O que sabemos sobre Rogue One - Uma História Star Wars até agora | JUDAO.com.br

É, sim, o Darth Vader vai mesmo aparecer nesse spin-off. Mas essa tá longe de ser a grande novidade do filme

Desde o instante em que descobrimos que Rogue One – Uma História Star Wars se passaria naquele momento descrito apenas nos créditos iniciais do primeiro GUERRA NAS ESTRELAS, com os rebeldes roubando os planos da Estrela da Morte e entregando nas mãos da Princesa Leia, um nome ficou por aí, rondando, aparecendo vezes o suficiente para que a confirmação da sua presença no filme soasse apenas como aquela festa surpresa na sua casa em que você viu todo mundo comentando no Orkut e carros de amigos e familiares parado na frente do seu prédio.

Porque, claro, uma trama, por mais paralela que seja, mas que se passa depois do Episódio III e antes do Episódio IV, gente, tem grandes chances de mostrar um dos vilões mais celebrados da história da cultura pop. E se a cronologia permite, alguém tinha qualquer dúvida de que a Disney perderia esta chance, por menor que fosse?

E aí que, na edição desta semana da revista Entertainment Weekly, que traz Rogue One na capa, a presidente da Lucasfilm, Kathleen Kennedy, confirmou que, sim, sim, habemus Darth Vader no novo filme.

O vozeirão do sujeito será mais uma vez cortesia de James Earl Jones, mas aí fica a dúvida: quem vai ser a sua encarnação física? Afinal, deixando de lado as tretas entre ele e a LucasFilm (em sua maioria, envolvendo cobranças por maior participação nos lucros dos filmes), seria difícil imaginar David Prowse assumindo a bronca, em especial por causa da idade avançada e das condições físicas causadas pela artrite. O grandalhão Spencer Wilding (lembrado especialmente por ser o alien que rouba os fones de ouvido do Senhor das Estrelas em Guardiões da Galáxia) lidera a lista de apostas, mas nada foi oficialmente revelado ainda.

Mas é bom os fãs segurarem a empolgação: sim, teremos Darth Vader no filme, só será uma aparição pequena. “Mas, quando ele aparecer, será em um momento muito importante e estratégico do filme”, diz Kathleen. Ela explica que, cronologicamente, o Lorde Sith já estará em atividade em sua persona pós-Anakin por quase 20 anos – mas Jyn Erso (Felicity Jones) e seus camaradas rebeldes saberão pouco sobre ele. Apenas sentirão sua presença. Em Rogue One, Vader é uma espécie de lenda, um mito a respeito de uma poderosa força das trevas que atua quase nas sombras mas impõe as vontades do Império com mão de ferro.

Além disso, o Darth Vader que veremos neste novo filme está mais próximo do vilão que deu as caras em Uma Nova Esperança, antes de sabermos em O Império Contra-Ataca que existia a figura do Imperador, alguém que podia de alguma forma controlá-lo. Preparem-se para um Vader mais volátil, portanto. Definitivamente, vai ser um momento complicado para qualquer um que usar o cargo de “almirante”.

“Vader não joga o jogo de acordo com as regras”, explica Kiri Hart, um dos cabeças do chamado Lucasfilm Story Group. “Ele está presente na estrutura militarizada do Império, mas não está acorrentado a ela. Ele não responde a ninguém – exceto, claro, ao Palpatine”. E é justamente este, digamos, vácuo no poder que o grande ANTAGONISTA do filme, o Diretor (que, não, não é um Grão Almirante como muitos pensavam no começo) Orson Krennic, vivido por Ben Mendelsohn, vai tentar aproveitar.

“Tem um monte de intriga rolando no Império. Pessoas conspirando umas contra as outras para subir na vida, muita sabotagem”, explica o produtor John Knoll, nos fazendo lembrar de um certo país da América do Sul que começa com B e termina com Rasil. E como a relação de aprendiz e mestre sith entre Vader e Palpatine é mantida em segredo, Krennic vai tentar manipular tudo a seu bel prazer e usar a ameaça dos rebeldes como uma oportunidade de se mostrar como alguém digno de se tornar braço-direito do Imperador, antes que o vilão da voz de veludo possa sacar que tem algo acontecendo diante do seu capacete. Por mais que, assim como todo mundo, ele tenha um certo medinho do que Darth Vader poderia fazer com seus poderes misteriosos...

“Krennic entende o sistema e sabe como as coisas funcionam”, complementa Hart. “Tarkin, claro, é o modelo para aqueles tipos mais frios e calculistas, sabe? Mas Krennic é um pouco mais cabeça-quente do que isso. Isso não é apenas diferente, mas também muito divertido. É um cara imprevisível. E tem todos os ingredientes para ser um grande vilão de Star Wars”.

Rogue One

Além dos vilões, a edição da EW oferece um pouco mais de detalhes sobre o restante dos personagens do filme e, claro, finalmente dá nomes aos bois. Descobrimos que Jyn recebe a perigosa missão de roubar os planos da Estrela da Morte diretamente das mãos da Aliança Rebelde como uma forma de “aliviar a sua sentença” pelas cagadas que ela mesma fez contra a própria Aliança no passado. Redenção, basicamente, será o tema aqui.

O time que a acompanha será formado pelo Capitão Cassian Andor (Diego Luna), um oficial da inteligência rebelde bastante experiente, todo certinho e que segue as regras fielmente; Chirrut Imwe (Donnie Yen) não é um Jedi, mas usa sua espiritualidade como uma forma de superar a cegueira e “se torna um guerreiro formidável”, conforme dizem os produtores; Baze Malbus (Jiang Wen), amigo próximo de Chirrut, é o mecânico da galera, o especialista em armamento pesado e em maquinários, engenhocas e paradas assim; Bodhi Rook (Riz Amed) é o principal e mais habilidoso piloto da equipe, um esquentadinho que, pela descrição, lembra bastante um certo você sabe quem cujo nome começa com H; e K-2SO (Alan Tudyk), o droide humanoide que, de acordo com o diretor Gareth Edwards, é a antítese do C-3PO. Ou, no caso, “a personalidade do Chewbacca num corpo robótico”.

Como esperado, Mon Mothma, vivida por Genevieve O’Reilly, será a responsável pelo recrutamento de Jyn e Cassian. “A Aliança Rebelde está uma confusão, bem assustado. E ela tá tentando o melhor que pode pra prover alguma liderança entre uma variedade grande de soldados Rebeldes que tem opiniões diferentes sobre o que fazer” afirmou Kathleen Kennedy.

Importante dizer ainda que parte dos rumores a respeito do personagem de Mads Mikkelsen estavam certos e ele será mesmo pai de Jyn, Galen Erso. Separado da filhota há algum tempo (ah, estes problemas familiares de Star Wars), ele é descrito como sendo “a versão espacial do pioneiro nuclear J. Robert Oppenheimer”. Caso não tenha ligado o nome à pessoa, Oppenheimer foi o físico teórico responsável por dirigir o chamado Projeto Manhattan, aquele mesmo que criou a bomba atômica. Ou seja... dá pra supor que Galen foi o responsável direto pela criação da Estrela da Morte?

Talvez a parte mais nerd desta reportagem da EW, no entanto, tenha sido a revelação de quem diabos Forest Whitaker vai interpretar, muito mais até do que o anúncio da volta do Darth Vader: Saw Gerrera. Isso te responde alguma coisa? Não? Bom, se você é daqueles absolutamente fanáticos pela franquia do George Lucas, com certeza tocou um sino tipo AC/DC na sua cabeça. Afinal, Saw é um personagem que já tinha aparecido na série animada The Clone Wars, primeiramente Fora Temer num episódio chamado A War on Two Fronts. Guerreiro dos rebeldes, ele e a irmã Steela lutaram ao lado de Anakin nas guerras clônicas.

Star Wars

“Ele é uma espécie de veterano com muitas cicatrizes de guerra e que lidera um bando de rebeldes mais extremistas”, descreve Kathleen Kennedy, lembrando que talvez ele seja muito mais um motivo de preocupação do que um aliado propriamente dito. Ou seja, assim como teremos de um lado o sujeito dentro do Império que, bom, está mais preocupado consigo mesmo do que com “a causa”, do outro lado percebemos que existem diferenças consideráveis de pensamento entre os rebeldes e que nem todo mundo está assim tão alinhado com Leia e sua turma.

Hum, ora, ora. Eis que Rogue One nos mostra que a Lucasfilm está disposta a flertar com os tons de cinza no meio da DICOTOMIA entre bem e mal de Star Wars. Isso, definitivamente, me soa como um bom sinal. :D

O que a foda tá fazendo um BONECO DE STORM TROOPER na mão dele?

O que a foda tá fazendo um BONECO DE STORM TROOPER na mão dele?

Falando em bom sinal, a edição da Entertainment Weekly soa também como essa coisa de levar gente que odiou Batman VS. Superman para o set de Liga da Justiça, uma tentativa de acalmar os ânimos, mostrando em que pé as coisas estão. No caso de Rogue One, a matéria da revista tenta botar PANOS QUENTES em toda aquela história das refilmagens que assustavam mais pelo futuro da franquia como um todo do que pra esse filme especificamente.

“As refilmagens sempre fizeram parte do plano. Nós sempre soubemos que voltaríamos em algum momento. Só não sabia o que seria feito até começarmos a esculpir o filme na edição” afirmou Gareth Edwards, oOOo diretor.

A história de que executivos teriam assistido ao filme e dado seus pitacos também foi confirmada, mas foi comparada ao que acontece com a Pixar, em que o pessoal tenta guiar a produção pelo melhor caminho possível o que, talvez, seja uma boa notícia.

Outra CONTEMPORIZAÇÃO foi feita por Kathleen Kennedy, ACERCA da possível mudança de tom que as gravações trariam. “Uma das coisas que a gente tá fazendo com essas histórias é abraçar diferentes gêneros”, afirmou. “E nós estamos deliberadamente indo atrás de vários diretores de estilos diferentes para que os filmes tenham um tom e estilo propositalmente diferente da Saga”. Pra provar o ponto, aliás, ela até disse que talvez nem role aquele LETREIRO no início. “A gente fala sobre isso o tempo todo. (...) Eu não quero dizer que faremos. O letreiro é tão particular dos filmes originais que estamos conversando muito sobre o que pode separar as Histórias Star Wars dos originais”.

Pra ler as matérias completas da EW, em inglês, é só clickar aqui. Rogue One – Uma História Star Wars chega aos cinemas em 15 de Dezembro.