HQs pra ler DEPOIS de ver Capitã Marvel | JUDAO.com.br

Gibis que, de alguma forma, inspiraram o que você viu no cinema ou que se relacionam com o que foi contado no filme. Um guia pra você que não sabe por onde começar a ler as HQs do heroína. :)

SPOILER! Já é tradição: estreia um filme baseado em histórias em quadrinhos, lá vem o JUDAO.com.br fazendo AQUELA lista de gibis pra você ler depois de assistir ao filme, com uma pesquisa de décadas de cronologia pro que é que pode ter inspirado os roteiristas e os diretores, além de algumas outras que ajudam a entender melhor algo ou alguém.

Dos filmes da Marvel, temos listas de HQs pra ler depois de assistir à Vingadores: Guerra Infinita, Pantera Negra, Thor: Ragnarok, Homem-Aranha: De Volta ao Lar, Doutor Estranho Capitão América: Guerra Civil e, por que não?, Homem-Formiga. CASO você nunca tenha lido nada e chegou agora empolgadaça com tudo.

Com a estreia de Capitã Marvel na última semana, temos a primeira protagonista da Casa das Ideias nos cinemas, além de uma das personagens mais poderosas da mitologia Marvel tanto nas telonas quanto nas páginas dos gibis. Uma personagem que um dia foi só o chamado ~interesse romântico de um sujeito, depois virou Miss Marvel, Binária e Warbird, que já teve uma treta memorável com a Vampira dos X-Men, que encarou o Homem de Ferro de frente numa nova Guerra Civil... Tem coisa pra caramba pra ler.

Divirta-se!

Fury Fights Alone!

Pensando em ordem cronológica, começamos nossa viagem em Fevereiro de 1966, no gibi Sgt Fury and his Howling Commandos #27. É nas páginas desta HQ de guerra, sobre o passado do Fury original no exército americano enfrentando os nazistas, que Stan Lee e Dick Ayers contam como o todo-poderoso da SHIELD perdeu o olho esquerdo. É, isso acontece no filme da Capitã, mas é MUITO diferente do que rola nos quadrinhos. ;)

De qualquer maneira, basicamente, ele apanhou uma granada nazista mas não se livrou dela rápido o suficiente para impedir que parte do impacto da explosão atingisse seu rosto. Mas Fury ainda conseguiu ganhar tempo para que seu time fugisse de uma emboscada, permanecendo durante dias sozinho em território inimigo, conseguindo inclusive capturar um super-cientista nazista. Quando foi resgatado, teve uma decisão difícil: ou recuperaria o olho, mas tendo que ficar fora de ação por um ano ou aceitaria a perda total da visão naquele olho em algum momento na vida. Adivinha o que ele escolheu?

Vale lembrar que, no entanto, esta é a versão do Nick Fury ORIGINAL – o Fury do Universo Ultimate, aquele que tem o visual do Samuel L. Jackson, estava em missão durante a Guerra do Golfo, no Kuwait, quando seu comboio foi atacado por soldados iraquianos. O comboio transportava, por acaso, uma tal Arma X, aka Wolverine, que ajudou a salvá-lo e levá-lo de volta ao quartel-general. E ainda temos Nick Fury Jr., o filho do Fury original que CONVENIENTEMENTE também é a cara do Samuel L. Jackson e acaba assumindo o papel do pai no Universo 616 depois do sucesso dos Vingadores no cinema.

Mas aí é outra história, né? ;)

Wolverine carregando Nick Fury em Ultimate X-Men #11

Embora a quase desconhecida editora Paladino tenha lançado no Brasil três números do Sargento Fury, esta história em particular permanece inédita por aqui. Pra sentir o clima, no entanto, a edição 25 da coleção vermelha da Salvat tem uma das histórias antigas.

Disaster!

HQs pra ler DEPOIS de ver Capitã MarvelAinda em 1966, o gibi Tales of Suspense #79 marcou a primeira aparição do Cubo Cósmico, um dos mais poderosos artefatos do Universo Marvel e que, nos cinemas, atende pelo nome de Tesseract – é, aquele mesmo do primeiríssimo filme dos Vingadores e que se revelou como sendo a joia do espaço em Guerra Infinita.

Nos gibis, ele surgiu pelas mãos de Stan Lee e Jack Kirby, criado artificialmente pela IMA (Ideias Mecânicas Avançadas, um grupo de cientistas malucos, basicamente) para poder transformar qualquer desejo em realidade. Parece esquisito? Sim. Mas segue o jogo.

De qualquer forma, do mesmo jeito que rola nos cinemas, quem fica de olho na parada mesmo é o Thanos, que o usa como escada para sua busca desenfreada pelo poder cósmico antes das Joias do Infinito entrarem na jogada.

Esta história pode ser lida na Coleção Histórica Marvel nº 01 – Capitão América, publicada aqui pela Panini.

The Coming of Captain Marvel

Para a Carol em pessoa, tudo começou lá em dezembro de 1967, na edição 12 da revista Marvel Super-Heroes, quando Stan Lee e Gene Colan foram buscar o conceito da raça alienígena dos krees, apresentada no mesmo ano lá no gibi do Quarteto Fantástico, para criar um novo herói — no caso, um capitão de nome Mar-Vell, enviado como espião para a Terra, para tentar decidir se os terráqueos representavam uma ameaça ao Império do outro lado da galáxia.

Além de conhecermos o acusador Ronan e o Coronel Yon-Rogg, também é o momento certo para entender a história de um sujeito que acaba se afeiçoando aos terráqueos, usando seu uniforme militar – em cores que quem viu o filme vai reconhecer – como disfarce para protegê-los.

É um excelente ponto de partida não só para entender o legado que Carol Danvers carrega, mas principalmente para sacar o quanto a mudança que a Marvel promoveu no personagem de Mar-Vell faz sentido e é imensamente respeitosa ao seu significado original.

Aqui no Brasil, a primeira edição a ser estrelada pelo personagem foi Capitão Marvel, da editora GEP, publicada em 1969 – mas que trazia a primeira história do gibi solo do herói, que seria publicado pela Marvel nos EUA a partir de 1968.

Where Stalks the Sentry!

No número seguinte, em Marvel Super-Heroes #13, de Março de 1968, fomos apresentados a uma oficial da aeronáutica chamada Carol Danvers, que num primeiro momento foi meio que o interesse romântico de Walter Lawson, o cientista que trabalhava desenvolvendo novas tecnologias para os militares. “Dr. Lawson, esta é a Senhoria Danvers. Homem ou mulher, ela é a melhor chefe de segurança que uma base de mísseis poderia querer”, apresenta o General Bridges.

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Além disso, é nessa edição que Mar-Vell assume a identidade de um cientista recentemente morto, de nome Walter Lawson (que tinha seu próprio passado sombrio), para circular de maneira mais fácil e insuspeita entre os humanos.

E é esta edição que abre então caminho para que o herói e seus coadjuvantes ganhassem título próprio, no mesmo ano de 1968 – sendo então devidamente apresentados pela primeira vez aos brasileiros, conforme explicado no item acima.

E uma criança irá guiá-lo!

Foi só no número 17 do gibi solo do Capitão Marvel que ele, de fato, assumiu a sua faceta heroica, abandonando a roupa militar de outrora e trajando a roupa azul e vermelha que marcaria a sua existência dali pra frente.

Depois de salvar a Suprema Inteligência Kree, Mar-Vell ganha a roupa e uma nova coleção de poderes... mas acaba sendo aprisionado na Zona Negativa por sua “vingança cega” contra Yon-Rogg. No entanto, ele ganha uma chance de se libertar, ainda que temporariamente: o jovem Rick Jones.

O garoto, aquele mesmo que Bruce Banner salvou no campo de testes quando se tornou o Hulk, tinha sido rejeitado pelo herói ao lado do qual vinha trabalhando, o Capitão América (que, na real, tinha trocado de corpo com o Caveira Vermelha).

Telepaticamente, o guerreiro kree consegue contatar Jones e, fazendo uso dos chamados Braceletes Negativos, faz com que eles troquem de lugares assim que batem um artefato no outro. Dura pouco? Dura, já que Mar-Vell consegue ficar em nosso mundo por apenas três horas. Mas, de qualquer forma, é um jeito de trabalharem juntos para lutarem contra as forças do mal.

Esta história – que, trazendo um garoto que se torna um herói adulto, lembra BASTANTE um outro Capitão Marvel da editora concorrente – foi recentemente publicada na edição 14 da coleção vermelha da Salvat, aquela d’Os Heróis Mais Poderosos da Marvel.

A vingança é minha

E então, logo depois que tivemos o Capitão Marvel de posse de sua faceta heroica, no número 18 da HQ do personagem, é que Carol Danvers sofre o acidente que lhe dá os seus poderes, afinal de contas.

Tudo se inicia com Yon-Rogg levando a jovem para uma base abandonada dos krees na Terra, como forma de atrair seu grande inimigo para uma armadilha. É lá que está um artefato chamado Psyche-Magnatron, que há muito tempo tinha sido banido pelo Império Kree.

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Quando Rogg faz uso do aparelho para criar um robô do tipo Mandroid, Mar-Vell chega pra tentar salvar o dia. No meio do processo, Carol se fere e o Psyche-Magnatron então explode, matando Yon-Rogg. Mas Danvers é atingida pelas energias da explosão, o que faz com que ela tenha o seu DNA humano mesclado com o dos krees. Te lembra algo? ;)

Aqui no Brasil, a história foi originalmente publicada em dezembro de 1979, na revista Heróis da TV (Editora Abril).

A Guerra Kree-Skrull

HQs pra ler DEPOIS de ver Capitã MarvelEntre as edições de número 89 e 97 do gibi gringo dos Vingadores, lá em 1971, tivemos uma das sagas mais icônicas do supergrupo, aquela que coloca a Terra no centro do já ancestral conflito entre os krees e os skrulls. Obviamente que os maiores heróis da nossa pequena esfera azul surgem para nos defender – contando, evidentemente, com a participação mais do que especial do representante kree por aqui, o Capitão Marvel.

Descobrimos as origens do ódio entre as duas raças e um bom tanto do histórico de cada uma delas, ambas surgidas nos primórdios da Marvel, lá nas páginas do Quarteto Fantástico. E ainda rola uma participação especial dos Inumanos, a galera lá do Raio Negro e sua turma.

A saga completa está na edição 90 da coleção preta da Salvat, a Coleção Oficial de Graphic Novels da Marvel.

O enigma de uma guerreira

Pula pra janeiro de 1977, no número inaugural de Ms.Marvel, primeira vez que Carol Danvers estrela um título solo.

Ainda usando um uniforme bastante similar ao do Capitão, a Ms.Marvel (sim, grafada deste jeito, inicialmente), uma nova heroína, surge nos céus de Nova York. Ao mesmo tempo, Carol Danvers, uma ex-chefe de segurança da NASA, também se muda pra Grande Maçã, ainda com alguns episódios de amnésia, sem se lembrar direito de quem é e, claro, de que ela é uma super-heroína.

Logo, ela assume o papel de editora de uma revista feminina da mesma empresa do Clarim Diário, para a qual J.Jonah Jameson não liga muito.

HQs pra ler DEPOIS de ver Capitã Marvel

No trabalho, acaba conhecendo Peter Parker e sua namorada Mary Jane Watson – e também é forçada a conhecer um vilão de nome Escorpião, velho conhecido da galeria de malvadões do Homem-Aranha, que sequestra o nosso bom e velho JJJ (que, vale lembrar, foi justamente um dos responsáveis pelo surgimento do Escorpião).

Aos poucos, não apenas ela descobre que Ms.Marvel e Carol Danvers são a mesma pessoa, como também vai relembrando Mar-Vell, a explosão...

Este primeiro arco pode ser lido na edição 60 da coleção vermelha da Salvat, aquela d’Os Heróis Mais Poderosos da Marvel.

The All-New Ms.Marvel

Foi apenas na edição 20 de sua revista, lá em outubro de 1978, que a Miss Marvel foi então adotar um uniforme só seu, sem precisar parecer uma variação do Capitão e aquele que se tornou praticamente marca registrada da heroína em sua fase como “Miss”. Dá pra dizer que foi o seu primeiro passo em busca de uma personalidade própria como personagem.

Tá bom que ela mal conseguiu curtir muito a nova vestimenta, já que logo descobriu que uma de suas repórteres da revista feminina sumiu durante uma reportagem no Novo México, possivelmente em pleno deserto e que isso talvez tenha relação direta com um tal povo lagarto, o que claramente é mais um trabalho para a sua faceta heróica do que para a jornalística.

E tá bom que este uniforme, um maiô preto com botas e luvas enormes e um lenço amarrado na cintura, talvez não seja a coisa mais prática do mundo para combater as forças do mal e tampouco para sair voando por aí com todo mundo analisando seu traseiro lá embaixo. Mas dá pra dizer que já é um começo, vai.

Até o momento, não temos informações a respeito da publicação desta história em território brasileiro. Então... já sabe, né? :D

A Morte do Capitão Marvel

HQs pra ler DEPOIS de ver Capitã MarvelUma das mortes mais duradouras e impactantes do Universo Marvel – numa história que, se lida com o carinho necessário, mostra claramente o tamanho do legado do NOME do Capitão e que explica porque Carol Danvers demorou tanto tempo para se permitir fazer uso dele.

Depois de uma batalha contra o vilão Nitro, que tem a impressionante habilidade de explodir o próprio corpo e depois se reintegrar, Mar-Vell acaba desenvolvendo um câncer. Do tipo incurável. Não foi uma morte em batalha. Foi uma derrota para o próprio corpo.

Ao longo da história, que mostra o herói aceitando o seu destino e aos poucos sendo destroçado pela doença, os maiores heróis da Terra e também alguns de seus maiores adversários chegam para prestar tributo (a cena do representante dos skrulls é lindíssima, eu diria).

Um sujeito com tamanha honra e respeito entre iguais e diferentes é também um baita peso para se carregar, não? E foi com ele que Carol Danvers teve que lidar até se aceitar por completo. Mas falaremos mais sobre isso daqui a pouco. De qualquer maneira, em outubro de 2017, a Panini lançou uma nova versão desta graphic novel, num formato de luxo totalmente merecido.

A Dama de Bronze

Aqui vale bem a ressalva: não, Carol Danvers não foi a primeira mulher a assumir o título de Capitã Marvel. Na real, em 1982, na revista The Amazing Spider-Man Annual #16, pintou uma misteriosa garota superpoderosa chamada Monica Rambeau, natural de Nova Orleans, lindíssima em seu uniforme branco e preto. O nome te é familiar? Sim, no filme da Capitã, ela é a garotinha filha de Maria, a colega piloto de Carol Danvers.

Tentando impedir que um experimento de um amigo de seu avô fosse transformado numa arma, ela acaba acidentalmente sendo exposta a energias extradimensionais que acabam lhe dando a habilidade de controlar e converter o seu corpo em qualquer forma de energia do espectro eletromagnético – ultravioleta, eletricidade, ondas de rádio, raios X, micro-ondas e por aí vai.

“Provavelmente o Marv não se importaria”, diz mais tarde o Coisa pra ela, explicando que o tal nome Capitã Marvel que a imprensa lhe deu podia ser usado sem problemas.

A primeira Capitã Marvel se tornou um membro proeminente dos Vingadores e até chegou a liderar a equipe durante um certo período. Posteriormente, ela passaria a ser conhecida como Fóton, depois Pulsar e por último Espectro.

Vale lembrar que esta história foi publicada aqui em Heróis da TV #101, da Editora Abril.

We Are Gathered Here

A edição de número 418 do gibi do Incrível Hulk, lá de junho de 1994, não é exatamente uma história de super-heróis típica, porque estamos falando do casamento de Rick Jones (aquele mesmo do Capitão Marvel, muitos anos depois) e Marlo Chandler.

E é aqui que vemos a primeira aparição de Talos, um guerreiro skrull que acabou sendo convidado, ao lado de um monte de vilões, graças a uma traquinagem do duende interdimensional Homem-Impossível.

Mas é só na edição seguinte que ele então quebra mesmo o pau com o Verdão. Na real, Talos é de um tipo raro de skrull, que nasceu justamente sem a habilidade de se metamorfosear.

O que seria motivo de vergonha entre os seus só se tornou motivo para que Talos se empenhasse ainda mais na vida, provando que todos que riram dele estavam errados e tornando-se um dos mais temidos e condecoradores lutadores da história do Império Skrull.

Se a gente for pensar no Talos que é mostrado no filme da Capitã Marvel, tem um bocado de diferença aí, mas a questão da honra e do guerreiro mais condecorado de sua raça, de alguma forma, fazem certo sentido, já que estamos falando de um sujeito com foco total numa missão.

Esta história foi publicada em O Incrível Hulk #161, da Editora Abril.

Meet the Skrulls

HQs pra ler DEPOIS de ver Capitã MarvelEsta é uma série novinha, recém-saída do forno, com roteiro de Robbie Thompson e Niko Henrichon... e que, não, ainda não saiu aqui no Brasil porque mal deu tempo disso acontecer ainda.

Porém, colocamos na lista porque é uma série, na pegada do gibi familiar do Visão escrito por Tom King, que traz um olhar diferente sobre a raça de alienígenas que, durante muito tempo, foram vistos apenas como os grandes antagonistas cósmicos dos terráqueos dentro do Universo Marvel.

A família Warner são aquela típica família americana de comercial de margarina: papai trampa nas Indústrias Stark, mamãe no escritório de um senador, as irmãs Jennifer e Alice são estudantes na Stamford High School. Mas a diferença é que eles todos são skrulls, que em tese se infiltraram por aqui para pavimentar o caminho para uma invasão. Mas... tudo isso TEORICAMENTE.

Porque algo mudou no meio deste tal caminho aí.

A Heroína Mais Poderosa da Terra

A partir daqui, quando Kelly Sue DeConnick assume os roteiros e enfim Carol Danvers se sente confortável e segura para chamar a si mesma e aceitar que o mundo a veja como Capitã Marvel, ela passa a vestir o uniforme que usa hoje nos gibis e nos cinemas – e a se comportar com a ALTIVEZ que hoje se tornou comum em suas histórias mais recentes.

Portanto, a grande base do filme começa de fato por aqui. É nesta Captain Marvel #1, de 2012, que DeConnick inicia a desconstrução e reconstrução da Capitã, num verdadeiro estudo do que é ser uma super-heroína. E seu alter-ego piloto de fato só passaria a fazer real sentido a partir daqui também.

Leitura indispensável, sem exagero.

Ao pilotar o lendário avião de uma velha amiga, Carol viaja no tempo (ah, os gibis de heróis...) e vai parar na época 2ª Guerra Mundial. Lá, ao lado de um célebre grupo de mulheres pilotos, enfrenta um esquadrão de aeronaves japonesas dotadas de tecnologia Kree.

Este arco foi publicado pela Panini em 2014, no mini-encadernado Capitã Marvel #1, mas também está na edição 60 dos vermelhinhos da Salvat, dedicada inteiramente à Miss/Capitã Marvel.

Mais Rápido, Mais Alto, Mais Longe e Mais

Dois anos depois, Marvel sendo Marvel, veio a iniciativa Marvel NOW! e, com ela, os títulos recomeçando do zero. Mas tudo bem aqui, porque Kelly Sue DeConnick continuava no comando da festa. E digamos que ela aproveitou este “reinício” para dar ainda mais camadas à nova vida da nova Carol Danvers que recriou a partir de 2012.

Talvez, inclusive, esta seja uma excelente oportunidade para inspirar uma eventual continuação nos cinemas, já que ajuda na conturbada construção da vida terrena e mundana de Carol.

Ela, por exemplo, passa a namorar um certo James Rhodes, também conhecido como Máquina de Combate. E se apaixona por um gato, no caso do tipo felino mesmo (ou quase...) de nome Chewie – que no filme vira Goose, em homenagem a um dos pilotos do filme Top Gun. E quando assume a missão de devolver uma garota alienígena para a sua terra natal, Carol meio que vai parar no meio de uma revolta contra a Aliança Galáctica.

Pra quem tá querendo ler, é hora de celebrar, porque a Panini ACABOU de lançar um encadernado com as edições de 1 a 6, que atende pelo mesmo nome do arco inicial.

A Vida da Capitã Marvel

O arco mais recente, de 2018, cortesia da roteirista Margaret Stohl, é mais uma mudança no status quo da heroína que também se reflete, de alguma forma, no que podemos ver no filme. Depois de encarar crises de ansiedade no meio de uma luta, Carol Danvers se vê obrigada a revisitar seu passado.

Sem dar spoilers, sugiro ficar de olho na MÃE de Carol. Porque é nela que reside a chave de recontar a origem da Capitã Marvel diminuindo o tamanho do débito que ela tem com o Capitão Marvel, sem o estereótipo clássico de “ah, ela só tem poderes porque a versão masculina tem” ou qualquer coisa assim.

A Panini também acabou de lançar um primeiro volume, naquele esquema de mini-encadernados, deste arco – alguém parece ter aprendido que é bom aproveitar o hype do lançamento dos filmes nos cinemas, né? ;)