Trolls tem uma mensagem importante sobre imagem corporal | JUDAO.com.br

Filme parece ser DIVERTIDÍSSIMO. Mas vai além disso. :)

Eu jurava que aqueles bonequinhos-pelados-de-cabelo-em-pé tinham algum nome Brasileiro que envolviam magia e misticismo ou algo parecido com isso, mas descobri hoje que eles eram simplesmente Trolls. Muito antes dessa coisa toda de internet, muito antes de todo mundo poder dizer que J.R.R Tolkien criou o conceito, lá estavam aqueles bichinhos zoiudos com o cabelo de Don King fazendo sucesso entre a molecada.

Cada época tem o Pokémon Go que merece, né? ;)

Mas eu só tou falando desses bonecos em 2016 porque os Trolls, em 27 de Outubro, chegam aos cinemas do Brasil. Dirigido por Mike Mitchell (Shrek Para Sempre e Bob Esponja: Um Herói Fora D’Água), o filme tem no elenco Anna Kendrick, Justin Timberlake, Zooey Deschanel, Christopher Mintz-Plasse, Jeffrey Tambor, Quvenzhané Wallis, John Cleese, entre outros e, nessa quinta-feira (21), estreou o Hall H da San Diego Comic-Con 2016.

Chegamos alguns minutos atrasados, mas fomos recepcionados de uma maneira bem fofuxa: uma trollzinha rosa, feliz e hiperativa cantando Dream a Little Dream of Me e sendo interrompida mal-educadamente por um troll rabugento, pedindo para que ela ficasse quieta. Então, eis que ela resolve não ouví-lo, pega um violão e manda uma versão ainda mais fofa de The Sound Of Silence.

Os vídeos já estavam uma fofura só, mas aí a Anna Kendrick (que interpreta Poppy, a trollzinha em questão) subiu ao palco e o nível de vômitos de arco-íris chegou ao máximo. Que menina amável e apertável, gente! <3 Além dela também estavam lá Justin Timberlake (que dá voz ao chato do Branch), Mike Mitchell (diretor), Walt Dohrn (co-diretor) e Gina Shay (produtora). Eles falaram sobre música (Anna e Justin cantam várias no filme, junto de Russell Brand, James Corden, Kunal Nayyar, Ron Funches, Icona Pop, Gwen Stefani e uma galera), mostraram cenas do filme, como essa com uma versão de Sound of Silence, de Simon & Garfunkel e, enfim, fizeram muita gente querer assistir ao filme com todo esse ar de diversão.

Mas o principal momento do painel acabou vindo no seu fim, através da produtora Gina Shay, que PEDIU A PALAVRA pra falar sobre body image. E, como dizem por aí, LACROU: “Quebramos a regra das princesas nesse filme. Elas são gordinhas e descalças. Minha filha tem 11 anos e tem uma cabeça ótima. Prefiro que ela use o cérebro pra imaginar ao invés de ficar obcecada pelo que vê no vê espelho”.

Prefiro que minha filha use seu cérebro pra imaginação ao invés de ficar obcecada pelo que vê no espelho

É, parece besteira uma princesa gordinha que, por acaso, não usa salto alto. Mas, veja só: sempre sofri o lado oposto. Muito magra e as pessoas mandando eu comer, então sempre usei roupa larga e que cobrisse o máximo meu corpo. Quando eu era criança, era foda que minha mãe nao deixava eu usar salto ou maquiagem e me mandava ser criança, e eu ficava puta com minhas amiguinhas lá, sendo ~bonitas e acho que isso me fez crescer sem auto estima.

HOJE eu concordo com minha mãe e acho foda que criadores estejam tomando esse cuidado, hoje em dia. Acho foda essa preocupação em ter ter um personagem que valoriza a amizade, bem educada e feliz, sendo apenas quem ela é e that’s it.

Sabe? Representatividade. IMPORTA. :)