O primeiro trailer que a gente DETONOU aqui no JUDÃO foi o de Homem de Ferro 3. Não lembro agora porque a gente achou que seria uma boa olhar pra tudo quanto é canto e tentar adivinhar o que se passava, além de “é divertido”... Mas foi o que aconteceu, enfim.

No segundo trailer aparecia o Tony Stark dando uma entrevista e, chamando atenção demais, um cara segurando um celular. De FLIP, velho pra cacete, não fazia sentido nenhum. Eu ainda achei que o cara parecia o Aldrich Killian e comentei que duvidava que “em 2013, ELE iria ter um celularzinho de merda como esse. Ou, vai ver, é um repórter qualquer e foi justamente esse celular que incomodou o Señor Stark. Vai saber”.

Empolgadíssimo pra saber o que era, no filme, percebi que tratava-se apenas de edição não finalizada, mesmo. Era só um cara gravando e fim, com um celular que não mudava de frame pra frame. ¯\_(ツ)_/¯

Já contei um pouco da história dos trailers (e o quanto os teasers deles irritam) mas, resumidamente: é uma peça de marketing. Serve pra vender um produto — tirando algumas exceções, usando o próprio produto.

Em Comic-Cons da vida eles chegam a exibir vídeos com cenas com efeitos especiais ainda no “pre-vis” ou até mesmo nos storyboards mas, quando divulgam algo oficialmente, muito raramente trata-se do produto pronto. Com o tanto de efeito especial usado em tanta coisa, pessoal passa a mensagem pra começar a criar o hype, mas continua trabalhando. Cenários, iluminação, movimentos, tudo muda — e a gosto do freguês. Por exemplo, o /Film fez esse comparativo entre o primeiro e o último trailer de Jurassic World, dá pra enxergar bem a ideia — é claramente uma evolução.

Aí essa semana saiu o trailer final do Quarteto Fantástico e, enquanto a gente parava pra olhar pra coisas como “olha, agora eles já tem os poderes e vão lidar com isso e tem um problema”, um usuário do Reddit olhou pra outra coisa: “Alguém reparou que o trailer trocou tudo de laranja / vermelho pra verde”?

Não é como se mudassem de amarelo pra laranja, ou laranja pra vermelho. O verde passa uma ideia COMPLETAMENTE diferente do que se vê. Antes, parecia um lugar vulcânico, cheio de lava e a porra toda. Agora algo que não tem nada a ver com a natureza como conhecemos, com luzes e líquidos verdes.

Deixa de ser só uma “evolução” ou “ajuste fino”, se torna uma MUDANÇA de algo que queria se passar com o filme.

O diretor comentou, no seu twitter, que a ideia desde o início é que tudo fosse verde, mesmo. Por que, então, não era? Alguma influência do estúdio? Das exibições teste, que com certeza já aconteceram?

E aí aparece essa imagem do Dr. Doom.

Pode não ser, claro. Mas não parece que ele é feito do mesmo material que se viu naquele lugar? Verde, líquido, brilhante? Será que o cara que tá despencando é o Viktor Von Doom e... Pronto, é isso?

Numa análise fria, primeiro eles usaram a cor laranja e depois, com os efeitos sendo finalizados, mudaram pra verde — OU quiseram despistar, mesmo, pra ninguém imaginar o que aconteceria com o Doom. Mas estamos falando de um filme do Josh Trank que, pelo que se vê no noticiário, não é um cara muito fácil de lidar — e costuma escorregar no que diz. Será mesmo que é algo tão simples assim?

No Brasil, Dr. Doom, virou Dr. Destino. Mas, em português, Doom significa também condenação, destruição, ruína, morte. E sabe de quem é a cor verde?

Ao mesmo tempo, Destino é sinônimo de Sorte. Tomara! :D