As atrizes que interpretam Arlequina, Encantadora, Katana e a chefona da porra toda, Amanda Waller, falaram sobre a sua preparação para as personagens
Um levantamento recente realizado pelo twitter e apresentado com exclusividade pelo jornal USA Today mostrou que Esquadrão Suicida foi o filme da VINDOURA temporada de blockbusters de verão mais mencionado na rede social do passarinho (?). Entre os dias 1 de Março e 26 de Maio, quando o estudo foi realizado, foram mais de 1 milhão de tweets, em grande parte impulsionados pelo emoji com a cara do Coringa e a hashtag #JokerWasHere, promovida pelo próprio Jared Leto.
A verdade aqui é que, sabe, o Leto não para de falar sobre o filme. NÃO PARA. Aliás, ele mesmo, demais colegas de elenco e galera da produção não param de dizer o quanto o cara se entregou ao papel, o quanto ficava 100% do tempo interpretando o Coringa, assustando quem estava ao redor e aquela coisa toda. Eram notícias e mais notícias sobre ratos, pedaços de porcos, camisinhas e brinquedinhos sexuais mandados (...) por Leto para os coleguinhas de elenco, incorporando o vilão psicótico até enquanto treinava sua gargalhada no meio da rua. Eram tantas histórias que começaram a encher um pouco o saco, vamos combinar — além de mostrar um pouco mais do paunocuzismo do cara.
Mas e o restante do time? Tá bom, legal, ele é o Coringa, viva. Só que a equipe de supervilões atuando como “heróis” (ou algo do gênero) parece ser interessante o bastante para que a gente queira saber um pouco mais sobre os outros personagens. Ou, neste caso em específico, as OUTRAS.
Na edição desta semana da revista Entertainment Weekly, rolou uma matéria batizada de Meet Some Not-So-Nice Girls – na qual as mulheres do filme dão detalhes a respeito de sua preparação para o filme. Sem superpoderes ou habilidades especiais, a chefona da história toda, Amanda Waller, talvez uma das personagens com pulso mais firme da DC Comics, exigiu um tipo de disposição diferente para a premiada atriz Viola Davis, interpretando a mulher que escolhe a dedo e reúne a equipe para uma missão suicida.
“Como eu posso ser fodona? Tive que fazer isso internamente, de dentro pra fora. Claro que eu estava usando orgulhosa meu penteado afro. E entrei de cabeça na biografia dela, na história. Foi tudo que eu fiz. Não usei uma capa ou um laço dourado”, contou. A intenção aqui é claramente dar uma voz mais intensa para Amanda do que a que vimos Cynthia Addai-Robinson, uma manipuladora mais sutil, usando ao interpretar a mesma personagem em Arrow, por exemplo.
Aliás, por falar em Arrow, o filme do Esquadrão Suicida – que chegou até a ter uma formação na série, é bom lembrar – vai mostrar uma versão diferente também para outra personagem que cruzou o caminho de Oliver Queen na telinha. No caso, Tatsu Yamashiro, a Katana. A versão vivida por Rila Fukushima talvez tenha sido uma das mais fieis na trama da série até o momento, mas Karen Fukuhara, a Katana dos cinemas, promete fazer jus à guerreira. “Ela tem o espírito samurai – e isso é algo que eu venho vendo e aprendendo a minha vida inteira. Eu senti como se eu já conhecesse a Katana assim que comecei a ler os quadrinhos”, diz.
Leal à Amanda Waller e ao comandante Rick Flag (Joel Kinnaman), esta versão da Katana terá um aspecto sobrenatural que ela não manifestou em Arrow: a espada que toma as almas das pessoas que mata. E ela até disse que veremos Tatsu conversando com a essência do marido Maseo, que vive na lâmina da Tomadora de Almas.
Sobrenatural também é o terreno da Encantadora (ou Magia, dependendo da tradução), personagem de Cara Delevingne. Nos quadrinhos, ela é uma poderosa feiticeira, que tem a capacidade de manipular a energia ao seu redor e utilizá-la para coisas como magia de cura e teleporte. Segundo uma série de rumores, ela pode ser a principal antagonista do Esquadrão no filme, já que a trama de anti-heróis até o momento não tem um (e vamos lembrar que, nos trailers, ela não aparece ao lado da equipe em momento algum, reforçando a teoria de que ela vai se tornar a Encantadora ao longo da trama e perder o controle sobre a persona que desenvolve quando ganha seus poderes).
No entanto, pensando no conceito das feiticeiras wiccanas que tiram seu poder da relação com natureza, o diretor do filme, David Ayer, solicitou uma parada diferente para que Cara assumisse de vez a personagem, no mesmo esquema do Jared Leto. “Ele me pediu para ir até a floresta, sob a lua cheia, e então tirar as minhas roupas, para sentir como é a natureza, para sentir como um animal se sentiria”, conta ela. “Eu fiz. Não pareceu tão esquisito pra mim”. Bom, se ela diz, então beleza, quem somos nós para questionar? ;)
Por último mas, claro, não menos importante, quem também falou mais a respeito de seu método de interpretação foi Margot Robbie, que vive a Arlequina. E digamos que ela e o cineasta tinham visões um tanto diferentes a respeito de como a psicótica criminosa deveria ser. “David realmente queria que ela fosse forte, chutadora de bundas e maluca – mas ao mesmo tempo bem divertida. Mas sempre que eu interpretava com uma pegada mais cômica ou fazia com que ela fosse mais amável, ele me direcionava para o outro lado. Ele queria que ela fosse bastante perversa”, revela.
O curioso no caso da Arlequina é relembrar que, quando as refilmagens aconteceram, e o Birth.Movies.Death afirmou que elas tinham sido maiores do que costumam ser e com o objetivo de injetar mais humor na trama como reação ao sucesso que o trailer com Bohemian Rhapsody tinha causado, todo mundo negou. Para o EW, Jai Courtney disse que a ideia era ter mais ação, que já tinha humor o suficiente no filme. O mesmo reafirmou o próprio David Ayer no Twitter, tirando sarro do papo levantado pelo BMD.
Olha... até que a coisa faz um pouco mais de sentido agora, viu? ;)
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