Depois de meia temporada preparando para o Terminus, toda a treta com os canibais é resolvida em menos de 45 minutos e com a ajuda de fogos de artifício. Então tá, quando começa a quinta temporada mesmo?
SPOILER! Uma coisa que não exatamente me irrita, mas me broxa bastante com séries é quando você passa alguns vários episódios esperando que algo aconteça e isso se resolve em apenas um.
Volta pra segunda metade da quarta temporada de The Walking Dead. A prisão já era, o Governador já era, todos os personagens precisavam se reencontrar — como um grupo e como indivíduos. Como sempre, teve aquele pessoal do “nossa, tudo muito lento” mas, sinceramente, que viagem sensacional foi aquela, acompanhando grupos mínimos de personagens, mostrando como esses tais reencontros aconteciam.
A redenção da Carol, as irmãs malditas (ou A irmã maldita), a procura de Gleen por Maggie, a procura da Maggie por Glenn, os opostos em Sasha e Bob, Daryl e Beth aprendendo um com o outro, o filho da puta do Carl cogitando abandonar o pai, Rick mais uma vez salvando o dia, Michonne deixando de ser a personagem que só queria mesmo matar o Governador.
E, no fim de tudo isso, Terminus.
A gente sabia que era tudo bom demais pra ser verdade. Primeiro porque se fosse aquele santuário prometido (e que, a primeira vista, realmente parecia), a série acabaria. Os conflitos chegariam ao fim, muito raramente alguém apareceria ali pra causar, mas nada muito problemático. “No Sanctuary”, o primeiro episódio dessa quinta temporada, tinha um título óbvio.
Com uns poucos tiros e FOGOS DE ARTIFÍCIO, a Carol conseguiu derrubar toda a segurança do lugar; o pessoal que cuidava da sangria tava resolvendo tudo rapidinho, mas na hora do Glenn, CLARO, perguntam sobre contagem de balas (?!?), conversam sobre o que é que foi deixado lá fora (se eles disseram que iam encontrar, anyways, O QUE MUDA saber?!); aí com um teco de madeira o Rick acaba com aquela brincadeira toda, libera todo mundo e pronto, vambora, “Oi Carol!” correu, “JUDITH!” e cabou, fim.
Aquela tia que fica pra ser devorada, que diz que no começo de tudo era realmente um santuário e não sei o que, poderia ter sido mais aproveitada — ela e aquela história. Aqueles flashbacks só serviram pra... Pra nada. Nem mesmo pra todo mundo pensar que aquele cara é o Negan, porque não é — ele tem tatuagens na cara, EXATAMENTE como aquele que o Rick libera logo de cara e ganha uma cafungada de um zumbi na sequência.
E porra, gente, eles eram os canibais. Ou, pelo menos, eles eram canibais. Depois de metade de uma temporada inteira punhetando praquele lugar e é isso o que a gente ganha? Um episódio só? E o Tyreese, que nos quadrinhos se enfia numa quadra cheia de zumbis e mata todo mundo, mas dessa vez tem de lidar só com uns quatro ou cinco e um vivo?!? Pfff...
Pra alguns, o episódio é a mostra de que, agora, “os humanos é que são a ameaça”, sendo que em momento NENHUM o problema de Rick & Cia eram os zumbis — e essa é justamente a grande graça da série, de TV e de Quadrinhos. Assim sendo, o que “No Sancturary” mostrou não é nada demais... Com uma ÚNICA exceção.
Se você mudou de canal na hora dos créditos (ou fechou o VLC, sei lá), provavelmente perdeu a CENA PÓS-CRÉDITOS: Morgan. Ele resolveu ouvir o que o Rick disse pra ele em “Clear” e, chegando perto do Terminus, percebeu que lá não há santuário nenhum. MEIA VOLTA VOLVER, X-Men! E lá vamos nós pra igreja.
Ou, espero eu, lá vamos nós começar a quinta temporada de uma vez. Série tem esse nome — e esse formato — por alguns motivos muito específicos. Então, por favor. :D
Pra não concorrer com Mulan, Bill & Ted 3 vai estrear em VOD mais cedo: 28 de Agosto! https://t.co/Bu3VBYYW8X