Henry Cavill e Armie Hammer falam sobre espiões, super-heróis e sexismo | JUDAO.com.br

O Superman e aquele que por pouco não foi o Batman da Liga da Justiça do George Miller vieram ao Brasil divulgar O Agente da UNCLE e aproveitamos pra falar um pouco sobre a Hollywood de hoje em dia e, claro, sotaques. ;D

“Tirem este homem daqui!” BRADOU Henry Cavill no exato momento em que entrei naquela sala do Copacabana Palace onde ele dava entrevistas pra divulgar O Agente da UNCLE, que estreia nessa semana do Brasil. Mas só porque eu tava com uma camiseta do Batman — grande até pra mim? “Eu odeio camisetas do Batman”, disse Armie Hammer, que tava lá ao lado do Superman. Justamente o Homem-Morcego que não foi... :)

Havia toda uma pressão pra que não se falasse “de outros filmes” porque “eles não iriam responder” e, ao contar essa parte da entrevista pra um assessor, ele quase desmaiou achando que, de fato, tinham me expulsado da sala. Foi tudo uma brincadeira, claro. Mas era natural que a galera quisesse falar sobre Batman VS. Superman. Não é todo dia que você tem a chance de conversar com o Supinho e o quase Batman, né? :D

Acabamos conversando sim sobre filmes com super-heróis (e esse eterno mimimi de que são muitos, mesmo que estejamos num ano em que pelo menos quatro filmes de espionagem estreiem), mas também conversamos sobre os sotaques (em O Agente da UNCLE, só Hugh Grant não precisa forçar nada) e, claro, falamos também sobre o praticamente onipresente sexismo em Hollywood, já que — Supinho e Quase-Morcegomem que me desculpem — a personagem mais interessante do filme é Gaby, interpretada por Alicia Vikander, relegada ao fundo do pôster e que acabou não vindo ao Brasil. “Ela trabalha muito. Enquanto a gente conversa aqui, ela já fez uns cinco filmes”, justificou Armie Hammer.

Foi uma entrevista bem divertida e, olha, os dois caras são absurdamente lindos. E legais. E lindos. E simpáticos. E lindos, já cheguei a falar isso? Altos também. E lindos, não sei se comentei. Porque são, mesmo. :D

O Agente da UNCLE

Agora... como tantos vencedores de Oscar, O Agente da UNCLE é um filme que vai estrear, vai sair de cartaz e, a não ser que ganhe uma sequência, ninguém mais vai falar sobre ele.

É um filme divertido, correto, tem todo um QUÊ dos filmes clássicos do James Bond, mas falta algo que o Guy Ritchie parece deixar de lado em seus grandes projetos: a alma. Especialmente aquela mais suja, com uma violência não necessariamente explícita, mas de um certo modo até irônica. Aquela de uma edição ágil, de um ritmo mais rápido e personagens iconicamente inesquecíveis.

Gaby, aliás, poderia ser uma delas, se não rolasse uma preocupação TÃO grande em colocar o americano de sotaque aleatório e o russo um contra o outro, mesmo com o Muro de Berlin ali o tempo todo. Pelo menos, há esperança pro futuro. :)

O Agente da UNCLE não tem nada demais. É tipo um “Eu te amo / Obrigado”, um “leu e não respondeu”, um almoço tão normal que no meio da tarde você já tá morrendo de fome e tentando lembrar o que foi que comeu. É um “ai você é tão fofo”, um “ah, ele é bonitinho vai”, o mito da friendzone.

Mas podia ser como os outros dois filmes de espionagem que já estrearam esse ano são e o próximo promete ser? Podia. Talvez seja o caso de o Guy Ritchie voltar pros seus filmes mais independentes. Lá ele sempre manda bem. ¯\_(ツ)_/¯