Um filme. Um monte de críticos. E uma diversidade ainda maior de opiniões. Esta é a ideia da mais nova coluna do JUDÃO. :)
Sabe, a gente tem muita convicção das nossas opiniões aqui no JUDÃO. E somos capazes de defendê-las com unhas e dentes, por mais que às vezes não sejam exatamente populares. Tudo bem, isso acontece. Mas não pensamos, de maneira alguma, que somos os donos da verdade (por mais que você não acredite. ;D). E que você tem que ler apenas e tão somente o JUDÃO e aceitar o que a gente escreve como uma espécie de manual incontestável de regras. Nada disso. Queremos que você pense sozinho. E para isso, queremos que você leia cada vez mais, que busque cada vez mais opiniões distintas para misturar, remexer e gerar a SUA própria opinião. The ALL NEW NEW Judão, lembra? :)
Esta é a ideia por trás da coluna O que o pessoal tá achando de...?, na qual vamos sempre pinçar o que algumas das principais publicações do Brasil e do mundo — inclusive o JUDÃO, quando for o caso! — estão falando sobre um determinado filme, série de TV, história em quadrinhos, game e o que demais a gente achar importante.
O tema desta semana é o filme O Protetor, que estreia nesta quinta (25) em telonas brasileiras. A produção retoma a premiada parceria entre o ator Denzel Washington e o diretor Antoine Fuqua, que funcionou perfeitamente em Dia de Treinamento (2001). Aqui, eles adaptam uma série de TV dos anos 1980 com Denzel no papel de Robert McCall, um homem de meia-idade que, por acaso, é um ex-agente das Forças Especiais do Exército dos EUA, agora aposentado e em busca de uma vida calma e pacífica. Mas quando ele conhece a jovem Teri (Chloë Grace Moretz), perseguida por mafiosos russos, tudo muda. O sujeito tira as armas do armário e se torna uma espécie de vigilante urbano.
A grande pergunta, portanto, é...o que o pessoal tá achando de O Protetor? Filme de ação genérico? Filme de ação acima da média? Só Denzel salva? Ou ele é apenas a cereja do bolo? ...Chloë Moretz?
É quase como se a Guerra Fria estivesse de volta. (...) Incrementando seu estilo para um nível mais dinâmico e elegante do que alcançou anteriormente, Fuqua valsa entre o suspense e a ação, mas também reserva algum tempo para certos momentos de tranquilidade, para enfatizar a calma e distanciamento do herói
Intencionalmente vazio, mas loucamente divertido, O Protetor se destaca de seus pares como um lobo entre cães de rua, com Fuqua e Washington trazendo à tona o melhor deles em benefício do público
É tudo o show do Denzel. Depois de Chamas da Vingança, este personagem do tipo vingador profissional não é grande novidade, mas Washington nunca é nada menos do que assistível e sua intensidade sugere profundidades que o roteiro não está interessado em fornecer
Pesadamente longo demais e nem metade divertido como deveria ter sido, O Protetor ainda recebe um lote de milhas extra pela presença da estrela incontestável de Washington
“Divertido mas sem inspiração, O Protetor prova que Washington permanece um de nossos melhores, ainda que sub-utilizados, astros do cinema”
Este filme tem mais coração do que um thriller genérico e padrão, e esperamos que ele se torne tão grande quanto o estúdio está esperando também
O melodrama original de O Protetor tem potencial, mas o desperdiça se levando a sério demais e utilizando técnicas de cenas de ação em câmera lenta para atingir seu objetivo
No fim, a origem de O Protetor parece um caprichado piloto de série. E talvez seja. Os estúdios já deram sinal verde para a primeira sequência do filme. A produção deixa gancho. Mas é preciso ir além dos clichês
A câmera do fotógrafo Mauro Fiore – vencedor do Oscar por Avatar (2009) –, viajando entre gruas e steadicams, brinca com o foco e o desfoque, evidenciando a dualidade dos pensamentos e conceitos do personagem, em pleno dilema moral. Este elemento, somado ao bom entretenimento criado pela direção de Fuqua, torna o filme – cuja sequência é quase certa –, ao menos, um dos mais interessantes desta safra
Confiando demais nas cenas de ação superproduzidas e na cara de badass que o ator já tem quase naturalmente, o longa peca pelo roteiro pouco inspirado
É divertido ver Washington à vontade, chutando traseiros. Mas seria muito melhor se o filme tivesse estofo entre esses esparsos momentos de entretenimento. Os envolvidos tinham talento de sobra para fazer isso acontecer, mas o ensejo de franquia falou claramente mais alto
Ridículo e bobo, mas na maior parte do tempo bobo. Peixes têm que ser peixes. E Denzel tem que ficar longe de explosões
Uma experiência vazia e depressiva – cuja única tensão diz respeito à escolha de Bob (Denzel Washington) sobre usar uma furadeira ou um extrator de ervas daninhas para matar o próximo bandido
Esse filme vai para um caminho diferente. Ele se preocupa em construir personagens (bem, alguns deles) e não se importa se você está com pressa para chegar ao próximo tiroteio jorrando sangue. Confie em mim, quando chegarmos lá, você vai ficar satisfeito