NOVA YORK ~ Eu JAMAIS vou me esquecer do dia em que, depois de uma tarde no shopping jogando o eterno jogo das Tartarugas Ninja no ~fliperama, minha mãe me levou para o OLÍMPIA assistir ao show live action desses adolescentes mutantes ninja.

Chegando lá, tudo vazio. Minha mãe foi entrando comigo, estranhando tudo, até que ela perguntou pra moça, que deu a ótima notícia de que o tal do show tinha sido cancelado. A cara dela de desespero, decepção e o fato de saber o QUANTO eu amava aqueles personagens e tava empolgado pra assistir ao show não me saem da cabeça. Ou saem, mas sempre que eu lembro dessa história, lembro disso também.

Não fiz nenhum escândalo, nem nada. Perguntei somente “por quê?” e ninguém soube responder. Provavelmente chorei um pouco, provavelmente minha mãe me deu algum presente (CONVENHAMOS, EU MERECIA!) e enfim.

Eis que, quase trinta anos depois desse TRAUMA DE INFÂNCIA, a Paramount Pictures me manda um convite pra, olha só você, visitar o set do filme em Nova York. Eu não sabia o que é que eu ia ver, mas iria estar, ainda que só um pouco, DENTRO do universo criado três décadas atrás por Peter Laird e Kevin Eastman.

Até chegar no Steiner Studios, no Brooklyn, eu não sabia direito o que é que eu veria. Sabia que iria no tal do LAIR, que também é conhecido por aqui como o COVIL, ESCONDERIJO, MOCÓ, enfim, os esgotos onde vivem as Tartarugas e Splinter. Inicialmente, nos foi mostrada uma versão sem efeitos daquela cena da NEVE (com muito mais Megan Fox do que o necessário, o que foi corrigido no corte final) e das Tartarugas presas — ou, no caso, dos atores usando a roupa de captura de movimentos.

A versão final dos bichos ainda não tinha sido escolhida, mas também vimos algumas imagens que, diga-se de passagem, você também viu quando elas vazaram há algum tempo. É bem parecida com o que foi pro filme, mas muito mais “samurai”, digamos assim.

Entre várias araras com figurinos de séries que são gravadas lá — como The Carrie Diaries, Girls, Boardwalk Empire — e com muitos pedido de silêncio, fomos guiados até o tal do set que visitaríamos — e que, inicialmente, contaria com a participação de parte do elenco, mas, por conta de umas regravações, eles não puderam participar.

Olha, quer saber? Não me importei. No exato momento em que coloquei os pés naquele lugar — rearrumado depois de uma cena em que ele é invadido — eu voltei praquela sexta-feira ensolarada, de mãos dadas com a minha mãe e, porra... As Tartarugas Ninja viviam ali. :D

O “painel de controle” do Donatello — com uma cadeira feita de SKATES, pra caber o casco; um sofá GENIAL feito de caixas de pizza; videogame, gibis e outras revistas; um quarto, com quatro camas ~especiais; uma sala de relaxamento, o DOJO do Splinter e, uma pista de skate pro Michelangelo. ENFIM.

No filme, infelizmente, muito pouco dos esgotos é mostrado — o que, segundo o diretor Jonathan Liebesman e os produtores Andrew Form e Brad Fuller, é pra não dispersar a galera do foco que eles queriam dar pro filme. E, de fato: daria pra fazer um filme inteiro se passando ali dentro, porque é EXTREMAMENTE detalhado e completo. MAS, o Judão não dá o furo de graça, não, e te mostra com EXCLUSIVIDADE como é o tal do covil, do mocó, da GOMA das Tartarugas Ninja — é só apertar o play lá em cima. ;D

No fim, apesar de não ter conversado com ninguém do elenco aquele dia, conversei com TODOS — os Quatro, Megan Fox, Will Arnett, diretores e produtores — recentemente, em Los Angeles. E você confere todas as entrevistas a partir dessa quarta-feira, 13 de Agosto! COWABUNGA! :D