Afinal, tirando toda a polêmica com a Coreia do Norte, será que A Entrevista é de fato um bom filme?
Primeiro foi hacker, depois foi terrorista, deu merda e podia ter ficado pior.
Toda esta história começou (pelo menos na teoria) por conta de um filme — no caso, A Entrevista, com James Franco e Seth Rogen, que estrearia no Natal de 2014 nos cinemas dos EUA, foi cancelado — o que Barack Obama considerou um erro e fez com que a Sony resolvesse então colocar em cartaz em uns 300 cinemas independentes (ou 0,75% das salas de cinema dos EUA) AND no YouTube, Xbox Videos e outros serviços que não a Playstation Network, inclusive no Torrent.
Mas... Vamos todos tentar, se é que é possível, deixar de lado pelo menos por um momento toda a polêmica e discussão de política, jornalismo e futuro do entretenimento para entender qual é, afinal, a situação de A Entrevista como o que ele original e verdadeiramente é, um FILME?
Há quem tenha achado genial, uma sátira brilhante e hilariante? E há quem pense “putz, mas sério que foi por ISSO que aquele irascível baixinho coreano ficou fulo da vida”? Levantamos as opiniões das principais publicações especializadas para que você também possa formar a sua, enquanto esperamos a Sony Pictures do Brasil voltar do recesso e pense / descubra o que é que vai ser feito do filme aqui por aqui. :D
Sobre A ENTREVISTA: Team America fez antes e fez melhor e É o Fim é e continuará sendo o mais sensacional filme Seth Rogen <3 James Franco.[/QUOTE]
[QUOTE fonte="The Hollywood Reporter" url="http://www.hollywoodreporter.com/movie/interview/review/756624"]Nos anais relativamente esparsos de grandes e irreverentes comédias que tiram nações estrangeiras do sério, este não pontua em qualquer lugar perto de Borat ou Team America na categoria ‘risadas’.
A Entrevista é hilariante do começo ao fim – e mais uma vez prova que Rogen e Goldberg [Evan Goldberg, que dirige o filme com Seth] farão de tudo, não importa o quão sombrio seja, para arrancar uma boa risada.
A premissa do filme é matadora. E é por isso que é uma pena que o filme seja tão desprovido de potencial satírico, limitando os risos a uma sucessão de piadas com foco na amizade entre amigos. (...) Uma comédia perigosa sobre um regime político perigoso não deveria ser na medida certa para papais suburbanos.
A Entrevista não alcança os níveis de É o Fim (que eu tenho começado a suspeitar que é uma obra-prima moderna), mas se você conseguir resistir aos primeiros 15 minutos, será recompensado com um filme que é muito engraçado, emocionalmente profundo e tem mais, talvez, a dizer sobre o intervencionismo americano do que sobre Kim Jong-un.
Por mais que A Entrevista não falhe em sua missão de contar piadas, trata-se de um filme confuso que nunca atinge o objetivo de ser sátira política, sobre a mídia ou qualquer coisa. Daria para tirar uma comédia impiedosa deste material, mas esta é uma entrevista que dura tempo demais e atira em muitas direções diferentes para acertar.
A Coreia do Norte está certa em reclamar: a farsa de Seth Rogen e Evan Goldberg sobre o assassinato de Kim Jong-un é um ato terrorista...contra a comédia. (...) O final é chocantemente gentil.
O humor cru, rude, estilo Três Patetas, de A Entrevista é comédia pastelão no seu melhor. Caracterizar este filme como uma sátira eleva a execução criativa da produção muito além de seus méritos. (...) Não estamos falando de um humor do tipo Stephen Colbert.
Neste desfile de gags e preocupação infantil com as partes do corpo, sem mencionar uma decapitação do tipo balão de água, A Entrevista traz todos os excessos descerebrados que regimes repressivos condenam em Hollywood. Este parece ser o ponto de Rogen e Goldberg: “Veja, isso é o que eles odeiam em nós. E vocês vão adorar”.
Existem gags que funcionam. Mas a trama é consistentemente mais interessante do que as piadas. A Entrevista funciona melhor quando está contando uma história do que quando está tentando contar piadas.
Baixe as suas expectativas: a comédia tão cheia de controvérsia não sobrevive ao hype.
No mundo real, um debate tem sido travado sobre o que pode ou não ser considerado tortura. No mundo do cinema, não há debate: assistir A Entrevista é uma tortura quase do início ao fim.
Nada deve ser considerado sagrado e tudo pode se tornar uma boa piada – e a principal função de A Entrevista é fazer as pessoas rirem. E isso o filme faz.
Rogen e Franco, que têm uma química maravilhosa e exalam bom humor, continuar a ajustar as suas personas neste filme muito engraçado...e muito imbecil. (...) Um filme chapado, com fixação em piadas sobre ânus...e divertido.
Considerando-se a controvérsia e caos que a Sony Pictures Studios está sofrendo por causa disso, A Entrevista não consegue viver até depois da campanha publicitária, debatendo-se de maneira turbulenta à medida que fica mais maçante a cada minuto.
A premissa pode parecer um pouco instável, mas os resultados são absolutamente hilariantes, especialmente Franco e Park [Randall Park, ator que interpreta o governante norte-coreano], que sem esforço roubam o filme. Mesmo assim, este filme provavelmente vai nos fazer ser bombardeados.
Sinto ter que dizer isso, mas este filme não é metade da sátira que poderia ter sido.
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