Na saga Skywalker, Leia é uma Jedi. A gente só não vai ver isso no cinema. :) | JUDAO.com.br

A revelação a respeito de uma inesperada porém bastante aguardada virada na trama em A Ascensão Skywalker foi feita pelo irmão da atriz Carrie Fisher que, pelo menos nos nossos corações, é CANON. :)

Esta pergunta todo bom fã da saga Star Wars com certeza já se fez: se em O Retorno de Jedi (1983), o sexto episódio, a Princesa Leia Organa descobre que é irmã do jovem Luke Skywalker, o que diabos aconteceu cronologicamente no meio da jornada entre esta franquia e a mais recente que acabou fazendo com que ela não fosse treinada pelo irmão nos caminhos da Força?

Seguindo a linha do tempo canônica da franquia, Luke acabou treinando o filho de Leia, Ben Solo, mas aí deu todo aquele caminhão de bosta que acabou fazendo o moleque ficar tarado pelo legado do avô, Darth Vader, e se tornar o Kylo Ren, enfim. Só que quem assistiu Os Últimos Jedis* viu que a Leia tem, naturalmente, habilidades fora do comum que CLARAMENTE a tornariam ligada à Força como o restante da família. Por que não uma Jedi oficialmente?

No livro Star Wars: The Last Jedi: The Visual Dictionary, de 2017, o escritor Pablo Hidalgo, membro oficial do chamado Lucasfilm Story Group, revela que na verdade, sim, ela deveria ter sido a primeira estudante da academia do irmão Luke. “No entanto, ela decidiu que o melhor caminho para servir a galáxia não deixava espaço para o isolamento prolongado do treinamento Jedi”, explica a publicação. “Como aconteceu com Leia em relação à sua nova família e política senatorial, Luke começou suas viagens, desaparecendo em grande parte dos olhos da galáxia. Durante sua longa jornada, o rapaz Skywalker reuniu discípulos que se tornariam seus primeiros alunos de fato”.

Já em Star Wars: Bloodline, romance de 2016 escrito por Claudia Gray, a trama ambientada 20 anos depois d’O Retorno de Jedi se foca em Leia e na formação da Resistência, indo de Princesa/Senadora a General — mas também mostra, por exemplo, Luke ensinando à irmã umas técnicas de meditação jedi que a ajudariam bastante em algum momento de sua vida. Ou seja: de fato, sensibilidade à Força ela tinha MESMO.

Maaaaaaaas de acordo com Todd Fisher, este sim irmão da saudosa Carrie Fisher na vida real, os planos eram para que A Ascensão Skywalker, que sai agora no final do ano, mostrasse Leia sendo revelada como Jedi, com direito até a usar seu próprio sabre de luz. “Ela seria a grande recompensa no filme final”, afirmou ele em entrevista ao Yahoo. “Ela seria a última Jedi, por assim dizer. Isso é legal demais, né?”.

Sim, seria incrível. Mas infelizmente a vida vira a gente do avesso muda os nossos planos — e perdemos a atriz no dia 27 de Dezembro de 2016.

“As pessoas sempre me dizem ‘por que a Carrie nunca pegou um sabre de luz e fatiou alguns caras malvados?’. Obi-Wan estava no topo de suas habilidades quando estava na idade da Carrie”, diz ele, comparando as participações da atriz em O Despertar da Força e Os Últimos Jedis* com a idade que Sir Alec Guinness tinha quando participou do primeiro Star Wars, lá em 1977: 63 anos.

E embora este momento triunfal tenha que ficar apenas no campo da imaginação, Todd garante que o carinho que J.J. Abrams, que a dirigiu no primeiro filme desta nova trilogia, tinha por sua irmã era genuíno. “A verdade é que ele era um grande amigo de Carrie. Ele tinha um amor extraordinário por ela”.

E se este amor não permitiu que ele a tornasse uma Jedi, bom, pelo menos fez com que o cineasta, que agora voltou à cadeira de diretor neste filme de encerramento da saga dos Skywalker, resolvesse trazer as cenas não usadas d’O Despertar da Força para fazerem parte do novo filme. “Eles tinham cerca de oito minutos de filmagem. Pegaram cada frame e analisaram. E então fizeram uma engenharia reversa e incluíram na história do jeito certo, que fizesse sentido. É meio que mágico”.

Obviamente que o batalhão de advogados da Disney jamais permitiria que Todd desse mais detalhes sobre como funcionou a tal “engenharia reversa”, mas ele deixa claro que Abrams conseguiu abordar ambas as perdas, de Carrie e Leia, de uma forma bastante emocional. “Isso é, à sua maneira, uma recompensa. É Carrie falando com todos nós do outro lado. A coisa mais bonita sobre o conceito de Força é que não há morte de verdade: você apenas existe em outra dimensão. Então Carrie está olhando para baixo ou para os lados ou para qualquer lugar e ainda faz parte de nós. Ser capaz de ver isso é algo mágico que acontece apenas nos filmes”.

E é por causa de coisas como ESTA que a gente simplesmente AMA o cinema.