Playboy BR precisa aprender umas coisas com a Playboy EUA

Se a vida te der limões, Playboy… Não é pra pisar neles, né?

Eu tenho batido nessa tecla há algum tempo, e a cada mês que passa eu percebo que tenho mais e mais razão: a Playboy Brasil, por incrível que pareça, precisa aprender algumas coisinhas com a Playboy EUA.

Há uns bons anos, eu provavelmente tomaria um susto se alguém me falasse isso e iria, sem nem ouvir até o fim, que era um erro. Afinal, a ideia da edição Brasileira da ~revista do homem sempre foi mulheres famosas enquanto, nos EUA, a edição era a “girl next door”. Aquela menina que você vê andando na sua rua.

E muito, muito, airbrush.

Lá, eles mantiveram a ideia. Sempre há “casting calls” em busca de novas playmates, há a competição pra saber quem é center fold e, vez ou outra, uma famosa dá o ar da graça. ENQUANTO ISSO, no Brasil, “Furacão da CPI” é a nossa capa. E tratada como celebridade, no nível de tantas outras que posaram pra revista.

Aí chegamos à edição de outubro da revista americana e essa capa aí embaixo. Perceba: é uma menina que você não conhece. E tá usando um ~uniforme de futebol americano. Mais que isso: é uma capa chamativa. Uma capa que te faria parar na frente das bancas pra ler o que tem.

Sim, ler.

Playboy de Outubro

Não há vontade, ou ideia, de querer parecer artística, glamourosa, ou o que for. Muito pelo contrário, a “College Issue” é absolutamente DIVERTIDA. Com uma mulher pelada na capa simbolizando o esporte nacional dos EUA e, enfim, o que a Playboy representa desde que foi lançada em 1953.

POR QUE CATZO a Playboy do Brasil não faz NADA parecido com isso? Porque, se não tiver ninguém famoso na capa, não faz algo desse tipo? Porque não olha pra “girl next door”, ao invés dessas “celebridades” que são ex-affair de não sei quem, que se trocaram no meio da rua e, OPA, foram fotografadas...?

E o problema nem é fazer ensaio com essa galera, na verdade. Mas por que toda a pompa e circunstância de uma capa de Playboy Brasil, que já foi algo tão importante na cultura pop do País, sendo que poderia rolar muito mais conteúdo, no fim das contas?

Parece mentira, mas a gente gosta de diversão, também, além de mulheres peladas. Let’s have some fun! HEY! HO!