Mesmo com estreias, grandes redes de cinema não reajustam o preço das quintas | JUDAO.com.br

Os exibidores com os maior número de salas no Brasil preferiram manter o valor mais baixo de antes, mesmo com a mudança no dia das estreias. Porém, redes menores (mas ainda assim importantes) já estão cobrando mais caro

Quando foi anunciado que as estreias de filmes no Brasil voltariam a acontecer nas quintas, e não mais nas tradicionais sextas, muita gente reclamou. Apesar dos cinemas adiantarem em um dia as novidades, para concorrerem com outras formas de entretenimento que já ficam bombando nesse dia, isso poderia representar também um aumento no preço dos ingressos. É que, como todo mundo sabe, ir ao cinema é mais caro entre sexta e domingo. Com novidade na vitrine, a tentação de estender também o preço mais caro em mais um dia é grande...

Mas não é bem isso que está acontecendo.

Estamos justamente no dia 13 de março, dia que passa a vigorar a nova data de estreias, e o JUDÃO analisou os preços cobrados pelas principais redes de cinema no Brasil. E, veja só, não houve qualquer aumento nos cinemas com maior número de salas no País.

UCI, Cinépolis e Cinemark, as maiores redes por aqui, mantiveram (ao menos por enquanto) a mesma política de preços de antes do troca-troca. Ou seja, mais barato segunda, terça e quinta, preço promocional na quarta e um valor maior entre sexta e domingo. Isso não quer dizer, claro, que ainda não possam ocorrer mudanças. Entramos em contato com o Cinemark, que avisou, via assessoria de imprensa, que a rede ainda avalia uma mudança. Moviecom e Kinoplex, que são menores que as três grandes, mas ainda assim importantes, acompanharam essas concorrentes e mantiveram os valores iguais aos de antes.

Aumento, mesmo, está ocorrendo em outras redes menores e relevantes. A PlayArte (que também atua como distribuidora) nos informou que está praticando um preço “diferenciado” nas quintas-feiras, algo que fica entre o resto da semana e o fim de semana. O Espaço Itaú de Cinema, um dos poucos que possui salas IMAX no Brasil, já efetuou o reajuste, com quinta sendo equiparada ao FDS.

Crédito: Flickr / Mc-Q

Crédito: Flickr / Mc-Q

Contatada, a Feneec (Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas) avisou que não houve qualquer direcionamento aos seus membros, seja para o aumento ou não. “Isso é particularidade e de responsabilidade de cada exibidor. Numa economia de mercado, cada um, baseado em sua experiência, localização, perfil de público, concorrência, tem livre sua política de preços e promoções”, disse Paulo Lui, presidente da Federação.

O que isso tudo quer dizer? Que alguns pequenos aumentaram os preços, seja por necessidade ou por senso de oportunidade. Os grandes estão avaliando o impacto para aí sim analisar o que fazer. O que é bacana, já que revela que não houve qualquer cartel ou lobby pró-aumento. E isso tudo ainda abre uma grande oportunidade.

Agora cabe a todos NÓS escolher aquele cinema mais barato na quinta-feira – ou seja, aquele que não promoveu nenhum aumento. Dessa forma, quem reajustou pode acabar reavaliando a situação, e quem não o fez talvez perceba que o maior volume de público compense qualquer 3 ou 4 dilmas a mais por cabeça.

Como diria o Capitão Planeta: “o poder é de vocês”. ;)