Ronda Rousey vai virar uma Matadora de Aluguel | JUDAO.com.br

Fazer jus ao legado de Patrick Swayze é o primeiro passo de Ronda Rousey para tentar alcançar a Marvel… ;D

Campeã absoluta e invicta do UFC na categoria peso-galo e principal garota-propaganda do MMA no mundo, muito mais do que qualquer marmanjo já conseguiu nos dias de hoje, Ronda Rousey almeja vôos bem maiores. E que vão bem além do octógono, dá pra dizer.

Carismática e bem-humorada, a moça pretende estabelecer uma carreira na indústria do cinema – tanto é que, depois de distribuir bordoadas em Os Mercenários 3 e Velozes e Furiosos 7 e interpretar a si mesma em Entourage, ela já tem vaga garantida em Mile 22, com Mark Wahlberg, para 2016. Além, óbvio, de viver o seu próprio papel na adaptação de sua autobiografia, My Fight/Your Fight.

Só que Ronda não está pra brincadeira quando deixa claro onde quer chegar: na Marvel. É, sabe aquela história de que ela quer interpretar Carol Danvers, a heroína espacial Capitã Marvel, nas telonas? Então. A lutadora e aspirante a atriz está falando BEM sério. Já postou no seu Instagram montagens de si mesma como a personagem, feitas por fãs. E vive falando sobre isso em tudo quanto é entrevista.

Kevin Feige saiu pela tangente, “isso é muito legal, mas ainda não começamos a sentar com ninguém para discutir o filme, vocês vão saber quando chegar a hora”. Só que Ronda não desiste. Fã declarada de cultura pop (em especial animes como Pokémon e Dragon Ball), ela diz que quer ser seriamente considerada para o papel. “Espero que, até o momento em que o filme da Capitã Marvel saia do papel, eu tenha experiência suficiente e habilidades cinematográficas para que eles lembrem de mim”, afirmou, em entrevista ao Entertainment Tonight. Bom, Dave Bautista, o Drax, está aí para dar esperança pra moça, não é mesmo? ;)

Arte: Alex Murillo

Arte: Alex Murillo

Um dos filmes nos quais Ronda mais aposta como trampolim para o PANTEÃO hollywoodiano dos filmes de ação é justamente a refilmagem de Matador de Aluguel (Road House), clássico da pancadaria do final dos anos 1990, estrelado pelo saudoso Patrick Swayze. Ela vai viver a versão feminina de Dalton, sujeito de passado obscuro que sai de Nova York para cuidar de um bar de beira de estrada chamado Double Deuce, na pequena cidade de Jasper, no Missouri.

O dono do boteco recém-reformado está disposto a investir uma grana considerável no lugar para subir a coisa toda de nível, mas precisa de alguém que cuide da segurança e evite os quebra-paus costumeiros. Só que um empresário corrupto e com um pé no mundo do crime acaba tornando bem mais complicado um trabalho que parecia ser relativamente simples...

“É uma grande honra poder celebrar a vida de um homem que inspirou tanta gente”, afirmou Ronda, em seu Twitter, assim que a película foi anunciada. “Eu não poderia ser mais grata por ter esta oportunidade de prestar tributo ao Patrick Swayze. Prometo que trabalharei sem folga para ter a certeza absoluta que este projeto será algo do qual sua família e seus fãs se orgulharão”. Fontes afirmam ainda que Ronda teria ido pessoalmente conversar com Lisa Niemi, viúva do ator, para pedir sua benção – que obviamente foi dada ou não estaríamos aqui nesse momento. ;)

Ela conta ainda que perseguiu este projeto por dois anos. “Eu não acho que nenhum outro homem poderia ser Patrick Swayze. Creio que é um ângulo interessante para se enxergar a mudança de gênero neste papel”, aposta, no papo com o ET.

Road House

O novo Matador (ou Matadora?) de Aluguel já tem até diretor: Nick Cassavetes, que também ficará responsável pelo roteiro. Embora seja conhecido especialmente por seu trabalho no doce Diário de Uma Paixão (2004), o cineasta já se enveredou pelo gênero de ação em boas produções como Um Ato de Coragem (com Denzel Washington) e Alpha Dog (com Bruce Willis e Justin Timberlake). As filmagens do projeto – sobre o qual se fala desde 2003, ainda com Rob Cohen (diretor do primeiro Velozes e Furiosos) ligado à coisa toda – estão programadas para começar no ano que vem.

Com produção do estrelado Joel Silver (parceiro dos Irmãos Wachowski na trilogia Matrix) e direção de um praticamente desconhecido Rowdy Herrington, Matador de Aluguel foi uma aposta do estúdio para tentar capitalizar depois que Swayze estourou com Dirty Dancing (1987), vencedor do Oscar de melhor canção original, aquela coisa toda. Não deu muito resultado.

Arrecadando pouco mais de US$ 30 milhões (ou seja, metade do que faturou o filme em que ninguém deixa a Baby de escanteio), acabou detonado pela crítica (“Não é um bom filme. Depende da visão irônica do espectador que, sob o ponto de vista certo, pode não achar chato”, tentou defender o icônico crítico Roger Ebert) e chegou a receber cinco indicações ao Framboesa de Ouro do ano seguinte. Mas a sua presença, no guia oficial dos Framboesas de Ouro, escrito pelo fundador da premiação, John Wilson, como um dos “100 Filmes Ruins Mais Divertidos de Todos os Tempos”, ajuda a entender os motivos da aposta nesta refilmagem.

Com uma coleção de admiradores, incluindo famosos como o diretor e nerd profissional Kevin Smith, Matador de Aluguel (vamos falar deste título em português, por favor?) se tornou uma espécie de cult e chegou a ganhar uma dispensável continuação lançada diretamente para DVD em 2006 – protagonizada pelo filho adulto de Dalton – e até mesmo um musical, com ares de comédia, no circuito off-Broadway.

“Eu entendo porque as pessoas ficariam hesitantes com esta refilmagem, porque é um clássico”, explica Ronda. “Mas estou obcecada com este filme. Dá até para dizer que estou bastante nervosa. Se for um filme muito ruim, as pessoas vão me odiar”.

Ah, Ronda, pode ficar tranquila. Senta pra conversar com o Van Damme e ele vai te explicar direitinho que, por pior que seja o filme, não dá pra odiar um cara como ele. E uma mulher como você. Vai lá, chuta os traseiros deles e tá tudo certo.