Na Comic-Con, Scott Snyder e Greg Capullo contam mais do próximo grande crossover centrado no Homem-Morcego
Scott Snyder e Greg Capullo, juntos, foram os responsáveis por uma das mais ACLAMADAS fases recentes do Batman, tanto pela crítica quanto pelo público. Eles relançaram o personagem em 2011, como parte do reboot, e produziram grandes histórias – até que a parceria acabasse, junto com os Novos 52. Mas agora eles vão voltar, num crossover que tem o título Dark Nights: Metal!
Anunciada, sem muitos detalhes, em abril, a saga é centrada em diferentes versões corrompidas do Batman, cada uma vinda de um dos cantos do Multiverso Sombrio (ou Dark Multiverse, em inglês). Na prática, são misturas do Batman com outros heróis da DC, mas sempre com esse VIÉS maligno, como se cada um deles tivesse escolhido um outro caminho na vida.
“O Multiverso Sombrio está vindo para tomar conta e a única forma de pará-lo é com o Metal Enésimo”, disse Snyder ao abrir o painel sobre Dark Nights: Metal na San Diego Comic-Con, nesta sexta, meio que apresentando o conceito geral de toda a brincadeira. “Há pistas desde o começo de nossa passagem [pelo Batman]... Se você é aquele fã que vai fundo, encontrará coisas através de toda a DC. Estamos falando do Gavião Negro, Senhor Destino, Homem-Borracha e A Fonte...”.
Basicamente, o que sabemos da história é o seguinte: esses Batmen malignos são descobertos e atacam a Terra. A única coisa capaz de destruí-los é o cada vez mais raro Metal Enésimo, aquele que é do planeta Thanagar e com o poder de manipular a gravidade negativa, sendo usado pelo Gavião Negro e Mulher-Gavião para voar.
Para os leitores, já rolaram duas prequências, chamadas Dark Days: The Forge e Dark Days: The Casting. E aí Dark Nights: Metal #1 surge em 16 de agosto.
Além disso, haverá ainda uma edição especial para cada um dos Morcegões DO MAL, publicadas entre final de setembro e outubro. No teaser revelado na SDCC já conhecemos The Murder Machine, The Red Death, The Devastator, The Merciless, The Drowned e The Dawnbreaker. Fica faltando, apenas, The Batman Who Laughs, que, como o nome indica, deve ser uma mistura do Cavaleiro das Trevas com o Coringa – e é o líder da invasão.
“[Criar o visual desses personagens] é uma das minhas partes favoritas do trabalho”, disse Capullo. “Ter que fazer sete versões malignas do Batman? Eu acho que simplesmente voltei pra minha infância...”.
No caso do Red Death, mistura do Morcego com o Flash, por exemplo, foram adicionados o que Snyder classificou como “spoilers” (de carro, não de séries ou filmes, LOL) e saídas de ar, como se fosse um carro de competição.
Vale lembrar que, por mais que o crossover seja centrado no Batman, os eventos vão respingar nos gibis mensais de outros personagens. Nas solicitações de The Flash #33, já temos o Corredor Escarlate enfrentando o Red Death, por exemplo.
Também irá sobrar pro Gavião Negro – por causa da ligação direta com o Metal Enésimo – que estrelará o especial Hawkman Found, a ser lançado em dezembro com uma equipe criativa formada por Jeff Lemire (que retorna para a DC) e os artistas Bryan Hitch e Kevin Nowlan. Dessa forma, a ideia da DC é também reposicionar um dos seus mais antigos heróis.
E se um herói será encontrado, outro será ~perdido. Também já está programado o especial Batman: Lost, escrito por Snyder e com arte de Olivier Coipel e Bengal. Não há muitos detalhes sobre essa HQ, mas, conhecendo o Snyder, devemos ter o Batman viajando pelo Multiverso Sombrio e descobrindo de que forma versões dele enfrentaram os mesmos desafios e acabaram se tornando malignas e não heróis como ele. Levemos em consideração que isso é algo que, de certa forma, sempre pode acontecer com ele mesmo...
Com tudo isso, uma coisa é certa: Greg Capullo e Scott Snyder já têm a minha atenção. Vamos ver se tudo isso será tão interessante, na prática, quanto parece na teoria...