Pokémon: gotta catch os direitos do filme live action! | JUDAO.com.br

Sony, Warner e Legendary estão no ginásio

Que a atual palavra-chave em Hollywood é “franquia”, isso já não é mais novidade pra ninguém. Os executivos travam verdadeiras batalhas de facão nos bastidores em busca dos direitos de adaptação do gibi / jogo / livro / série de TV da vez, pra ganhar aquela repaginada que vai torná-los a próxima máquina de dinheiro das telonas se tudo der certo. A luta mais atual vem rolando entre Sony, Warner e a Legendary – e poderia muito bem acontecer em um daqueles ginásios da região de Kanto. Afinal, todos estão com as pokébolas à postos para tentar fazer a adaptação live-action de Pokémon.

De acordo com uma fonte do THR, o estúdio de Thomas Tull estaria na frente, liderando a lista de preferência da The Pokémon Company, empresa da qual a Nintendo é sócia e que cuida de todo o LEGADO de Pikachu e seus pequenos comparsas.

Ainda assim, a Warner estaria se movimentando agressivamente para conseguir ficar com os direitos, usando uma “parceria de longa data” como argumento, já que lançou o longa animado, aquele do Mewtwo, em 1998 (arrecadando cerca de US$ 165 milhões em bilheteria mundial) e ainda duas sequências (1999 e 2000), sem muita grana e também sem muito ALARDE.

Embora os porta-vozes oficiais da Legendary tenham se recusado a comentar o assunto, não apenas o THR mantém a informação como ainda lembra que o fato de que o estúdio agora é uma divisão do conglomerado chinês Dalian Wanda Group pode ser decisivo nesta tomada de decisão.

Rivais históricos, a China e o Japão vinham vivendo um período bastante complicado nos últimos anos. O governo japonês, recentemente, só ajudou a tornar as coisas ainda mais tensas ao criticar as ambições territoriais chinesas no chamado Mar da China Meridional, parte do Oceano Pacífico que compreende a área que vai desde Singapura até ao estreito de Taiwan. O governo de Pequim reivindica quase que integralmente a posse deste mar, considerado bastante estratégico do ponto de vista militar, incluindo aí as águas próximas às costas de seus vizinhos do sudeste asiático. Para isso, chegou a construir na área algumas zonas artificiais para reafirmar a reivindicação.

Além disso, em sua bem-sucedida parceria com a japonesa Toho Co., que gerou aquele último filme do Godzilla em 2014 e em breve vai colocar o lagartão para quebrar o pau com o King Kong, a Legendary é considerada uma empresa que compreende bem propriedades orientais e sabe bem o que fazer, de maneira respeitosa, com um ícone cultural japonês.

Assim que a franquia Pokémon completou duas décadas de vida no último mês de fevereiro, a Nintendo revelou que, até o momento, mais de 200 milhões de cópias dos jogos da série tinham sido vendidas em todo o mundo. O número, bastante expressivo, indica que os japoneses sabem bem o poder do que têm em mãos – e, justamente por isso, eles sempre tiveram o interesse de usar sua propriedade intelectual mais agressivamente no mundo do cinema, mas ainda têm um pouco de medo de como Hollywood trataria os personagens, em seu rolo-compressor de blockbusters, conforme revelado neste artigo da Forbes.

“As marcas da Nintendo transcendem a plataforma”, opina Adrian Askarieh, CEO e produtor da Prime Universe Films, questionado pelo Polygon, justamente a respeito de como MONSTROS DE BOLSO poderiam ganhar sua versão nos cinemas.

“Você pode dizer a palavra ‘Nintendo’ e, para muita gente, ainda representa videogames. Mas todo mundo sabe o que é Nintendo: crianças, adultos, é para as mais diferentes gerações. Não tirar vantagem disso seria uma ideia horrível”. E quando Adrian sugere “tirar vantagem”, ele está querendo dizer “no modelo da Marvel”. Ou seja: eles mesmos cuidariam dos filmes e teriam total e completo controle sobre eles. “Foi um grande risco para a Marvel, mas veja onde eles estão agora. A Nintendo deveria fazer a mesma coisa. Quanto mais icônico o personagem, melhor será o filme”.

E aí?