Então tá, vamo falar do vídeo dos bastidores de Star Wars: O Despertar da Força | JUDAO.com.br

O vídeo exibido no painel desta San Diego Comic-Con revelou bem pouco sobre Episódio VII. Mas nos deu a certeza de que o filme tem um elemento fundamental: AMOR. <3

Sabe o que é legal? Não é como se os fãs que entraram no Hall H no sábado (10) não soubessem que o painel dedicado ao novo filme da saga Star Wars não teria um novo trailer para completar a experiência toda. Isso já estava claro, já era público, já tinha sido divulgado.

Mas aí o J.J.Abrams me reúne em uma única mesa novos e antigos nomes para fazer a plateia ir ao delírio. Até o Harrison Ford, que teve ~gente que disse que não ia, deu as caras, arrancando berros entusiasmados da multidão (porque, vá, é o Han Solo, né, caramba?).

Mas teve um vídeo. Não era um trailer novo repleto de cenas inéditas ou algo assim. Não. Era um vídeo de bastidores. Um making of.

Só que com ares de declaração de amor. Uma verdadeira exaltação ao prazer que toda a equipe estava tendo por trabalhar com a saga da maneira que ela merece. Com cuidado. Com respeito. Com dedicação. Um vídeo para arrepiar até o mais durão dos marmanjos.

Mas, esse vídeo veio recheado de novidades que muita gente nem deve ter percebido, no meio de toda a emoção. Por exemplo, o novo TIE Fighter, derrubado na região desértica que parece ser do novo planeta da geografia estelar, Jakku. Muito possivelmente seja a nave pilotada pelo stormtrooper Finn (John Boyega), que acaba abatido e é neste momento que ele seria encontrado/salvo por Rey (Daisy Ridley).

Star Wars: O Despertar da Força

Tem também o fofíssimo BB-8, mas também os clássicos R2-D2 e C3-PO – a pergunta que fica é: o que diabos aconteceu com eles? Será que acabaram ficando com Leia enquanto Solo partiu de novo para o espaço, acompanhado de Chewbacca (cuja máscara, aliás, ganha sempre um tratamento especial, já que todo mundo que passa por ela sente vontade de abraçá-la?).

Star Wars: O Despertar da Força

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Até um monstrão enorme e gordão, tipo Jabba, só que com presas que lembram as de uma morsa – e devidamente adornado por uma bela SERVIÇAL, do jeitão que o Hutt adorava. Isso reacende os rumores que o Latino Review levantou logo no começo do ano, a respeito de termos uma família de criminosos Hutts, os bons e velhos gângsteres de Tatooine, retratada na telona e que, em algum momento, teriam contato / um encontro de negócios com a Princesa Leia... ou era o que, pelo menos, o report de alguns concept arts indicava nos estágios iniciais da produção.

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Emblemático mesmo é o momento em que o Kylo Ren de Adam Driver desce da nave, ao som de uma variação da Marcha Imperial, devidamente ladeado pelos stormtroopers, numa daquelas clássicas sequências vaderianas. Por sinal, agora sabemos que o Lado Negro (ou Sombrio?) da Força está completo, com Ren, a Capitã Phasma de armadura cromada vivida por Gwendoline Christie e a confirmação de que Domhnall Gleeson também será um vilão, atendendo pelo nome de General Hux, que vai comandar uma base chamada de... Starkiller (é, isso mesmo, o sobrenome original de Luke nos primeiros roteiros de George Lucas e que se tornaria o codinome de Galen Marek, aprendiz de Darth Vader no jogo Star Wars: The Force Unleashed).

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E tem até um momento em que, em meio a alguns escombros, que parecem ter virado carvão, rola uma batalha com um monte de stormtroopers — com alguns sujeitos que se pode ver muito brevemente usando roupas com detalhes vermelhos. Pilotos saindo na mão?

Star Wars: O Despertar da Força

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O grande ponto do vídeo, no entanto, é sacar o lado mais, digamos, artesanal da produção. A “tecnologia evoluída mas com um pé no mundo pré-digital”. Todo mundo comendo areia DE VERDADE. Menos efeitos especiais em tela verde e mais partes mecânicas, maquiagem, construções, robôs de verdade de lá pra cá. E uma Millenium Falcon em tamanho real para ser admirada em toda a sua glória por todos ao redor, como se glorificando o que, gente, é a realização de um sonho, vá. “Não é todo dia que você constrói uma X-Wing ou uma Millenium Falcon”, confessa um dos técnicos. “Eu venho trabalhar sorrindo todos os dias”.

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E aí, no final do vídeo, o Han Solo de cabelos branquinhos se senta na posição de controle da Millenium Falcon, diante daquela janela clássica, ao lado da Rey e com Finn na carona. E, bom, se tinha ficado alguma dúvida pra qualquer um que a garota deve mesmo ser filha do sujeito com a Leia, acho que agora está tudo mais do que claro, não é?

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Sabe quem representa a gente ali, no meio de tudo aquilo? Você poderia dizer que é o próprio J.J.Abrams, diretor, mas tão fanático quanto eu e você. Não. É o Simon Pegg. Que, vejam os senhores e senhoras, enfim está confirmado no elenco de maneira OFICIAL, embora ainda não se saiba que diabo de papel ele interpreta — além de que vai provavelmente ser um alienígena que deve aparecer nas cenas do deserto, numa espécie de mercado, soterrado debaixo de uma tonelada de panos, espumas, maquiagens. E, mesmo assim, ele parece estar imensamente satisfeito, sem acreditar no que tá acontecendo. “Eu vivi para este momento. Estou no céu”.

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Fala sério: quem não toparia uma roubada dessas, suando feito um desgraçado, apenas para se sentir parte do mundo de Star Wars? Certeza que você deve ter levantado a mão aí na frente do computador. “Tudo mudou, mas nada mudou”, diz Mark Hamill. O velho Luke não poderia estar mais certo. Deste e de muitos jeitos.

Star Wars: O Despertar da Força

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Estamos aqui mais velhos, mais grisalhos, mais barrigudos, mais cheios de manias bestas e com muito mais contas pra pagar e textões no Facebook para discutir.

Mas estamos emocionados, arrepiados, de olhos marejados, com um vídeo de bastidores. Porque ele é a prova pulsante de que, putz, vale a pena manter esta chama adolescente ainda viva.

Mudamos. Mas ao mesmo tempo continuamos os mesmos. Fãs que só querem se sentir vivos mais uma vez.