Shane Black retorna ao universo de Predador com o claro objetivo de revolucionar e expandir a franquia.
Lançada originalmente em 1987, a franquia Predador tem uma das histórias mais reconhecíveis do cinema nos últimos 30 anos. Em todas as suas INCURSÕES, um implacável caçador alienígena aparece na Terra para matar alguns humanos por esporte e carrega seu próprio código de honra. No primeiro filme, ele derrotou um grupo de soldados comandados por Arnold Schwarzenegger, antes de finalmente ser vencido. Em O Predador 2 – A Caçada Continua, um alienígena surge em Los Angeles para deixar seu próprio rastro de corpos em uma guerra entre policiais e gangues.
Agora... Esqueça os outros filmes. A história que Shane Black (o diretor de Dois Caras Legais e um dos soldados mortos naquele primeiro filme) está contando continua depois das anteriores, o que significa que os Predadores perderam para os humanos duas vezes e retornaram para seu planeta derrotados e agora, em O Predador, uma facção no planeta natal dos Predadores está infeliz com seus caçadores sendo mortos por humanos e eles querem vingança, retornando para a Terra para obtê-la.
Desde o início, os Predadores foram estabelecidos como uma raça de excelentes caçadores que viajam entre mundos procurando por presas desafiadoras. A finalidade é simples: vencer a caçada e retornar para seu planeta com o crânio ou até mesmo um prisioneiro em mãos, ganhando em troca status ou honras militares. Isso quer dizer que as caçadas fazem parte de um sistema social do planeta dos predadores, não sendo apenas um esporte. Com óbvia satisfação em perseguir suas vítimas e se sentirem no topo da cadeia alimentar do Universo, os Predadores utilizam tecnologia bélica avançada para colaborar em suas caçadas.
Depois das vitórias, os humanos também estão preparados para enfrentar o inimigo – ou pelo menos tentar se proteger. Acontece que nenhum dos lados está preparado para o surgimento de um novo tipo de Predador, que parece não ter escolhido lados. Com uma combinação do DNA do alienígena com diversas outras espécies, os caçadores se tornaram mais fortes, mais inteligentes e mais perigosos. Enquanto os primeiros filmes mantiveram o visual e as características clássicas do alienígena, Black decidiu expandir o universo do personagem criando mais elementos focados na civilização do vilão.
O JUDAO.com.br teve a oportunidade de assistir a uma sequência de O Predador (a mesma apresentada durante a San Diego Comic-Con) em que os personagens interpretados por Boyd Holbrook, Olivia Munn e Jacob Tremblay são caçados por um Predador “comum” dentro de um prédio. Enquanto eles correm – muito – e lutam contra seu inimigo, uma mão gigante perfura a parede e agarra o Predador, que é jogado para fora do prédio. Do lado de fora, existe um SUPER Predador sem o tradicional equipamento de alta tecnologia atacando a sua própria espécie, que não tem chance contra um inimigo que tem as mesmas habilidades multiplicadas. A cena termina com os humanos conseguindo fugir em um ônibus escolar tipicamente norte-americano, enquanto o Super Predador retira a máscara do outro Predador, soca-o até a morte e arranca sua cabeça sem muito esforço.
A sequência inteira é bem eletrizante e mostra que as cenas de ação terão um ritmo bem frenético e, se e a ideia de Black era evoluir a espécie, tornando-a mais mortal e assustadora, ele definitivamente conseguiu. Assim como os personagens, rolou um choque em ver uma versão gigante de um inimigo tão forte.
A expectativa é que o filme consiga encaixar esse Super Predador de forma coerente, não apenas com o simples desejo de evoluir a espécie para torná-la unicamente maior – no sentido de tamanho mesmo.
Se O Predador tiver esse mesmo ritmo durante as cenas de ação e souber dosar as sequências de reflexão dos personagens, o filme tem tudo para ser uma das produções mais divertidas do ano. Estreia em 13 de Setembro.