Dig: é melhor não mexer muito não | JUDAO.com.br

Criadores de Heroes e Homeland prometem e prometem com a sua nova “event series”, mas pelo que entregaram, não sei não…

SAN DIEGO ~ “...dos criadores de Heroes e Homeland”, “a esperadíssima nova minissérie”... Dig. Eles chamam de “event series”, mas é só uma série de apenas seis episódios — ou, como disse o moderador do painel da série nessa quinta-feira (24) na Comic-Con 2014, “um filme de seis horas”.

NÃO, não tem NADA a ver com aquele jogo, antes que você se pergunte (como eu me perguntei). Peter, interpretado por Jason “Lucius Malfoy” Isaacs, é um agente do FBI baseado em Israel (“Pra quem não sabe, FBI tem pelo menos um agente em cada embaixada pra investigar crimes cometidos contra ou por cidadãos americanos em outros países”, explica Tim Kring, o criador da minissérie) que começa a investigar o assassinato de uma arqueóloga e acaba descobrindo uma conspiração que existe há 2000 anos. “Investigo a morte de um americano fora dos EUA. No meio tempo, dou uns pulos, chuto algumas bundas, e fico pelado. Afinal, isso é televisão”, brincou Isaacs.

Essa conspiração tem a ver com um ORNAMENTO que um padre antigo usava pra se comunicar com Deus e que, nas mãos erradas... :P

Foto: Thiago Borbolla / JUDAO.com.br

Painel de Dig na Comic-Con 2014

O preview de 6mins exibido no painel (“sem finalização, sem correção de cor, sem música”) tenta nos vender ação, correria, perseguições a pé pelas ruas de Jerusalém. Mas talvez tenha sido o jeito errado, porque não deu muito certo. Sabe, seria muito mais interessante partir pra coisa histórica, pro tal do símbolo que eles usam pra divulgar (e promover) a série... Enfim, o MISTÉRIO, e não essa ação meio lenta, meio sem graça...

Outra coisa que eles tão vendendo bastante é o fato da série se passar em Israel — e de ter sido gravada, pelo menos o piloto, inteiramente por lá. E, bom, se você segue outro noticiário que não esse de FILMINHOS e NOVELINHAS... :D

“Filmamos tudo o que precisávamos antes de começar a acontecer tudo”, disse Gideon Raff, co-criador da história — e responsável pela versão original de Homeland, também israelense. “Nós continuamos procurando locações internacionais, outras fora de Jerusalém, mas passamos a filmar em Albuquerque, no Novo México”, contou. Segundo Tim Kring, o outro criador dessa minissérie (e de Heroes), “há muitas coisas pra se fazer apenas com efeitos, e muitas das imagens que fizemos em Jerusalém poderemos reutilizar”.

Na tentativa de gerar mais empolgação pela série, foi anunciada também uma prequência — que na verdade é um livro digital, num app que ninguém nunca ouviu, além de uma promoção no Snapchat, pra quem tirasse foto do tal do símbolo, mandasse pra eles...

É aquilo: vendem e vendem, ou forçam e forçam... Mas não parece que entregarão. Darei uma chance, porque se tratando de mistérios e conspirações, TAMO AÍ. Só que... Sei lá. ¯\_(ツ)_/¯