Um mês antes da estreia, Deadpool é exatamente o que a gente sempre quis | JUDAO.com.br

Quebrando a quarta parede, fazendo referências e o principal: não se levando a sério. :)

Em algum momento da história do universo surgiu a ideia de Ryan Reynolds ser o Deadpool nos cinemas. Teve aquela versão pavorosa no assustador X-Men Origens: Wolverine e aí ficamos nessa de esperar por mais — e quando eu digo nós, coloco o próprio Reynolds na história.

Num belo dia de Julho de 2014, no meio da Comic-Con, “algum filho da puta vazou aquelas cenas”, como ele mesmo disse, de um teste que fizeram pra tentar mostrar pros executivos da Fox que valia a pena fazer o filme. Dois meses depois, esse filme ganhava uma data de estreia. “Vocês, a internet, os fãs, fizeram isso acontecer. Dobraram os braços do estúdio atrás das costas, torceram seus pescoços, e aqui estamos!” afirmou Reynolds durante a última Comic-Con.

Deadpool não é o personagem mais Hollywoodiano que se conhece por aí. Quebra a quarta parede, é sanguinariamente violento, boca suja pra caralho... O terror dos engravatados donos das canetas que assinam os cheques de uma sociedade conservadora como a dos EUA. Essa foi justamente a primeira preocupação dos fãs: PG-13, com pouco ou nenhum sangue e eventuais palavrões sendo cortados no F, ou Rated R, com tudo o que o personagem tem e que, enfim, é o que faz tanta gente gostar dele?

Quebrando a quarta parede, numa referência gigante à cultura pop americana e um fuck em alto e bom som, o próprio Deadpool confirmou que o filme seria feito pra ser Rated R, resumindo bem qual a do personagem — ainda que, como Tim Miller, o diretor, revelou na Comic-Con, em algum momento tenha sido de fato PG-13. Mas deu tudo certo: na última quarta (13), o MPAA, que classifica os filmes lá nos EUA, deu de presente a classificação tão aguardada por conta da “forte violência e palavrões durante todo o filme, conteúdo sexual e nudez explícita”.

Quer dizer... Deu tudo certo pra gente que tem mais de 18 anos. Essa mãe começou um abaixo-assinado pedindo pra Fox lançar TAMBÉM uma versão PG-13, “exatamente como os trailers”, pra que ela possa levar o filho dela pra assistir ao filme, uma vez que ela não quer expor a criança, que tem 7 anos, a toda essa putaria.

Tudo na mesma semana em que a campanha de marketing do filme atingiu o seu auge, com os pôsteres e banners que se viu nas internets e em Los Angeles.

Deadpool estreia dia 11 de Fevereiro por aqui, dia 12 lá fora, semana do Valentine’s Day, o dia dos Namorados deles. E aí eles liberaram provavelmente a melhor peça de marketing de um filme em ERAS (sem contar o twitter oficial). :)

Deadpool

Marketing esse que funcionou perfeitamente, inclusive. :D

No mesmo dia em que o filme foi, enfim, classificado, um outdoor surgiu em Los Angeles, sem nenhuma indicação muito explícita do que se tratava — e que ainda exige de uns dois segundos pra fazer o download.

Deadpool

? Dead + ? Poo + L, Deadpool. Isso ou, como Ryan Reynolds publicou no seu twitter... :D

Deadpool

Inegável que ser um filme “para maiores” é uma das coisas mais importantes pra um filme como Deadpool. Mas o marketing tem sido EXCELENTE em outro ponto importante: não se levar a sério. Não acredito que isso seja SÓ uma ação de marketing, até porque se encaixa em toda a alegria que todos os envolvidos com o filme têm mostrado publicamente pelo simples fato de terem seus nomes nos créditos.

Ainda assim, o que mais se vê comentado nas redes sociais é algo do tipo “espero que o filme seja tão bom quanto o marketing”. Eu também espero. Mas, hoje, Deadpool é exatamente o que todo mundo gostaria que fosse. :)