O live action de Kim Possible ficou uma graça! | JUDAO.com.br

Filme infanto-juvenil moderniza, mas não tira a essência da adolescente espiã e seus amigos. :)

Caso você seja de ~outra geração, saiba que Kim Possible é um desenho contemporâneo de certo sucesso. Mesmo tendo durado apenas entre 2002 a 2007, ele ainda reprisa no Disney Channel e já foi exibido no SBT e na Globo. A história é simples e, inclusive, meio bobinha em certos episódios: enquanto precisa lidar com os dramas do ensino médio, Kim é na real uma espiã MUITO DOIDA que é ultra treinada pra desbancar vilões adultos cheios de parafernálias e raios-laser com o objetivo de destruir o planeta.

Com ajuda de Ron Stoppable (abençoado seja o senhor dos trocadilhos), seu amigão atrapalhado, e de Wade, menino prodígio que é o “cérebro” das missões, ela salva o mundo e entrega altos trabalhos de geografia dentro do prazo.

Quando rolou o anúncio do filme live-action, por incrível que pareça, não teve uma grande polêmica. Na real, todo mundo só tava curioso pra saber como seria o rosto daqueles personagens – especialmente os vilões, Shego e Drakken, de pele cinzenta e fantasias caricatas. No dia 15, o filme estreou nos EUA e garantimos: é fofo, como um bom original Disney Channel geralmente é (ou pelo menos deveria ser)!

A espiã adolescente Kim Possible está prontinha pra entrar no ensino médio. Ela decorou os horários, mapeou o colégio, planejou tudo para que fosse um ano perfeito – e, também, para conciliar com um ou outro momento em que precise se ausentar e salvar o mundo.

Só que o primeiro dia da garota é um TERROR: ela chega atrasada, se confunde com muitas coisas e seu melhor amigo Ron, apesar de muito bonzinho, não é exatamente de grande ajuda. Mas, no final do dia, Kim conhece uma menina que tá bem pior que ela: Athena. Chorando num cantinho da escola, ela encontra Kim e diz que é sua fã número um. A partir daí, Athena é “adotada” pela protagonista, que a ensina sobre as missões e INCLUSIVE a convida para participar de uma. Mas o negócio fica chato quando Kim começa a ter ciúmes, muuuuuuuuuuuito ciúmes da menina.

O segredo para se divertir com este filme é ajustar suas expectativas: é pra criança, tá? Pra pré-adolescentes, no mááááximo. E eu, por exemplo, acho que minha sobrinha se divertiria assistindo! Então...

As cenas de luta têm uma coreografia bem feitinha – mesmo que se pareça um pouquinho com Pequenos Espiões de vez em quando -, os vilões não são exageradamente perversos e existe uma mensagem legal sobre amizade verdadeira e o poder da vulnerabilidade.

Kim aprende que tá tudo bem em pedir ajuda de vez em quando – e essa é uma ótima lição. Além das variadas sequências de meninas e mulheres lutando MUITO e sempre juntas, o que conta como maaais um ponto positivo. As atuações são todas regulares, menos a de Sean Giambrone, que é Ron Stoppable. Acabou ficando cartunesco DEMAIS, mesmo pra uma obra adaptada de um desenho animado. :P

Os vilões clássicos estão bem caracterizados: Shego não perdeu sua essência irônica e impaciente e Drakken continua sendo meio paspalhão – e uma de suas trapalhadas até cria um gancho para uma continuação. O longa se propõe também a recontar a origem de Rufus, uma toupeira careca de estimação de Ron. No desenho animado, ele a compra num pet shop mesmo. Mas no filme novo, o bicho aparece de um jeito bem diferente – mas bonitinho! – pra explicar certas habilidades do bicho.

Obviamente não é algo que eu escolheria pra assistir num sábado à noite, né? Mas se é algo parecido com isso que as crianças assistem atualmente, então dá pra ficar satisfeito! No fim, em animação ou live-action, Kim Possible continua sendo bacana. :)