Um filme fraco que, sem os principais TRUNFOS do original, deverá ser esquecido rapidamente
“Nostalgia é um termo que descreve uma sensação de saudade idealizada, e às vezes irreal, por momentos vividos no passado e associada com um desejo sentimental de regresso impulsionado por lembranças de momentos felizes e antigas relações sociais”, define a Wikipedia. Nostalgia é, também, a provável única razão pra alguém querer assistir ou se sentir minimamente empolgado com a estreia de Independence Day: O Ressurgimento.
Olha, não há exatamente algo de errado nisso — Star Wars: O Despertar da Força é um bom exemplo de filme que apela pra nostalgia, sendo um enorme ACENO em direção a todos os preocupados (e assustados com o passado) com o que poderia acontecer. E aí está a diferença entre os dois filmes: Independence Day não entrega.
É um filme que Roland Emmerich esperou quase 20 anos pra fazer simplesmente porque a tecnologia disponível anteriormente não era COMPATÍVEL com suas ideias pra história. Fosse lançado dois ou três anos depois do original, de 1996, muito provavelmente ninguém prestaria tanta atenção. Porque não há muita coisa pra prestar atenção, mesmo — e, vamos combinar, 20 anos depois, a ideia de alienígenas invadindo a Terra já tá um pouco gasta e precisa de um pouco mais do que nostalgia pra funcionar.
De novidade, mesmo, só o fato de que agora temos mais uma franquia com a qual devemos lidar, ainda que ninguém tenha dito ou confirmado oficialmente um terceiro filme. O Ressurgimento serve até mais pra marcar o início de uma GRANDE GUERRA INTERPLANETÁRIA do que qualquer outra coisa, com o mesmo roteiro simplista do primeiro filme, mas sem todo o peso IMAGÉTICO que uma nave alienígena destruindo a Casa Branca carrega em si, sem toda a coisa de novidade dos efeitos especiais e, principalmente, sem todo o carisma de um cara como Will Smith. Cara, o filme tá estreando no fim de semana do dia 23 de Junho, ao invés de 04 de Julho! E isso tudo em 2016, não 1996. :P
Muito pouca coisa sobra pra Independence Day: O Ressurgimento. Dr. Okun, interpretado por Brent Spiner, é uma das poucas coisas legais do filme, assim como a FAMÍLIA LEVINSON, com Julius, o pai, vivido por Judd Hirsch, e David, o diretor, interpretado pelo sempre sensacional Jeff Goldblum. E que barba era aquela, Sr. Presidente? Bill Pullman deveria manter. ;D
Ainda assim, nenhum desses personagens (ou decisões estéticas) serve como uma ponte para o primeiro, que continua sozinho em sua casa na Ilha da Nostalgia dentro da sua cabeça. Os personagens são legais por serem legais, interpretados por gente legal... Apenas e tão somente isso.
Independence Day: O Ressurgimento é um filme fraco, que daqui uns dias ninguém nem vai lembrar que existiu. Não por ser uma sequência e não um reboot, como alguns chegaram a questionar. Ser um #2 poderia fazer bem a ele, não tivesse sido lançado com uns 18 anos de atraso e sem um cara como Will Smith... e sem um bom roteiro, sem uma boa história.