A falácia da sensualidade de Marina Ruy Barbosa na GQ | JUDAO.com.br

É fato que Marina Ruy Barbosa nunca é demais. Mas chamar as fotos de sensuais é, no mínimo, um ato de má fé.

Outubro era pra ter sido o maior mês de todos os tempos nas bancas de jornais deste país. A revista masculina GQ fez festa e deixou a internet em polvorosa com a seguinte promessa: Marina Ruy Barbosa faz seu primeiro ensaio sensual para a GQ.

O evento era digno da comoção. Foi-se a época em que o cidadão trabalhador tinha a oportunidade de ver com pouca roupa as grandes musas deste país justamente no momento em que elas estão em maior evidência.

Hoje é quase impossível que uma atriz da Globo cometa maiores saliências nas bancas de jornal enquanto está no ar em algum produto de grande valor como a novela das 9.

Pois bem. É fato que Marina Ruy Barbosa nunca é demais, então ninguém nem pode reclamar muito. Mas chamar as fotos que estampam as 8 páginas da matéria de sensuais é, no mínimo, um ato de má fé.

"Uma moça"

“Uma moça”

É verdade que ela está usando uma provocante lingerie preta. Também não vamos nos enganar, ela até faz uma ou outra carinha de quem está gostando demais. Só que o trabalho não resulta em algo que nos acostumamos a chamar de “ensaio sensual”.

Está tudo bonito, muito bem feito, ela é de fato exuberante. Mas não somos apresentados àquele lampejo que cativa nossos corações e separa ensaios sensuais de editoriais de moda.

Falta às atrizes de atualmente a consciência do papel fundamental que exercem para o desenvolvimento psicológico, motor e social de milhões de brasileirinhos cuja mocidade está começando.

Creio que as duas últimas grandes atrizes com esse tipo de mentalidade foram as indeléveis Flávia Alessandra e Juliana Paes – mas isso é assunto para um outro momento.

As fotos são do Mauricio Nahas e ainda temos uma entrevista realizada por Adriana Negreiros. A GQ de outubro está disponível nas bancas deste país por nem sempre razoáveis R$ 15,00.