mais de 150 milhões de tweets sobre aqueles Jogos Olímpicos – número que, se seguir o que foi registrado na abertura, deve ser destroçado agora em 2016.

O recorde GERAL do Twitter para um evento único ainda é meio que inalcançável: o 7×1 na Copa de 2014 rendeu 35,6 milhões de postagens na rede social. Se você pensar que estamos comparando uma FESTA com um vexame evento esportivo surpreendente e em escala mundial, verá que o feito da Rio 2016 é bem relevante. E que o Brasil é, mesmo que de uma forma torta, o centro do universo. Ou algo assim.

Obviamente, o COI sabe disso. Tanto é que eles proibiram o uso, por parte da mídia, de GIFs animados ou vídeos curtos, como os do Vine ou do Instagram criados a partir dos jogos. Na visão dos caras, seria algo como “transmitir” o evento sem ter os direitos para isso. Só que fica impossível segurar o usuário comum de fazer a mesma coisa.

Gisele

O nível de atenção para a Rio 2016 na internet é tão grande que até o Netflix sentiu o baque. De acordo com a Procera Networks, em números divulgados pela Variety, o uso de banda larga dos usuários no streaming nos EUA caiu 10% no último fim de semana — enquanto o streaming esportivo da NBC cresceu 263% em horas assistidas. Apesar dos números serem melhores do que durante a Londres 2012 (na época, a queda do Netflix foi de 25%), isso demonstra que uma parte relevante do público prefere ver um evento esportivo ao vivo do que um filme ou série de TV que você pode, no fim, assistir quando e onde quiser.

Não há, infelizmente, números específicos sobre o Brasil, mas dá pra imaginar dois cenários. Um é que o Netflix tenha sofrido uma queda igual ou até maior do que a registrada na Terra do Tio Sam. Afinal, a Olimpíada está rolando no nosso quintal, o que claramente ajuda a aumentar a audiência de quem está transmitindo (na Rede Globo, por exemplo, a transmissão da abertura superou as audiências das abertura de Atenas 2004 e Pequim 2008, além de Londres 2012, que foi feita apenas pela Record). Por outro lado, com três dos quatro grandes canais abertos nacionais dando bastante espaço para o evento esportivo na grade, pode ser que uma parte do público, que não liga pra tudo isso, esteja recorrendo ao serviço de streaming pra ter um pouco de opção do que assistir (nós até fizemos nossas recomendações).

De qualquer forma, uma lição fica aí: eventos esportivos de grande importância ditam o comportamento das pessoas. Quem entender primeiro como é a interação disso com a internet, sairá na frente pra ganhar MUITO dinheiro.