Uma investigação fictícia sobre o muso dos grampos
— Lula?
— Fala, querida.
— Tô mandando o Bessias aí com o documento.
O diálogo me lembrou na hora uma história da infame autobiografia da Narcisa Tamborindeguy, onde ela afirma que utilizava os serviços de um motoboy firmeza, que trazia a coca aí na geladeira pra ela esquema delivery. No mesmo momento, estalei o dedo e, putza vida, será que a Dilma mandou um “bessias” para acalmar os nervos do ex-presidente?
De lá pra cá tenho imaginado os dois mais recentes líderes da nação dividindo um “bessias”.
— Esse é do bom, querida.
— Lula, esse “bessias” é hidropônico, sobe que nem foguete.
— Bateu uma onda democrática forte nas minhas ideias, companheira.
Sim, se Aécio SIMBOLICAMENTE é associado aqui e ali ao produto que consagrou Pablo Escobar e El Chapo, por que a dupla mais investigada da história da República não poderia fazer o stress virar fumaça quando soa o gongo às 16h20? É digno e perfeitamente aceitável. Talvez, até, que me perdoem os que acharem exagero, seja admirável.
Em tempos de Xanax, Lexotan, Rivotril e que até o Viagra está na lista da Odebrecht, um cachimbo fornido de “bessias” é algo que pode perfeitamente ser enxergado como uma alternativa natural ao pesado clima que cerca o poder.
Consegue imaginar nossa Comandante em Chefe dando play em Hora de Aventura no celular, só pra dar umas risadas com a brisa “bessiânica”? Eu consigo. E encorajo, inclusive.
Eles devem achar meio merda quando cola o Mercadante, que tem jeito de ser daqueles que filam o “bessias” alheio, dão um tapinha e ficam meio perdidões, dão uma aguada na conversa. Já do Temer, eles precisam esconder a parada. É B.O., na certa. Cunha é o corta-brisa. Quando surge no assunto, é bad trip, com certeza. Já Jean Wyllys parece ser daqueles que se faz difícil de assuntar, oposição à esquerda que é, mas, depois do terceiro tapa no “bessias”, já está gargalhando e contando causos.
Óbvio, este texto é meramente um exercício de imaginação. Pensar não tira pedaço. Desanuviar nestes tempos do cólera é mais do que necessário, é fundamental.
Pra fechar esta mequetrefe investigação, segue em anexo uma hora de Bob Marley ao vivo.
E aí, vai um “bessias”?