O futuro do Arrowverse: e agora? | JUDAO.com.br

O que rolou no ano que agora se encerrou oficialmente e o que a gente já sabe que vai rolar na próxima leva de episódios do universo expandido da DC na televisão

Com o season finale da terceira temporada de Supergirl, que foi exibido na última semana lá nos EUA, enfim chegamos ao final real oficial da atual temporada do Arrowverse, a coleção de séries baseadas nos personagens da DC que compõem o universo expandido do CW.

Em termos GERAIS, já sabemos que o tradicional crossover entre as quatro séries — além de Garota de Aço, temos Arrow, The Flash e a porralouquice conhecida como Legends of Tomorrow — vai acontecer em Dezembro, apresentando a cidade de Gotham City e ninguém menos do que Kate Kane, a Batwoman. Ainda não se tem quaisquer detalhes sobre a trama ou sobre quem vai viver a vigilante mascarada, mas a garantia é de que teremos mais uma vez uma única história dividida exatamente em quatro capítulos, na mesma pegada do ótimo evento do final do ano passado.

No entanto, dois meses antes disso, em outubro, as quatro séries retornam de seus respectivos hiatos com novas temporadas... mas o que diabos já sabemos que vai acontecer, afinal? E, principalmente, como podemos esperar que tudo que rolou ao longo DESTA temporada de episódios, que foi no todo beeeeeeeeeem fraca, pode impactar nos planos para o que, a gente espera/sonha/acredita que seja uma melhora substancial a caminho?

Vamos lá!

| The Flash – 5a Temporada
Estreia: 9 de outubro (terça-feira)
O que rolou: Olha só, pra esta 4a temporada que se encerrou há algumas semanas ser melhor do que a anterior, aquela insuportável novela mexicana sem metade do charme de uma novela mexicana de verdade, não precisava muito. Bastava não exagerar no esquema Iris West-Barry Allen, suavizar o dramalhão, tentar trazer a leveza daquela primeira temporada de volta... Tudo isso MEIO que rolou. Pô, teve até uma versão do clássico Julgamento do Flash, fala sério.

Mas, apesar do ótimo Clifford DeVoe/Pensador, cuja interpretação de Neil Sandilands ajudou a superar o plano inacreditavelmente rocambolesco do cara, finalmente NÃO ser um vilão velocista, esta não poderia ter sido uma série menos Flash — porque tudo aconteceu muuuuuuuuuuuuuuuito devagar. As coisas iam num passo tão lento que demorava até você se importar de fato com os personagens, fossem eles novos ou antigos. Não precisa ser apressado mas, hey, pera lá. De longe, a série do CW que mais sofreu com este esquema de ter que ter 23 episódios por temporada. Não precisa. Corta isso aí pra, sei lá, 15 ou 13, pô.

O que deve rolar: Bom, o que já tá claro é que a treta deve começar com Nora Allen, essa aí da foto, a filha de Iris e Barry vinda do futuro, também velocista, que logo cantou a bola de que detonar a linha do tempo é uma espécie de tradição de família. Sabemos que o Homem-Borracha continua como integrante regular do elenco (decisão acertada, já que ele funciona como bom alívio cômico), enquanto Tom Cavanagh, sempre maravilhoso, vai ser um novo personagem, já que o Harrison Wells atualmente trabalhando com o #TimeFlash quis voltar pro lado da filha na Terra 2. Dada a quantidade de versões do cientista, de diferentes e divertidíssimas realidades, que ele interpretou ao longo da temporada 4, tá tudo bem escolher uma e seguir o jogo.

Pro ComicBook.com, o produtor executivo Todd Helbing garantiu que o vilão da vez também não deve ser alguém superveloz. Maaaaas os caras do That Hashtag Show afirmam que têm fontes que garantem que o vilão será Cicada, um sujeito praticamente imortal com a capacidade de sugar a energia vital alheia e um culto assassino todinho pra chamar de seu. Em teoria, ele seria alguém com ódio de metahumanos e cuja origem está ligada à explosão original do acelerador de partículas em Central City.

| Supergirl – 4a Temporada
Estreia: 14 de outubro (domingo)
O que rolou: Depois do romance com Mon-El na segunda temporada que acabou tirando a Supergirl do papel de protagonista de sua própria história, a gente aqui pediu encarecidamente pra deixarem a Garota de Aço voltar a se colocar debaixo dos holofotes como heroína e não apenas como a doce namoradinha do zé mané. Isso aconteceu na terceira temporada, que teve lá seus bons momentos, em especial aqueles que envolveram uma Alex Danvers querendo encontrar seu papel na vida, o surgimento do pai do Caçador de Marte (M’yrinn, que homem incrível, queria ser amigo dele) e a ótima relação entre James Olsen e Lena Luthor (casalzão da porra).

Mas o que aconteceu TAMBÉM foi que a Reign, por exemplo, não chegou nem perto de ser o Apocalypse da prima de Clark Kent. Pouco ameaçadora, a vilã tinha uma contraparte humana muito mais interessante, por causa da filha Ruby, do que seu lado kryptoniano que devia meter medo. E aí que, quando a série teve aquele hiato imenso pra deixar Legends of Tomorrow encerrar as atividades, voltou beeeeem devagar, vacilante. Demorou até Argo City, que deveria e poderia ter sido melhor explorada, acontecer MESMO. E nem vou falar na Legião dos Super-Heróis porque, né, não daria pra ter sido uma aparição MAIS genérica.

O que deve rolar: Mon-El partiu (UFA!) e levou Winn pro futuro, deixando o Brainiac 5 em seu lugar — e pode ser que sua relação com o vilão clássico do Superman renda alguma coisa aí no meio do caminho. Tem algumas peças posicionadas de maneira interessante, como um Olsen que revelou publicamente ser o Gladiador, J’onn J’onzz saindo pelo mundo depois de decidir abandonar o cargo de diretor do DEO — e largando a bucha pra Alex, que ainda pensa em se tornar mãe e equilibrar vida pessoal e carreira. Tudo isso pode render boas tramas.

Até o momento, sabemos que algo da série deve ser inspirado em Entre a Foice e o Martelo, já que Kara volta no tempo pra impedir a morte dos amigos e comete a mesma cagada do amigo Barry Allen, liberando uma parte de si mesma que se torna uma cópia soviética. Além disso, são cada vez maiores os rumores de que Manchester Black, o maluco telecinético integrante do supergrupo Elite, deva dar as caras em National City.

| Arrow – 7a Temporada
Estreia: 15 de outubro (segunda-feira)
O que rolou: A quinta temporada foi simplesmente maravilhosa, com um vilão sensacional (o melhor da série até o momento, aliás) e um desfecho que abriu um potencial para que a sexta pudesse ser o que quisesse. Dava pra recomeçar, pirar de tudo. E o que os caras decidiram fazer? Apelar pro óbvio.

A equipe se separou por causa do Oliver sendo apenas e tão somente o Oliver de sempre, rolou um vilão chulé que deveria parecer incrível mas que na verdade nem era o vilão principal (OH QUE SURPRESA) e não apenas Ricardo Diaz como todo o restante da trama só começaram a mostrar de fato a que vieram aos 45 do segundo tempo, quando tudo tava na reta final. Cacete, gente. Talvez por se tratar de um dos meus personagens favoritos da DC, confesso que foi a minha maior decepção deste universo expandido em 2017/2018. E isso levando em conta como acabei a temporada anterior com o nível de empolgação LÁÁÁÁÁÁÁÁÁ em cima, pensa em como eu fiquei puto.

O que deve rolar: Os malucos do The Hashtag Show, sempre eles, andaram ouvindo histórias de que talvez tenhamos Lady Shiva rolando (o que faria sentido, dada a sua relação com Ricardo, aka Richard Dragon), assim como Besouro Azul/Ted Kord — cujas empresas são mencionadas desde sempre na série. De realmente CONCRETO, temos a volta de Roy Harper/Arsenal como personagem regular da série, além da aparição dos chamados Longbow Hunters, grupo de vilões que, nas HQs originais, é formado por Ricardo/Richard e também pelo Conde Vertigo, Tijolo, Flecha Vermelha e o sempre maravilhoso Mariposa Assassina. Ah, sim, e não podemos nos esquecer que Oliver Queen admitiu que é o Arqueiro Verde e está PRESO.

Tudo que consigo pensar é numa trama que siga minimamente o planejado para o tal filme do herói que nunca foi produzido, o que seria uma surpresa muito da grata. Mas depois que eles fizeram nesta sexta temporada, olha... vai precisar muito feijão com arroz pra me convencer de que estou enganado.

| Legends of Tomorrow – 4a Temporada
Estreia: 22 de outubro (segunda-feira)

O que rolou: Ow, muito sério, mas que todas as séries de heróis dos gibis, sejam eles da Marvel, da DC, tanto faz, tivessem se encontrado como aconteceu com Legends of Tomorrow nesta temporada. Aliás, eles não apenas encontraram sua vocação, mas assumiram seu papel e não tiveram vergonha de ser felizes. Abraçaram a galhofa de vez, pararam de se levar a sério, colocaram o humor no centro de tudo e incorporaram o clássico DNA dos heróis B e desajustados da Liga da Justiça Internacional, o que é a melhor notícia dos últimos anos. Lindeza pura, com um monte de referências pop maravilhosas e sem vergonha nenhuma na cara. E quer o melhor? Tudo isso em apenas 18 episódios.

ESPERO QUE O PESSOAL DO CW ENTENDA ESTA DICA MUITO POUCO SUTIL.

O que deve rolar: Bom, infelizmente, o Kid Flash não vai ser um personagem regular na série — e aparentemente, teremos um pouco menos da Vixen, pelo menos daquela pela qual Nate é apaixonado, ao longo das aventuras, já que ela resolve assumir a responsabilidade de seu papel em Zambesi. Mas além de Eva Sharpe e Nora Darhk estarem confirmadíssimas como integrantes regulares do elenco (cada qual garantindo excelentes interações com seus respectivos pares), ninguém menos do que John Constantine vai ser membro fixo desta verdadeira zona. Ou quase isso, enfim. De qualquer jeito, uma ótima notícia (ver o mago sacana jogando D&D, sério, foi nada menos do que histórico).

Além disso, a sinopse desta quarta temporada, embora não revele quem é o vilão, tem um trecho precioso: depois que derrotaram o demônio Mallus, os heróis criaram um problema ainda maior, enfraquecendo não apenas as barreiras do espaço-tempo, mas também entre mundos. Assim sendo, a história acaba infectada pelos chamados Fugitivos, seres mágicos dos mitos, lendas e contos de fadas. Quer alguém melhor do que o Constantine pra dar um jeito nisso? E quer gancho mais divertido pra um bando de histórias desvairadas e sem qualquer preocupação cronológica? Já tô amarradão. <3