Casa das Ideias deu detalhes de Monsters Unleashed, próximo grande crossover das HQs
Os heróis da Marvel já lutaram contra grandes vilões, perigos intergalácticos, titãs loucos, magia, outras dimensões, outras Terras e até entre si. O que falta, então, para motivá-los em mais uma batalha? Bom, se você por qualquer motivo respondeu MONSTROS, acertou. Esse será o grande mote de Monsters Unleashed, próximo grande crossover da Casa das Ideias nos gibis, com estreia programada para 18 de Janeiro.
(Apesar de não existir uma relação direta, o título é o mesmo de um gibi de terror publicado pela editora em 1973)
Em um evento com a imprensa realizado nesta semana, o editor-chefe Axel Alonso e o roteirista Cullen Bunn, além dos editores, deram todos os detalhes da saga, que terá Steve McNiven – o mesmo da primeira Guerra Civil – como um dos artistas, ao lado de Adam Kubert, Leinil Yu, Salvador Larroca e Greg Land. As artes internas da primeira edição, assim como as três primeiras capas, também foram divulgadas.
O que chama a atenção é que Monsters Unleashed fugirá totalmente do padrão de crossovers que a Marvel Comics vem adotando nos últimos tempos. Pra começar, ao menos inicialmente, a temática é bem fantasiosa, fugindo de metáforas do mundo atual. Depois, cada edição (que terá 30 páginas, mais do que o habitual) terá cinco artistas diferentes, garantindo cinco edições em apenas três meses. Normalmente a editora escala apenas um quadrinista na arte e, se ele atrasa, tudo demora um pouco mais para ser publicado – mas ao menos mantém uma coesão no trabalho. Pra fechar, o grande foco de Monsters será na AÇÃO.
“A ação começa na primeira página”, definiu Alonso. “Nossos últimos eventos foram muito cabeça, coisas sombrias. Esse é bem divertido, um evento old school com orçamento ilimitado de efeitos especiais”. Cullen Bunn foi um pouco mais específico: “Imagine uma centena de ameaças do nível do Hulk caindo na Terra, causando estragos em cidade por todo o mundo, e os heróis tendo que se unir para virar o jogo desse ataque monstruoso”.
“A ação começa na primeira página. Esse bem divertido, um evento old school com orçamento ilimitado de efeitos especiais”
Ao menos Monsters Unleashed não terá tantos personagens importantes colocados de lado por picuinhas entre grandes corporações. Bunn confirmou que teremos Vingadores, Inumanos, X-Men, Guardiões da Galáxia e os Campeões envolvidos – fica faltando, claro, o Quarteto Fantástico, mas essa treta, especificamente, parece longe de ser resolvida. “Nós teremos heróis cósmicos e das ruas aqui, já que é um evento divertido mas também de ameaça à Terra. Heróis tiveram suas diferenças durante Civil War II, mas agora precisam se unir contra um inimigo em comum”, disse o roteirista, que garantiu que a história será contada a partir dos pontos de vista de alguns personagens.
Não foi dito quais serão esses os protagonistas, mas Alonso garantiu que Homem-Aranha, Homem de Ferro, Capitão América terão grande importância – só não disse QUAL versão deles, né? Riri Williams, a Ironheart, estará na série, assim como a Garota da Lua, que também terá um espaço importante.
Outra coisa que não foi esclarecida é o motivo dessa treta toda, mas Alonso e Bunn garantiram que os heróis terão pouco tempo para descobrir as motivações dos invasores. “Esses ataques são implacáveis e os heróis vão ter que descobrir que não podem simplesmente lutar contra isso. Eles precisam descobrir qual é a fonte e cortar essa fonte para poder salvar o mundo. Há alguns mistérios envolvidos sobre de onde esses monstros estão vindo, e uma parte disso pode vir há milhares de anos através do cosmos. É algo que afetou outros mundos no passado e eles não se saíram bem”.
Apesar do “passado” ter importância no contexto no qual a história é contada, os tais monstros que os heróis vão enfrentar são criações novas da editora, feitas seguindo o estilo de Stan Lee e Jack Kirby nos anos 1960 e 1970. No total, foram seis meses criando e desenvolvendo os visuais dos vilões.
“Cada uma das cinco edições contará uma história”, também disse Bunn. “Eu tentei fazer cada uma com o seu sabor. São parte de uma história maior, mas tem que funcionar por conta própria e dar a sensação de que é um capítulo da história”. Além disso, a ideia é que a HQ funcione por conta própria, facilitando para os novos leitores que não conhecem todos os personagens ali.
No geral, o gosto que fica é realmente de um distanciamento do que a Marvel Comics tem feito nos últimos anos. Talvez porque a Guerra Civil II, por mais que seja interessante, não tenha decolado em vendas – Civil War II #5 vendeu apenas 120 mil exemplares em setembro, ficando em quarto lugar num mês amplamente dominado pela DC. Além disso, a Casa das Ideias está fazendo um grande relançamento agora no final de 2016, então talvez eles não queiram buscar algo pra alterar as bases do Universo Marvel novamente em tão pouco tempo.
Só não sei se colocar um monte de monstros genéricos pra enfrentar heróis é a solução dos problemas, mas vamos esperar a HQ sair pra ter opiniões concretas. :P