Há alguns dias, parecia improvável. Mas agora não é mais. Supergirl, a prima do Superman, tem grandes chances de ganhar uma série de TV num futuro próximo. Depois daquelas informações iniciais, o Deadline e o E! News não só deram força ao rumor, como trouxeram novos detalhes.

Diferentemente da notícia inicial, Michael Green não está envolvido na produção. Na real, Greg Berlanti (de Arrow e The Flash) e Ali Adler (Chuck) estão desenvolvendo o programa. A ideia deles não é fazer algo exatamente próximo do que todo mundo conhece, mas sim uma “nova interpretação” da personagem. Não sei, mas diria que não veremos uma Kara Zor-El (esse é o nome kryptoniano da moça!) vinda do mesmo universo de O Homem de Aço (e, como você sabe, há ganchos pra isso no filme), mas sim uma história que deixe a heroína mais independente do primo mais famoso, talvez até deixando o Azulão totalmente de fora.

“Ah, tudo bem. Ela não vai fazer parte do universo dos cinemas, mas vão colocá-la no mesmo universo de Arrow e The Flash, certo?”. Hmmm. Não teria tanta certeza. Outra informação que está rolando é que Supergirl não seria uma produção para o CW, que é o canal que exibe as outras duas séries e do qual a Warner tem 50% de participação. Seria algo pra alguma OUTRA emissora grande dos EUA (a exemplo de Gotham, que foi para a Fox), o que poderia significar até um orçamento maior e tal.

Isso com toda a certeza atrapalharia os crossovers, que são justamente aquilo que fazem um universo coeso ter sentido – e que ajuda uma série a turbinar a audiência da outra, o que emissoras concorrentes NÃO vão querer fazer. Apenas pra ter um exemplo, usando o The WB, canal antecessor do CW: Buffy e Angel eram exibidos por lá e dividiam o mesmo universo. Quando a série da Caça-Vampiros foi pro UPN, o The WB simplesmente proibiu os crossovers. Como tudo já estava definido em temporadas anteriores, o produtor executivo Joss Whedon conseguiu dar um jeito com citações, telefonemas, encontros fora da câmera...

(Engraçado é que, depois, The WB e UPN se uniram para formar o CW... Aaaah, o destino!).

Supergirl sozinha? Não é novidade!

É bom lembrar que essa não seria a estreia da Supergirl no mundo live-action. Além de já ter participado do elenco de Smallville, a personagem já teve um filme solo no passado, chamado simplesmente Supergirl. Depois do fracasso (e da bomba!) que foi Super-Homem III, Christopher Reeve e os produtores Alexander e Illya Salkind acharam que o mundo já estava cheio do cara com cueca por cima da calça. Assim, os produtores foram atrás de outra forma de aproveitar a franquia, trocando a cueca pela calcinha saia.

Helen Slater de Supergirl. POXA, QUE COXA!

A escolhida para o papel de Kara foi Helen Slater – que, antes, só tinha feito um especial de TV como atriz. Sem a maioria dos personagens dos filmes do Superman (apenas Marc McClure, o Jimmy Olsen, voltou), a história do longa-metragem de 1984 só cita o Homem de Aço numa matéria de telejornal, só pra justificar a ausência dele. De resto, a Supergirl vem da cidade de Argo (que havia sobrevivido ao fim de Krypton por algum tempo) para a Terra, assume a identidade de Linda Lee e se torna a Supergirl completamente sozinha, sem a ajuda do primo.

Vão fazer a mesma coisa na série de TV? Se a ideia é fazer algo diferente, é claro que não – até porque, vamos combinar, esse filme de 1984 é ruim. Porém, nada impede de explorar outras versões da personagem dos quadrinhos.

Introduzida como “a prima de Kal-El” em 1958 e como Supergirl em 1959, a personagem original era essa que todo mundo conhece. Mas depois, no final dos anos 80, a DC introduziu uma versão que nada mais era que uma Matriz criada num universo paralelo por Lex Luthor, parecida com a Lana Lang e que assumiu o uniforme e o codinome para homenagear um falecido Superboy. Nos anos 90, numa fase até que legal escrita por Peter David, a Matriz se uniu com uma humana chamada Linda Danvers, se tornando um anjo e... BOM, deixa pra lá, melhor não dar essas ideias pra série, né?