Desde que Motor Rock deu as caras no Steam Greenlight – e depois aceito – a proposta do jogo era claramente uma: criar um Rock n’ Roll Racing modernizado. Tudo – o design de personagens, os efeitos sonoros, as MÚSICAS – remetia ao jogo original. SENSACIONAL. Mas, conhecendo a Blizzard como protetora de suas propriedades que é, a história não ficaria assim.

Removido da loja virtual após 6 dias de seu lançamento – período no qual cerca de 10 mil pessoas compraram -, os russos da Yard Team, produtora do jogo, entraram em uma longa discussão via e-mail com a Blizzard, oferecendo várias soluções para que o game não fosse retirado permanentemente da loja. Mas, como um dos autores explica na página de Motor Rock, de nada adiantou. Então, não existindo mais a possibilidade de comercializar o produto, a empresa colocou Motor Rock pra ser baixado em seu site oficial. DE GRAÇA.

E foi assim por um curto tempo, até a Blizzard enviar uma reclamação à empresa que hospedava o site e ele ficar indisponível. FUÉN!

Se não bastassem os responsáveis por Rock n’ Roll Racing, a Valve também torna a situação da Yard um tanto pior: nenhum centavo dos aproximadamente 60 mil obamas que o jogo arrecadou caiu e, muito provavelmente, caíra nas mãos dos desenvolvedores. Quem possui o game pode pedir um reembolso ao suporte do Steam, mas o jogo desaparece da biblioteca.

Motor Rock nasceu da demanda por um novo Rock n’ Roll Racing – afinal, faz VINTE anos desde que foi lançado – e atingiu em cheio parte dos fãs. É um de poucos casos do tipo que não se pode enquadrar como plágio ou homenagem, sendo praticamente uma releitura. A Yard já sabia muito bem o público que alcançaria e mudou somente o necessário para não ficar idêntico ao original, o que poderia contornar muitas das questões legais.

Mas foram enfrentar logo a Blizzard, não teve outra. RIP Motor Rock.