The Gifted: uma nova linha do tempo pros X-Men na TV | JUDAO.com.br

Durante a Comic-Con, produtores explicam que a série vai existir em uma realidade diferente do cinema e que deve girar em torno de uma pergunta fundamental: “Onde estão os X-Men?”

No painel realizado durante a San Diego Comic-Con nesta sexta-feira (21), a galera por trás da série The Gifted, aquela ambientada no universo dos X-Men, gentilmente pediu aos fãs pra tirarem seus cavalinhos da chuva com relação às conexões com outras produções do mundinho X.

“Um dos grandes favores que Dias de Um Futuro Esquecido fez por nós foi justamente estabelecer que existem diferentes linhas do tempo, então uma resposta para isso é: nós existimos em uma destas linhas”, explicou o produtor executivo Matt Nix. “A ideia é que este seja o nosso universo. Não estamos na mesma linha do tempo exata de qualquer filme ou gibi em particular, mas compartilhamos alguns personagens com eles. Queremos fazer nossa própria parada”.

Ou seja: eles usaram os próprios filmes pra dizer que, não, a série não está conectada aos filmes. Nice move. ;)

Por isso mesmo é que uma personagem como a Blink, vivida pela Fan Bingbing no próprio Dias de Um Futuro Esquecido, será agora interpretada aqui por Jamie Chung (Once Upon a Time).

De nomes conhecidos das HQs, teremos ainda Pássaro Trovejante / John Proudstar (Blair Redford) e Polaris / Lorna Dane (Emma Dumont). Se a gente levar as informações do Nix em consideração, esta última, aliás, talvez não seja a filha do Magneto como uma galera tava especulando, seguindo o que acontece nos gibis...

Mas, queridos reclamões, vamos lá: isso de diferentes timelines não é necessariamente um problema, né? Principalmente pra quem lê gibis e está acostumado a conviver com 888 realidades paralelas ao mesmo tempo. E, com isso, bem ou mal, eles ganham mais liberdade criativa aqui. Veja, por exemplo, Agents of SHIELD: foi só se libertar das AMARRAS do MCU pra entrar numa nova e brilhante fase. Em resumo: TÁ TUDO BEM.

“Não”, foi a resposta da também produtora executiva Lauren Shuler Donner, para alguém que questionou se pelo menos teríamos algum tipo de relação de The Gifted com Legion. “Desculpe partir seu coração”, complementou. Ow, Lauren, não magoou não, pelo contrário, aliás. Preferimos assim, até. :D

Galera, cá entre nós, vocês deviam tá bem mais preocupados é com o piloto sendo dirigido pelo Bryan Singer, né?

Tem lá um quê de Heroes, né? Aquela série lá de super-heróis descobrindo seus poderes, sendo buscados pelo governo, e que era boa pela menos na primeira temporada.

The Gifted, que estreia na Fox dos EUA dia 2 de Outubro, gira em torno de um casal suburbano, Reed e Caitlin Strucker (Stephen Moyer e Amy Acker), cujas vidas são viradas do avesso ao descobrir que seus filhos Kate e Andy (Natalie Alyn Lind & Percy Hynes White) têm poderes mutantes. A coisa complica ainda mais porque Reed é este cara que trabalha pro governo dos EUA, caçando mutantes no submundo. “Os mutantes no piloto fazem parte desta rede que rola no underground e vamos ver, ao longo da série, como eles lutam pra sobreviver. Tem muita gente precisando de ajuda. Como fazer este rede continuar crescendo?”. Bom, isso pra mim tem um nome: MORLOCKS. “Tem coisas que vamos pegar emprestadas dos gibis, muito disso funcionaria pra nós”, desconversa ele.

Tem uma coisa, dita no vídeo, que eles explicaram em detalhes ao vivo, aliás: os X-Men estão desaparecidos. “Por que eles estão sumidos? Isso vai ser uma trama importante na série”, contou Nix, fazendo graça. “Não é apenas porque eles seriam muito caros para a televisão, embora isso esteja relacionado. Mas tem uma conexão entre negócios e criatividade aqui com o desaparecimento deles. Onde eles foram? Pros outros filmes”.

Justo. ;)

Segundo ele, agora falando mais sério, trabalhar separadamente dos filmes vai permitir que os poderes mutantes possam ser trabalhados de um jeito diferente do que seriam nas telonas — como, por exemplo, mostrando um desenvolvimento mais lento das habilidades dos pequenos Strucker.

“Eles não sabem exatamente o que são e ainda estão explorando isso”. Além disso, existe ainda uma ideia de explorar uma conexão entre quem são os personagens e quais são os seus poderes. “Não é acidental que alguém irritado como o Wolverine tenha garras que saem de suas mãos. Uma menina tímida e desconfortável que esconde seus poderes naturalmente manifestaria algo parecido com um escudo, enquanto um garoto que sofre bullying deve demonstrar algo mais destrutivo. E estes poderes não devem permanecer os mesmos conforme eles evoluem”.

Conceito interessante. Vamos ver como diabos eles desdobram isso em múltiplos episódios.