“Não vou dizer que no começo isso não me provocou um pouco” disse o ator sobre o mimimi sobre sua carreira lá fora que, infelizmente, 300: A Ascensão do Império não ajuda muito
Rodrigo Santoro em Hollywood. QUASE uma relação de amor e ódio com os Brasileiros, mas é só mais uma prova do nosso complexo de vira-latas. Basta um cara ter uma carreira lá fora, fazendo ótimos trabalhos, participando de ótimos filmes (e séries)? Não, o pessoal quer que seja o primeiro, o principal, o mais importante. Ou é assim, ou não é. O Mundo ou é Verde ou é Amarelo.
“Não vou dizer que no começo isso não me provocou um pouco, que não era agradável”, disse o ator, contemplativo, em entrevista ao JUDÃO, durante a divulgação de 300: A Ascensão do Império, que você pode ver aí em cima, na íntegra. “As pessoas tem o direito de pensar e dizer o que querem, ainda mais no dia de hoje. Todo mundo pode dar suas opiniões”.
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Quem costuma fazer isso, independente de nacionalidade, é fã. De qualquer coisa, mas os de quadrinhos, nessas horas de adaptarem suas histórias preferidas pros cinemas muitas vezes são insuperáveis. Segundo Santoro, porém, não com ele. “Eu fiquei comovido”, disse Rodrigo, que no ano passado estreou na Comic-Con. “O compromisso, o amor verdadeiro, a paixão que as pessoas tem por aquilo. As perguntas, os comentários que faziam... Eles sabiam mais sobre Xerxes do que eu”, contou.
É uma pena, porém, que 300: A Ascensão do Império não ajude o cara nessa história — tirando o fato de que ele é, novamente, um dos principais personagens do filme. Parte da culpa é do Frank Miller, que não terminou a HQ em que ele seria o protagonista, e fez com que os produtores resolvessem inventar Temístocles e investir em Artemísia. Xerxes acaba relegado a um papel quase inútil, num filme que não tem nada do peso que teve o primeiro. E é ainda mais inútil que Xerxes.
Eva Green até tenta, mas não consegue carregar o filme nas costas — não por culpa dela, que até pelada ficou. A Rainha Gorgo, uma das personagens mais importantes de 300, perde totalmente a sua força — aliás, A Ascensão do Império usa TANTO o primeiro filme que quase o desgasta. E o Temístocles...
Visualmente, nada de novo. Historicamente, nada de muito importante. Cinematograficamente, desnecessário.
Mas mais um ponto pro Rodrigo Santoro. :)