Tudo o que sabemos sobre as sequências e spin-offs de Homem-Aranha no Aranhaverso (até agora) | JUDAO.com.br

Coisa pra TV, Mulheres-Aranha… A Sony #empolgou com o Aranhaverso. :D

Esta semana, finalmente chegou aos cinemas BR Homem-Aranha no Aranhaverso, o filme que você TEM que ver — a HFPA, por exemplo, não apenas viu como premiou, com toda a justiça do mundo, o diacho do filme com um Globo de Ouro. Merecia e merece ainda mais. Mas o mais legal disso tudo é que, além de funcionar com uma história fechadinha, com começo, meio e fim, podia ser único e acabou, como TODO FILME deveria ser, este Homem-Aranha no Aranhaverso é, como os produtores Phil Lord e Chris Miller descreveram bem, apenas “a ponta do iceberg”.

“Dá para imaginar todas estas outras coisas”, afirmou Lord ao ComicBook.com. “É música pros nossos ouvidos que as pessoas imaginem um filme do Homem-Aranha noir e um cartoon maluco do Porco-Aranha”.

Para Miller, TODAVIA, segura a empolgação porque eles ainda estão apenas com um cavalo. “Ainda temos que colocar a carroça lá atrás. Então vamos deixá-lo andar pela estrada alguns quarteirões antes de ficarmos grandes demais pra podermos carregar”. Originalmente, só pra você ter uma ideia, eles queriam colocar cerca de 10 personagens-aranha na jogada, mas preferiram diminuir pra não diluir a origem do Miles. Fizeram MUITO bem.

Claro que a continuação, já anunciada, tem espaço escancarado para todos os tipos de pirações — basta relembrar o conceito original do arco escrito por Dan Slott nos quadrinhos, uma EXTRAVAGANZA com dezenas de Homens e Mulheres-Aranha diferentes por página, cada um vindo de uma realidade. E, bom, a Sony até já tá pensando em séries animadas pra TV derivadas do Aranhaverso, conforme esta matéria do New York Times durante a CES entrega assim, meio sem querer. Talvez sejam os curtinhas do Porco-Aranha que o Miller e o Lord disseram querer fazer? <3

Obviamente você já pode imaginar que tem gente pedindo a versão do PS4 ou mesmo o Supaidaman, o herói do seriado japonês live-action tipo Jaspion (aka tokusatsu) que teve até um clássico robô gigante. E isso se a gente não levar em consideração AQUELA cena pós-créditos que... bom, deixa pra lá.

Tudo isso é, até o momento, especulação. Mas se tem UMA coisa que a gente já sabe é que a história deve girar em torno de um romance entre Miles Morales e a Gwen Stacy/Spider-Gwen. Quem confirmou foi Amy Pascal, produtora do filme e outrora soberana da Sony e de tudo relacionado ao Cabeça de Teia, pro site da Vanity Fair.

A aventura, que será dirigida pelo português Joaquim Dos Santos (Avatar: A Lenda de Aang, Voltron: O Defensor Lendário) e com roteiro de David Callaham (Mulher-Maravilha 1984), não apenas retoma algo que o filme já deixa sugerido discretamente, mas também uma ideia que o roteiro original de Lord já trazia mas acabou caindo no meio do caminho.

Mas se você é da turma do “ah, credo, que forçada de barra”, vou te contar um segredo: isso tá nos gibis.

Não vamos nos esquecer que, apesar do Miles atualmente viver, dentro da cronologia Marvel, no mesmo universo que o Peter Parker original, o garoto é ORIUNDO do Universo Ultimate, um mundo que morreu ao ser engolido (ou quase isso) pela nossa Terra durante a “mega saga organiza a casa” conhecida como Guerras Secretas.

Um mundo no qual não existia mais o Senhor Parker, o Homem-Aranha que morreu, e no qual uma OUTRA aranha picou Miles, dando a ele poderes similares, com alguns upgrades, e tornando-o meio a contragosto o Escalador de Paredes oficial de sua realidade. Logo, ele entende BEM como se sente a Gwen Stacy da Terra-65, que todos conhecemos durante o Aranhaverso dos gibis, vinda de um mundo no qual ELA foi picada pela aranha radioativa e Peter Parker acabou se tornando o vilão Lagarto. Foi a loucura / morte de seu melhor amigo que fez a aspirante a heroína aprender o mantra de “com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades”.

Tal qual acontece no cinema, os dois adolescentes logo sentiram uma conexão. E no crossover entre as revistas dele e dela, Sitting in a Tree, publicado em quatro números a partir de janeiro de 2017, foi só Miles visitar a realidade esquisita e virada do avesso da amiga que enfim ROLOU.

Também vai rolar, aliás, segundo Dona Pascal, uma OUTRA aventura estrelada pela Spider-Gwen, o tal spin-off de Homem-Aranha no Aranhaverso estrelado pelas Mulheres-Aranha. Com direção de Lauren Montgomery (Batman: Ano Um, Lanterna Verde: Primeiro Voo) e roteiro de Bek Smith (Zoo), agora sabemos que além da Gwen, o longa terá as participações da Mulher-Aranha original Jessica Drew e de Cindy Moon, também conhecida como Teia de Seda.

E detalhe: tamos falando aqui de uma história total e diretamente inspirada nos gibis. O arco em OITO partes batizado de Spider-Women e publicado em 2016 se estendeu pelas HQs das três heroínas, mostrando o que rolou enquanto Jess e Cindy ficaram presas no universo da Gwen enquanto suas doppelgangers tavam no Universo Marvel tradicional tocando o terror.

Enquanto a Senhorita Drew surgiu como uma espécie de experiência de seu próprio pai, Jonathan, utilizando um soro experimental do sangue de aranhas irradiadas, e depois se tornou detetive particular, vingadora e agente da SHIELD, a história da Teia de Seda (em inglês, Silk) é mais recente e bem mais PITORESCA.

Afinal, pensa só que a aranha que picou Peter Parker também picou, minutos depois, uma garota que também estava na excursão da escola.

Mas ela acaba trancada em “segurança”, durante anos, pelo maluco Ezekiel, outro exemplar-aranha muito louco, com medo de que a jovem fosse encontrada pelo vampiro dimensional Morlun. Ao ser libertada, depois de um affair relâmpago com Peter, ela resolve tomar as rédeas de sua vida e cria sua própria identidade aracnídea.

Por falar na Silk, aliás, Amy Pascal ainda cantou a bola de que, ao contrário do filme do Sexteto Sinistro a ser comandado pelo Drew Goddard que ela AINDA roga que um dia aconteça (“Só estou esperando que ele esteja pronto para dirigir”), o tal live-action a ser estrelado pela Cindy está mesmo sendo desenvolvido dentro do chamado SUMC, sigla para Sony’s Universe of Marvel Characters — sim, eles usam esta sigla a sério lá dentro para se referir ao universo que ainda inclui o filme do vampiro-vivo Morbius (aquele com o Jared Leto) e o do Venom, que vai mesmo ter continuação, com Kelly Marcel retornando pra cuidar do roteiro.

Só que, apesar de acreditar que as coisas só se retroalimentam e fazem as outras partes crescerem, existem diferenças claríssimas de tom entre live action e animação — e tudo bem com isso. “Veja só o Duende Verde em Homem-Aranha no Aranhaverso, em comparação com o que tivemos com o Sam Raimi”, diz ela. “A versão para os cinemas da Silk deve ser tão diferente daquela da animação, quanto são o Alfred Molina como Doutor Octopus e o Doc Ock do Aranhaverso“. É, tem um Octopus ali... ou quase. É o máximo que podemos te contar. ;)