Star Wars: a Força finalmente é forte em nossas bancas | JUDAO.com.br

Panini lança as HQs Star Wars e Darth Vader, fechando uma trinca de revistas mensais da saga de George Lucas

Star Wars e os quadrinhos não eram, exatamente, a mesma história. Tudo o que saia nas HQs (assim como nos games e livros) era considerado do Universo Expandido. Podia contar pro enredo principal? Podia. Podia não contar? Também. Só que isso mudou.

Com a compra da LucasFilm pela Disney, o antigo UE foi deixado de lado e, a partir de agora, tudo que o que for contado em qualquer mídia faz parte da história principal. Isso não só torna possível realmente se aprofundar em cada detalhe desse “universo coeso” de Star Wars, como também fazer uma grande (e sensacional) crossmídia com os gibis agora publicados pela Marvel. E, pertinho da estreia dessa nova fase nos cinemas, a Panini está trazendo a nova leva de quadrinhos aos Brasil em duas revistas mensais: Star Wars e Star Wars: Darth Vader.

Todas essas histórias acontecem pouco tempo depois dos eventos de Star Wars – Episódio IV: Uma Nova Esperança, e vão abrindo caminho para o que acompanhamos em O Império Contra-Ataca (que é, de longe, o melhor filme da saga galáctica... até agora). É uma pegada “back to basics”, como citamos aqui no JUDÃO quando saiu a HQ lá nos EUA, seguindo esse caminho do início do sucesso dos Rebeldes contra o Império.

As duas edições funcionam separadamente, mas formam algo maior quando lidas em conjunto. Star Wars #1, escrita por Jason Aaron e desenhada por John Cassaday, vai seguindo as primeiras aventuras do trio Hal Solo, Leia e Luke juntos, se passando por emissários de Jabba para atrapalhar o fornecimento de armas do Império. Até que eles dão de cara com um certo Lorde Sith....

Cassaday é extremamente fiel ao visual de Star Wars, imitando em cada detalhe os enquadramentos de George Lucas. É quase como se você estivesse vendo um filme em quadrinhos.

Capa metalizada - e arte exclusiva da Panini

Capa metalizada – e arte exclusiva da Panini

Já em Darth Vader #1 vemos o velho Anakin pressionado pela recente falha na Estrela da Morte, destruída por um rebelde novato. De certa forma, vamos entendendo porque Vader não contou sobre o que sentiu ao enfrentar Luke, já que ele claramente sabia que aquele era seu filho. Um enredo cuidadosamente pensado pelo Kieron Gillen (e seguindo as diretrizes do comitê criativo da LucasFilm, claro) pra encaixar as pontas soltas entre aqueles filmes. Na arte, Salvador Larroca também manda muito bem, talvez menos fiel “look and feel”, como faz o Cassaday, mas ainda mantendo todo o CLIMÃO.

A chegada dessas edições ao Brasil também mostra uma abordagem um pouco diferente pela Panini. Em outros tempos, a editora juntaria tudo numa edição mensal só, com diversas histórias, as chamadas revistas mix. Mas não é isso que tá rolando agora. São duas edições diferentes pra duas séries diferentes. E com “apenas” nove meses de delay, o que é interessando quando lembramos que os Universos Marvel e DC possuem atrasos um pouco maiores.

Também seguindo o modelo lá de fora a Panini está trazendo cada revista com uma capa principal e outras duas variantes – sendo uma delas metalizada. O curioso é que nenhuma dessas imagens variantes, nem aqueles que estão nas quartas-capas, saíram numa das 68 edições diferentes de Star War #1 nos EUA, ou das 17 de Darth Vader #1. Elas são realmente exclusivas da Panini, feitas para a edição europeia (e reaproveitadas no Brasil).

O preço é que tá meio caro: R$6,90 pras versões de capa normal, R$11,90 pras metalizadas. Com um papel melhor e seguindo o mesmo formato de uma história por edição, a HQM cobra R$5,90 por exemplar de The Walking Dead – e eles são uma editora pequena. Ok, cada edição da Panini trouxe dois previews, o que deu uma engordada nas páginas, mas é aquela coisa: isso vai turbinar mais as vendas do que cobrar R$1 a menos por exemplar? Não sei...

Enquanto isso, há ainda uma terceira revista mensal da família Skywalker aqui no Brasil: Star Wars Legends, que, como o nome indica, publica as antigas histórias do Universo Expandido, ainda da época da editora Dark Horse. A Força já está forte nas bancas brasileiras, e olha que Star Wars: O Despertar da Força “só” estreia em dezembro...