A Quinta Onda: Chloë Moretz pronta pra invasão Alienígena

O novo Crepúsculo? O novo Divergente? O novo Jogos Vorazes? Ou apenas um filme com identidade própria? Você decide! :D

Young Adult. Da mesma forma que as adaptações de quadrinhos, parece que todo estúdio quer encontrar o seu pra abocanhar uma fatia do fenômeno. Trata-se de um novo gênero literário, focado num público jovem (AH VÁ), e que pode enveredar pelo lado da ficção científica, da aventura, do terror, tanto faz. O ponto aqui é que as histórias tem que ter um quê de adolescentes, mas já começando a fugir da ingenuidade da literatura infanto-juvenil. O protagonista, quase sempre da mesma idade dos leitores, precisa enfrentar temas como bullying, drogas, sexualidade, problemas familiares... Se pudermos enfiar uma distopia e/ou futuro apocalíptico no meio, melhor.

O cardápio de títulos é farto, variado e diversificado – mas, em comum, eles têm o fato de que se tornaram filmes bem sucedidos (ou quase) para os cinemas. Crepúsculo, Jogos Vorazes, Divergente, A Culpa é das Estrelas, Maze Runner, Percy Jackson... Exemplos existem aos montes. “A definição atual mais comum do público YA é o jovem entre 16 e 25 anos, mas esta ainda é uma definição muito fluida”, explica Giuliana Alonso, editora do selo Agir Now, criado pela Ediouro para lançar essencialmente títulos com esta pegada. “Aqui no Brasil ainda é comum ouvir a denominação infanto-juvenil para esse tipo de livro, mas em geral editores preferem se afastar desse termo. Pessoalmente já considero 14+ como YA, dependendo do tema do livro”.

Ela conta que este público YA é cheio de “especificidades maravilhosas” e, assim como os fãs de fantasia/ficção científica, eles são verdadeiros obcecados que conhecem a fundo o assunto pelo qual se interessam, correm atrás de novidades no mercado estrangeiro, exigem uma comunicação muito rápida e clara com as editoras... “Eles enchem Bienais, fazem campanhas para trazer os autores para o Brasil e seguem fielmente as editoras comprometidas com esses títulos, comportamento quase inédito no mercado leitor, não só no Brasil”.

A Quinta Onda

A bola da vez pra esta galera é A Quinta Onda (The 5th Wave), aposta da Sony Pictures neste mercado e que já teve a versão literária lançada no Brasil pela Editora Fundamento. Trata-se da adaptação de um livro de 2013, escrito pelo americano Rick Yancey – e, claro, o primeiro de uma trilogia (seguido por O Mar Infinito, de 2014, e The Last Star, que sai em 2016).

Assim que o livro foi lançado, os críticos se derreteram em elogios. O jornal USA Today, por exemplo, disse que a obra faria pelos alienígenas “o que Crepúsculo fez com os vampiros”. Goste você ou não do resultado final (livro ou filme) da saga de Edward e Bella, o fato é que a franquia ajudou a retomar o interesse de um público mais jovem sobre os sanguessugas da noite. Ou seja... ;)

Com produção de Graham King (parceiro frequente de Martin Scorsese) e do eterno sobrinho da Tia May, Tobey Maguire, A Quinta Onda traz nossa amiga Chloë Grace Moretz — primeira e única opção para o papel, desde sempre favorita dos leitores do livro – vivendo a adolescente Cassie Sullivan, de 16 anos, que tenta sobreviver num mundo devastado por uma invasão de alienígenas que jogou a humanidade na Idade de Pedra. E, ao mesmo tempo, ela se preocupa em encontrar o irmão mais novo, Sam, capturado pelo “exército” depois da morte do pai.

A 5a Onda

As tais ondas foram os ataques planejados pela raça de ETs para tomar conta do nosso planetinha azul. A primeira delas foi um pulso eletromagnético que apagou a Terra, deixando todos os aparelhos eletrônicos inutilizados e matou milhões de pessoas. Depois, vieram os terremotos e tsunamis, descritos como “maiores do que o Empire State”, que arrasaram as cidades litorâneas de todo o mundo, desta vez riscando do mapa bilhões de pessoas. A terceira onda foi um vírus mortal, uma espécie de versão avançada do Ebola que transforma os infectados em “bombas virais”, que explodem e levam todos ao redor com eles. O quarto movimento mostrou que existem aliens entre nós, disfarçados dentro dos corpos de humanos, ocupando cargos de alta confiança dentro das mais diferentes esferas e preparados para dar a ordem de exterminar quem quer que tenha sobrado no caminho. Ou seja: não confie em ninguém.

A tal quinta onda do título, pelo menos no livro, tem relação com as milhares de crianças que foram capturadas – e então passam a ser treinadas para se tornar uma espécie de exército, cuja intenção é matar os que finalmente restaram. Afinal, é fácil dizer a eles que os humanos foram todos tomados pelos seres de outros planetas, por mais que peçam por clemência...

A parte da peste lembra bastante A Dança da Morte, clássico do escritor Stephen King, de 1978, que chegou a virar uma minissérie para a TV no meio dos anos 1990. Já o lance de “eles estão entre nós”, claro, é puro Vampiros de Almas (Invasion of the Body Snatchers). Junte a isso toda a pegada de filme-catástrofe, mezzo The Walking Dead, mezzo Independence Day, e taí uma mistura no mínimo interessante de ver pra sacar qual é.

A Quinta Onda é dirigido por J Blakeson e tem no elenco, além de Chloë Moretz, Liev Schreiber, Nick Robinson, Alex Roe e estreia no Brasil em 21 de Janeiro de 2016.