Pretty Little Liars com sangue | JUDAO.com.br

Scream, série baseada em Pânico, os filmes de Wes Craven, estreou na MTV Gringa e no YouTube. Nós já vimos, e… Bom…

Pânico, a franquia de filmes criada por Wes Craven e que chegou aos cinemas em 1996, é autoconsciente. Desde o primeiro filme, com Randy Meeks, o personagem do Jamie Kennedy, sendo a personificação dessa Skynet do Horror, deixando tudo bastante previsível mas pelo menos divertido.

E ainda tinha a franquia Stab, baseada no livro The Woodsboro Murders, escrito por Gale Weathers, a personagem de Courteney Cox. Em Pânico 4 são sete os filmes e ainda rola toda uma TRIVIA. É tipo um inception de filmes de terror adolescente.

Mas Scream, a adaptação de toda essa brincadeira feita pela MTV que estreou no último dia 30 e teve seu primeiro episódio liberado pra todo o mundo (!) no YouTube, consegue se superar nessa coisa de saber que existe.

    “Você não pode transformar um slasher movie em série de TV. Pense. A menina e os amigos chegam, num acampamento, uma cidade deserta, enfim. O assassino mata todos, um por um. Noventa minutos depois o sol nasce, a garota que sobreviveu tá no fundo de uma ambulância, vendo os corpos dos amigos dela passando numa maca. Slasher movies passam rápido. TV precisa esticar as coisas. Quando o primeiro corpo for encontrado, é questão de tempo pra que o banho de sangue comece.”

Quem diz isso é Noah Foster, personagem de John Karna na série. Ele é como se fosse uma mistura de Randy Meeks e Charlie Walker, fanboy de filmes de terror, interessado por serial killers e que, nessa tentativa de passar pro público um recado dos produtores, no melhor estilo “olha o que vocês falaram de mim, viu só, tem nada disso” serviu mais de alerta a quem quer que esteja interessado em assistir à Scream.

Porque sim, uma das coisas que ajuda um filme como Pânico a funcionar é a rapidez, o ritmo com que as coisas acontecem. Uma galera morre, você acha que todo mundo é o assassino, vem a revelação, pronto, acabou a vida segue. Pelo que deu pra perceber desse primeiro episódio, porém, é que ficaremos numa punhetagem gigantesca pra descobrir quem é o assassino (que, se mudasse toda temporada, ajudaria bastante), veremos no máximo uma ou duas mortes por episódio e passaremos a ter um spin-off de Pretty Little Liars, todo mundo desconfiando de todo mundo, se acusando, se fodendo.

E tudo isso com personagens tão carismáticos quanto esse novo Ghostface aí.
(E que porra de voz é aquela? Era pra assustar? Com essa cara de boneca inflável?)

“Você torce por eles, você os ama, aí quando eles são brutalmente assassinados, machuca”, diz Noah em um determinado momento, continuando a explicação de como funcionam os slasher movies. E, pelo que vimos nesse primeiro episódio da série, não acho que qualquer um daqueles personagens vá conseguir criar alguma empatia com o público. São mal escritos, mal interpretados, mal dirigidos.

Os únicos que talvez se salvem sejam o próprio Noah, que narra a série e não para de falar um segundo, e a Audrey, que teve um vídeo seu beijando uma menina liberado nas internets. Só que ela mesmo diz que não liga pra nada disso, então não sei quão profundo poderemos ir nessa personagem. (Ah, sim. Nina, a personagem da Bella Thorne, parecia interessante... Mas é a Drew Barrymore da vez, coitada. ¯\_(ツ)_/¯)

Se desse alguma merda e sei lá, caísse uma bomba em Lakewood e todos os personagens morressem de uma vez, não faria falta nenhuma. O Ghostface, o Noah, a Biatch do colégio, os idiotas, o mais velho problemático, a mocinha.

Até nisso a série é autoconsciente, aliás...

Mas aguardemos. Primeiro episódio, são pelo menos outros 9 garantidos. Acho muito difícil que melhore, mas vai quê?

Se quiser, o episódio tá inteirão aí. Não tem legendas, mas... :)