Noah Hawley vai fazer um filme do Doutor Destino. E isso é uma PUTA notícia foda! | JUDAO.com.br

Criador da sensacional série Legion soltou a bomba no finalzinho do painel sobre a segunda temporada durante a SDCC, pra alegria da galera

Era pra ter sido um painel sobre Legion no primeiro dia da San Diego Comic-Con — o que, por si só, já seria coisa pra caralho, já que estamos falando não apenas de uma série incrível, mas também da melhor adaptação de quadrinhos pra TV atualmente em exibição e do mais bem acabado produto X fora dos gibis mutantes.

No painel, descobrimos que Saïd Taghmaoui, o Sameer do filme da Mulher-Maravilha, vai ser Amahl Farouk, o Rei das Sombras, na segunda temporada — excelente escolha, aliás, mas como isso impacta, por exemplo, a performance monstruosa de Aubrey Plaza como o vilão? Talvez sejam flashbacks mostrando como tudo começou pro cara?

Rolou até um enigmático “estamos trabalhando nisso” quando alguém questionou se o Professor Xavier, que nas HQs é o pai biológico do personagem principal, poderia dar as caras por lá. Depois do painel, o protagonista Dan Stevens até confessou pro ET que pediu pro Patrick Stewart retornar ao papel do mentor mutante só pra aparecer em Legion... Mesmo que tenha sido ENFÁTICO sobre o absurdo que seria um crossover com os filmes dos X-Men.

Tudo muito legal, mas o criador e showrunner da série, Noah Hawley, achou que não era o bastante. “Ah, gente, e eu queria contar que estou trabalhando com a Fox num filme que talvez interesse a vocês. Duas palavras: DOCTOR. DOOM”.

E então, o mundo (e o meu coração, leia-se) EXPLODIU. No meu caso, da mais plena felicidade. <3

O THR apurou a informação e informou que, sim, é verdade, não apenas que Noah está envolvido no projeto, ainda em seus estágios iniciais, como também está querendo dirigir o dito cujo, não apenas produzir.

No caso de Victor Von Doom, estamos falando daquele que é, de longe, o maior VILÃO do Universo Marvel, que se tornou antagonista não apenas do Quarteto, mas sim de todo bom moço colorido que ouse chamar-se de super-herói. A gente não pode incluir caras como o Thanos nesta contagem porque, vejam, ele é praticamente uma força da natureza, um inimigo maior do que a vida, uma máquina de entropia contra a qual até os próprios vilões se opõem. Já o Destino é aquele vilão clássico da cultura pop, megalomaníaco, egocêntrico, prepotente, repleto de monólogos e risadas malignas, que fala de si em terceira pessoa e que tem uma VISÃO e sonha em dominar o mundo (ou quase isso).

Mas também estamos falando de um personagem com muitas nuances: o ditador de um pequeno país europeu fictício que é amado e odiado por seu povo numa mesma proporção; um diplomata protegido pelas legislações e tratados da ONU; um bilionário que pode bancar a máquina mirabolante que bem entender; um gênio científico brilhante que é ao mesmo tempo obcecado e tem um imenso respeito por seu maior rival; um mago com poderes ocultos supremos que chega a rivalizar com o Doutor Estranho. Destino alterna crueldade e nobreza como ninguém, com uma dose certa de humor negro. E pode tranquilamente resvalar para o caricato se o roteirista não tomar muito cuidado.

Basta ver a pegada “playboy mimadinho” que Tim Story deu a ele nos dois primeiros filmes do Quarteto, enquanto Josh Trank preferiu uma abordagem “hacker bad boy” naquela versão bizarra de 2015. Em nenhum destes três retratos, nós vimos o real potencial do personagem.

Recentemente, aliás, a Marvel mostrou uma OUTRA faceta de Victor no título Infamous Iron Man, e talvez este seja um caminho bastante interessante pro Noah seguir. Pós-Guerras Secretas, quando ele mesmo moldou a realidade a seu bel prazer e causou uma verdadeira zona cronológica, agora temos um Von Doom com o rosto outrora desfigurado enfim recuperado (e ele ficou a cara do Vincent Cassel, vale lembrar sempre, fica aí a dica de escalação de elenco, HEIN).

Um ex-vilão que o roteirista Brian Michael Bendis agora retrata como alguém em busca de algo mais. Qual é o seu segredo? O que ele quer, afinal, além de poder e dinheiro? Talvez honra? Ser reconhecido, ser admirado, ser a melhor versão de si mesmo? Um pouco como o Homem-Aranha Superior do Doutor Octopus, talvez provar que pode ser um herói melhor do que qualquer um dos heróis?

É um caminho interessante. E com a mão criativa de Noah Hawley, que em Legion soube misturar ótimas referências pop com uma trama inteligente, que não subestima o espectador em um mix de sensibilidade e humor, o potencial disso FINALMENTE dar certo é enorme.

Ouvi boatos de que hoje é dia de festa na Latvéria.

Só que tem mais aí nesta história: tudo indica que aquela história de um novo filme do Quarteto Fantástico numa pegada mais “infantil”, como a gente explicou aqui, com Seth Grahame-Smith envolvido e tudo, também é real. Só que não deve ser um filme DO Quarteto Fantástico neste momento, mas sim um segundo spin-off, estrelado por Franklin Richards, o brilhante e superpoderoso filhote de Reed e Sue, um dos mutantes mais poderosos do planeta, com habilidades mentais de telepatia e telecinese, além de modificação da realidade em uma escala cósmica e de ser, bom, virtualmente imortal.

Seria a Fox seguindo mais ou menos o que a Sony tá fazendo pra criar o seu Aranhaverso, com Venom (outro filme focado num vilão), Gata Negra + Silver Sable, os tais planos pro Kraven e pro Mysterio... só que, no caso do estúdio da raposa, sem a possibilidade de contar com a ajuda da Marvel pra dar uma bem-vinda força no pilar central da franquia?

Ou será que isso poderia acontecer em algum momento? Fica aí com esta provocação absolutamente gratuita enquanto a gente comemora o que dá pra comemorar. ;)