Orgulho e Preconceito e Zumbis e meh... | JUDAO.com.br

Divertido, mas você mal vai se lembrar dele ou de qualquer um dos seus personagens quando acabar

Orgulho e Preconceito e Zumbis é um filme realmente divertido. Pro gênero de zumbis é um tanto REFRESCANTE, com os mortos-vivos sendo literalmente isso, podendo andar, falar e viver em sociedade se, por acaso, conseguirem escapar dos desejos mais primitivos de se alimentar de cérebros humanos; pra cultura pop em geral, é uma variada MUITO bem-vinda ver mulheres criadas para serem guerreiras, questionadoras e, enfim, sendo o que se deveria esperar de mulheres, seja na Era Vitoriana, seja em 2016.

Orgulho e Preconceito e Zumbis é, também, um filme absolutamente esquecível. Estreia no Brasil agora, depois de percorrer uma ESTRADA LONGA E SINUOSA pra conseguir, enfim, se transformar de livro de Seth Graham Smith e Jane Austen em um filme que não deve demorar mais do que oito dias pra ninguém sequer lembrar que estreou ou que, pior, sequer existe.

Embora seja um bom passatempo, garanta algumas risadas e um ou outro choque com a violência praticamente sem sangue do filme, Orgulho e Preconceito e Zumbis não é o tipo de filme que renda qualquer tipo de conversa no fim da sessão, porque nada nele consegue se prender na memória.

Os tais Zumbis, por exemplo. Você poderia substituí-los por robôs que se transformam em veículos, tubarões que surgem no meio da rua em tornados, ETs querendo invadir a Terra, dragões, formigas e aranhas gigantes e até linhaça.

Pra Bella Heathcote, a Jane Benett, a importância do filme está no fato de ser uma história de amor e “histórias de amor são sempre relevantes” – conforme me disse ela, durante a coletiva de imprensa realizada numa conexão São Paulo / Londres. De fato. Mas aí já temos Orgulho e Preconceito, o livro, o filme e a minissérie, não? Tem até O Diário de Bridget Jones, se você quiser uma outra versão da mesma história.

Orgulho e Preconceito e Zumbis acaba sendo um daqueles posts de “e se alguma coisa fosse Princesa Disney” ou “trailer de algum filme em LEGO”. Soa divertido, tem uma ou outra coisa legal, mas é só mais um entre tantos.