Obrigado por tudo, Robin Williams | JUDAO.com.br

Ele, que sempre esteve lá… :(

Não lembro quantos anos tinha. Só sei que era muito pequeno. Na TV, estavam exibindo o filme Popeye, de 1980. Não era novo, nem naquela época, e também não é uma das adaptações mais sensacionais dos quadrinhos/animação para a tela grande. Mas eu era uma criança e, aos meus olhos, o Popeye estava ali, ganhando vida, defendendo a Olívia Palito, enfrentando Brutus... Meus olhos brilhavam.

E eu conhecia o trabalho daquele ator. Robin Williams.

Confesso que nunca fiz uma relação direta entre minha vida e Robin, até por que quem faria isso, do nada? Mas, agora, quando parando pra pensar na falta que ele vai fazer, percebo que ele sempre esteve comigo, durante toda a minha vida. Rindo com Uma Babá Quase Perfeita, me encantando com o mundo de Jumanji, torcendo por Peter Pan em Hook: A Volta do Capitão Gancho, sem saber se ria ou se chorava com Patch Adams, o Gênio de Aladdin... Foi vendo Happy Feet que tive meu primeiro encontro com com a mulher com quem me casei.

Robin Williams tava sempre lá pra gente.

O filme que mais me marcou mesmo foi o O Homem Bicentenário. Aquela história de um simples robô futurista que passou a vida buscando o direito de ser como qualquer um de nós, podendo amar, sofrer, sorrir, sentir, tocar, viver... Chorei inconsolavelmente no final, quando Andrew (personagem de Robin) encontrou aquilo que tanto queria: a chance de morrer ao lado de seu grande amor, depois de ter vivido tudo aquilo que buscava. Algo que me fez pensar sobre a minha própria vida, como um todo.

Mas a arte não imita a vida, infelizmente.

Valeu por tudo, Robin. De coração.